Capítulo 20

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Revisado e Reescrito

Me levantei da minha cama com muita dificuldade e desci a as escadas vendo  que minha família estava ali, menos ela.

– Eydam! – gritou minha mãe vindo me abraçar junto de minha irmã que assim que me viu também correu.

–Filho...– elas me abraçam forte e estou me segurando para não gemer de dor –  Onde estava? Como está?

– Calma mãe, eu estou bem. – me afastei delas da forma mais delicada que pude. – O que aconteceu aqui? – perguntei olhando em volta, mesmo suspeitando da resposta.

– O Pai da Lira esteve aqui e levou ela, em troca você voltaria. – explicou Miguel de longe, seu rosto cheio de raiva.

Então era por isso que ela estava lá, e também explica a conversa deles e por que ela falou que eu iria para casa.

– E vocês permitiram? Miguel, você permitiu que ela fosse? – minha voz saiu rouca.

– Eu tentei impedir, mas ela enfiou na cabeça que era culpa dela você ter desaparecido! – não disse nada.

Agora eu me sentia culpado por ela estar presa com ele.

– Não foi culpa dela. – abaixei a cabeça. – Não foi culpa dela.

– Então por que você saiu de casa aquele dia? – era a voz do meu pai. – Por que você discutiu conosco? Por que você sumiu?

O encarei. Era óbvio que ele estava colocando a culpa na Lira e isso eu não iria permitir.

– Não Pai, não foi por culpa dela que eu eu sumi e não foi por culpa dela que eu briguei e muito menos saí de casa. – a expressão dele se fechou. – Eu fui embora por que você estava sendo injusto, eu briguei porque você expulsou ela de casa logo depois de dizer que iria protegê-la e eu sumi por que fui sequestrado por um dominador de gelo! – gritei o mais alto que minha garganta aguentava naquele momento.– Então não venha colocar a culpa em quem se sacrificou para que eu, seu filho pudesse estar aqui!

Todos estavam em silêncio, surpresos pela forma que eu a defendi. O olhar do meu pai agora carregava a culpa, ele finalmente tinha entendido que todo esse tempo que eu estive preso foi por culpa dele e não da Lira

O silêncio reinou até minha mãe se manifestar.

– Você tem que descansar, está muito fraco. – ela tinha razão, eu estava machucado e faminto mas ela não podia esperar.

– Mas nós temos, eu tenho...– fui interrompido:

– Mas nada Eydam, você vai se recuperar e ponto! Chega de discussão.

Eu não tinha nada mais a falar. Eles tinham razão, na situação em que eu estou até uma criança ganha de mim.

Sem ter mais argumentos abaixei a cabeça e fui me deitar.

Minha cabeça estava a mil mas depois de um tempo consegui dormir.

O sol batia no meu rosto e a brisa me trazia uma sensação de paz. O som de água atrás de mim fez que eu virasse e desse de cara com uma cachoeira e em sentada em uma pedra observando a água.

A Única Herdeira - REVISADOOnde histórias criam vida. Descubra agora