A Única Herdeira - REVISADO

Capítulo 6

Miguel narrando.

A reação dela foi pior do que eu esperei. Ela não quis me ouvir direito, e quando ela saiu correndo várias nuvens cobriram o céu.

– Lira! – gritei mas não sei se ela me ouviu, pois não parou como eu esperava. Eu corri atrás dela, mas ela alcançou uma velocidade surpreendente.  Corri o mais rápido que eu pude, quando finalmente a alcancei.

Ela foi até a sua casa, tomei um susto quando a vi pegando fogo e logo em seguida ela entrando, eu corri atrás dela mas uma viga da casa repleta de fogo caiu na minha frente me impedindo de passar e de ver o que acontecia. Der repente uma forte rajada de vento, que pareciam mais fagulhas de gelo se chocaram em meu rosto, acompanhado de um grito, e eu reconheci aquele grito, era ela. Com muito esforço consegui afastar a viga e entrar na casa.

Estava tudo congelado, os olhos dela estavam de outra cor e seus cabelos estavam quase branco cintilante. Ela estava encurralada por dois homens e com um movimento mandou um para longe, mas o outro ainda estava a cercando. Quando eu há vi ali indefesa senti algo queimar dentro de mim, meus dedos começaram a queimar e um frio na espinha se espalhou por todo o meu corpo, sem pensar duas vezes corri até eles e segurei o homem por trás o deixando sem ter como reagi, ela percebendo a ajuda encostou sua mão no cara que foi congelando aos poucos. Quando estava quase me congelado também eu o soltei, o outro homem vinha pra cima dela, que tentou se levantar mas não conseguiu, estava muito fraca e caiu no chão. Uma descarga de energia percorreu o meu corpo, e minhas mãos começaram a queimar e eu pulei em cima dele, dando um soco que caiu no chão, eu me abaixei e o segurei pela gola do seu casaco preto, minhas mãos começaram a queimar e ele foi queimando junto, mas morreu antes que se queimasse por completo, mas antes eu perguntei o que eles faziam ali só que não houve tempo.

Eu a ajudei a levantar e pude ver que ela me reconheceu.

– Miguel... minha mãe, ela... – sua voz não passou de um sussurro, e meu coração apertou mais ainda.

– Não, ela ainda está viva. – disse, colocando perto da mãe.

Sara morreu em seus braços, ela se desesperou, eu tinha que tira-la de lá antes que as pessoas chegassem. Ela se debatia muito, então tive que  fazê-la  dormir.

Um segredo que eu escondi, e agora foi revelado da pior forma.  Minha mente estava uma loucura, a culpa foi minha, eu sou o culpado pela morte de sua mãe. Se eu tivesse ido embora a mais tempo, ela poderia ter treinado mais...

Eu a levei para minha casa de campo, que fica um pouco longe de onde estavamos. Assim que eu passei pela porta meus irmãos e meu pai estavam na sala.

– Quem... Ela é..? – perguntou meu irmão mais velho.

– Sim! Aonde está a mãe? – perguntei com Lira ainda em meus braços.

– Ela está lá em cima, vou chamar. – disse minha irmã subindo as escadas correndo, logo depois minha mãe e ela desceram as escadas, praticamente correndo.

– Leve ela para cima, o quarto, já está pronto. – assim que ela terminou eu subi com ela em meus braços e a coloquei na cama.

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– Como você pôde trazê-la  para cá? – meu pai não a aceitava de jeito nenhum. Começamos a brigar mas Lira apareceu.

Ela veio correndo e me abraçou.

– Miguel, minha mãe.. ela? – assenti tristemente, e voltei há abraçar.

Depois de meu irmão, minha irmã Laila e meu pai se apresentarem, ela quis saber o que estava acontecendo, e o tempo mudou radicalmente, trovões no lugar do sol, e uma forte ventania.

– Lira calma eu vou te contar tudo que você precisa saber, mas primeiro você tem que descansar. Lira!

Der repente ela caiu de joelhos no chão e começou a gritar. O vento invadiu a casa, começou a chover e todos ficaram com medo, não dá mudança do clima mas sim dela, eles estavam com medo dela novamente.

Eu gritava o seu nome, mas ela parecia não ouvir, então ela fechou os olhos com força e uma luz muito forte tomou conta do lugar fazendo com que meus olhos se fechassem, quando os abri novamente, ela já não estava mais lá.