Capitulo 26

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Revisado.

Foram longos e irritantes minutos até que eu me sentisse bem o suficiente.

Caminhamos até o lado de fora e demos as mãos.

– Você se lembra do ponto de ônibos que tem perto da sua antiga casa? – assenti – Nos encontraremos lá no final do dia para voltarmos para casa.

– Você não ira voltar para cá depois de me deixar lá?

– Tenho assuntos há tratar por lá e não sei se terei tempo para cuidar disso novamente senão hoje.

– Entendi. – disse apenas.

Num piscar de olhos estávamos no ponto de ônibos perto da minha antiga casa.

Ultimamente tenho tido tantas casas que nem sei mas se tenho uma.

– Até breve filha. – quando eu me virei para responder ele já não estava mais lá.

Sai andando pela rua enquanto me lembrava do caminho.

Pensei que havia esquecido mas não, ainda me lembro de tudo detalhadamente.

Estava tão intertida que acabei  me esquecendo do meu verdadeiro motivo aqui.

Em mais um piscar de olhos estava na frente da casa.

Olhei para a janela e não vi ninguém, então resolvi bater na porta mas antes que eu pudesse ter ao menos uma reação levo um golpe que me lança para longe, me chocando contra uma árvore.

Minha visão ficou turva por conta da pancada e a dor que sinto está ainda pior.

– Sabia que não é legal acertar os outros pelas costas? – perguntei sarcástica escondendo a dor que sentia.

– Sei – rregalei os olhos. – Também não é legal se revoltar contra quem lhe estendeu a mão. – juntei minhas forças e me levantei, ainda não enxergava direito mas o bastante para lutar por um tempo.

– Lua? – ela sorriu sínica – Vamos para outro lugar.

– Não se preocupe querida, ninguém irá se machucar aliás não há ninguém aqui para correr esse perigo.

– O que? Aonde eles estão? – se ele tivesse feito qualquer coisa com eles eu usaria todo o treino que recebi para acabar com ela.

– Calminha aí queridinha, eles estão bem.

– Lê mentes agora?

– Digamos que sim. – ela me  lança uma esfera de luz e só tenho tempo de formar um pequeno escudo mas não muito resistente e ele acaba se partindo com o impacto me acertando em cheio.

– O que foi? Seu papai não te ensinou a se defender? –  aproveitando que estou no chão ela me da um chute na costela me fazendo gritar de dor.

– Na..nãom Eu não aprendi a me defender, aprendi a te matar. – digo dando um risinho e formando outro escudo em volta de mim, só que de gelo dessa vez.

– Acha mesmo que pode me matar Lira? Eu treinei você, sei todos os seus truque. – ela  continuava a me atacar e eu não conseguia fazer nada além de  ficar deitada no chão, fraca e com dor muita dor.

– Nem todos. – respondi entre uma respiração e outra.

Um impacto me fez voltar a realidade, e mais outro sucessivamente.

Minha mente estava um caos e a dor aumentava a cada suspiro, a cada minuto que se passa.

Fecho os olhos temendo o fim mas nada acontece, tudo o que ouço e um barulho alto e alguém gritando.

Abro os olhos e vejo Eydam e meu pai juntos olhando para cima.

– Ey..Eydam! Pai! – minha voz não passou de um sussurro e a última coisa que minha mente registrou foi meu escudo se desfazendo e as mãos do Eydam no meu rosto enquanto meus olhos se fechavam.

Nada. Foi exatamente isso que vi na primeira vez.

Apenas um enorme e imenso vazio.

Me levantei e comecei a caminhar com dificuldades já que ainda sentia dor. Pelo menos era um sinal que eu estava viva.

Eu andava e parecia que não saia do lugar até que o céu fico de um tom azul escuro como a noite e foi se espalhando por todos os lados até me cobrir também.

– Tem alguém aí? Oi? Alguém? – ninguém respondeu.

Eu já tinha desistido mas um pontinho de luz me deu esperança.

Corri até ele mancando e prendendo a respiração tentando evitar as dores, mas não adiantou muita coisa.

Quando finalmente cheguei até o ponto, ele brilhou ainda mais forte e senti meu pescoço frio e quando olhei vi que meu colar também brilhava.

As luzes se juntaram e imagens surgiram. Guerra, lutas sangrentas, pessoas, mortes, homens, mulheres e crianças. Issoo que se formava em minha frente como se fosse um espelho.

Cansada de tudo aquilo ergui minha mão direita até o espelho e toquei, as imagens pararam e eu meu reflexo apareceu.

Estava com uma coroa e um vestido azul marinho, minha pele estava mais branca do o que normal eu meus olhos estavam pretos. 

Pretos? Como assim estavam pretos?

De uma hora para a outra eu estava dentro do espelho no meio da cena.

Eu se é que posso dizer isso veio em minha direção e passou direto, foi como se nada estivesse lá.

Foi aí que entendi o que estava acontecendo e me perguntei por que estava vendo aquilo.

Fui atrás dela e a cena mudou, agora estávamos em um salão e a roupa dela agora é diferente, um vestido meio básico longo na cor preta, corpete  igualmente preto e uma gargantilha.

A pessoa que eu vi não era eu, não podia ser eu.

Ela se aproximou de um homem e encostou sua mão em seu ombro e ele congelou instantaneamente me fazendo fechar os olhos.

Eu queria sair daqui o mais rápido possível.

Comecei a correr sem parar mas o caminho não tinha fim.

Meu pescoço ainda estava gelado e o colar brilhava.

Coloquei as mãos sobre ele e fechei os olhos desejando mais do que tudo ir embora.

Quando os abri estava em um lugar diferente com árvores ao redor, uma clareira.

Caminhei e logo a frente avistei uma mulher de pé com o longo vestido manchado de sangue.

Por um instante pensei que fosse a Lua pelos cabelos brancos mas ignorei a suspeita.

– Desculpe, a senhora está bem?–  ela se virou para mim e meu coração parou.

– O que faz aqui?_ perguntamos  ao mesmo tempo.

Corri o mais rápido possível.

Não estava ligando para a dor ou incômodo, eu só queria ir embora daquele pesadelo.

Corri e quando estava quase parando o lugar volta a ficar escuro e eu caiu na imensidão abaixo de mim gritando.




Esse não eu não mudei muita coisa e espero que tenham gostado.
Até o próximo! ^_^

A Única Herdeira - REVISADOOnde histórias criam vida. Descubra agora