Capítulo 21

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Revisado e Reescrito

Lira narrando

Sinto meu ombro ser balançado levemente. Abro os  olhos e vejo uma senhora me olhando.

Balancei a cabeça para acordar.

Olhei ao redor para me certificar de que não estava na cachoeira com o Eydam. Voltei a olhar para frente e vi que a senhora ainda me olhava atentamente.

– Senhorita, está tudo bem? – assenti. – Queira me desculpar, mas já está tarde e eu a concelho a ir para seu quarto já que só eu e a senhorita estamos acordadas ainda.

Sua voz estava calma .

– Desculpe, eu não vi a hora. – me desculpei.

– Não precisa me pedir desculpas senhorita. – sorri. – Acho melhor irmos dormi, já está tarde e o Senhor não gosta que fiquemos até tarde.

Sorri debochada.

– Minha sorte é que eu não o obedeço. – me levantei da poltrona, fazendo ela dar um passo para trás. – Qual o seu nome?

– Rosa, senhorita. – senhorita, para que tanta formalidade?

– Lira. – ela me olhou confusa. –  Me chame só de Lira. Sem o senhorita ou alguma outra formalidade.

– Como quiser, senh... Lira. – sorri – Se quiser posso acompanha-la se quiser.

Assenti e fomos para o quarto.

Meu queixo caiu quando a porta se abriu revelando as paredes de um azul-gelo, um mine lustre de cristais, uma janela de frente para um lago, uma cama de casal com um lençol roxo claro e uma colcha roxa mais escura nos pés.

– Lindo não é? – não respondi, estava estaziada de mais com o quarto – Foi sei pai quem decorou há alguns dias atrás. Ele estava meio nervoso com sua chegada.

– O que? – perguntei sem intender – Há um ano atrás ele tentou me matar e agora você está me dizendo que ele estava nervoso com minha chegada? – comecei a rir. Ela balançou a cabeça e entrou no quarto, onde eu já estava parada no meio.

– Não ria Lira, se ele ouvir não sei o que pode acontecer.

– Comigo ele não faz nada e com você muito menos. Nunca deixaria que ele a machucasse.

Vi que ela ficou emocionada com o rumo que a conversa estava levando, então resolvi mudar de assunto.

– Há quanto tempo você está aqui Rosa?

Fiz sinal para que ela se sentasse na cama.

– Estou aqui desde quando a casa foi construída, mais ou menos vinte anos atrás. – me surpreendi com o tempo que ela esta aqui.

– E... O que sabe sobe mim? – eu estava curiosa para saber o quanto ela sabia sobre mim.

– Sei o que seu pai fez questão de nos informar. – virei um pouco a cabeça de lado. – Sei que você é a Herdeira, filha de Sara Morgan a rainha de Penasy e que talvez possua os poderes da Lua.

– Como ele sabe sobre isso?

– Há um ano atrás ele começou a procura-la e acabou descobrindo que você estava no Castelo Lua e por isso não conseguiria invadir para...

– Me sequestrar? – ela assentiu.

– E só tinha uma razão para que você estivesse lá, que você possuía os poderes dela. – assenti. – Você se parece com ela.

A olhei. Seus  olhos estavam fixos  em mim más percebi que sua atenção estava  outro lugar, outra época.

– Com ela? – ela assentiu.

– Você se parece com a sua mãe. – não respondi. Eu evitava falar dela para não ficar mal.

Afinal, ela morreu por minha culpa também.

– Você a conheceu? – ela saiu daquela situação de viagem e se remexeu no lugar provavelmente com a minha pergunta.

– Desculpe Lira. – ela e levantou veio até mim e me deu um beijo na testa. – Boa noite.

E ela saiu me deixando olhando para a porta sem entender o que tinha acontecido.

Com toda certeza ela conheceu a minha mãe mas etão por que ela não me respondeu se a conhecia?

Me levantei e andei pelo quarto. Encontrei algumas roupas que dariam pata usar.

Separe uma muda de roupa para dormir e fui tomar um banho.

Me sentia tão cansada, fraca até.

Peguei um elástico que encontrei na penteadeira e fiz uma trança no meu cabelo.

A cama era macia e quente. Tudo que eu precisava nesse momento.

Enquanto esperava o sono me abordar minha mente vagou até minhas memórias.

Eu tinha vivido momentos felizes com a minha mãe, até mesmo durante os nossos treinos. Ela sempre me entendia quando algo estava errado e tentava me ajudar.

Minha mente viajou até uma memória mais recente e infelizmente a última.

Eu a vi lutar, me proteger e morrer.

E eu não fiz nada porque estava tonta!

Uma lágrima escorre, e mais outra quando vejo estou chorando compulsivamente e acabo soltando dois soluços.

Me sinto culpada por não ter ajudas minha mãe, talvez ela ainda estivesse viva.

Abracei um travesseiro e enterrei meu rosto nele, esperando o sono me abraçar.




Esse também foi reescrito mas não ficou muito grande como os outros.
Espero que tenham gostado.

A Única Herdeira - REVISADOOnde histórias criam vida. Descubra agora