Capítulo 11

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Começou a cair uma nevasca e ao entrar em contato com o fogo imediatamente se apagava, deixando tudo congelado.

- Isso mesmo Lira! Você conseguiu apagar o fogo. - seu rosto ficou confuso - Seus olhos, o que aconteceu?

- Eu..eu não sei, minhas mãos, estão doendo, minha cabeça...

- Princesa calma, se concentra na minha voz, olha para mim. Você consegue, o fogo já se foi agora faça a neve parar. - um redemoinho de neve se formou ao meu redor, nos rodeando. - Princesa Lira! Lira!.

Eu fechei os olhos. Minha cabeça doía de novo mas só que mais forte do que antes. " Pai! Eu preciso de você me ajude. ", assim que eu pedi, senti o vento gelado parar, e quando abri os olhos, um homem vinha em minha direção.

Eu não conhecia o lugar, mas ele parecia um castelo só que de gelo.

- Minha filha, como você está grande.

-Pai?

- Sim, sou eu, porque você me chamou? - seus cabelos brancos se pareciam com os meus.

- Pai eu..eu... eu preciso de você.

- Com seus poderes, não é? Estou vendo o estrago que está fazendo.

- Por favor eu não queria fazer tudo isso, me ajude - em um piscar de olhos ele estava perto de mim segurando o meu rosto.

- Filha calma. Agora feche os olhos e imagine que nada disso está acontecendo, tudo está como sempre foi. E agora abra os olhos.

Quando eu abri os olhos a neve estava parada no tempo.

Não encontrei os olhos azuis de Eydam, mas sim os verde azulados de Miguel.

- Miguel?

- Lira, você está bem?

- Eu não sei, minhas mãos ainda doem - olhei ao redor - Eu tenho que desfazer tudo isso. -quando eu dei o primeiro passo minhas pernas vacilaram e eu quase caí no chão, mas ele me segurou.

- Vamos entrar, você tem que descansar. - neguei com a cabeça.

- Não, eu vou arrumar isso - ele me olhou preocupado. - Eu consigo. - Com muito esforço me soltei dos braços de Miguel.

Tudo ao meu redor estava congelado, então fiz o que meu pai mandou. Fechei os olhos e imaginei tudo aquilo voltando ao normal e com um movimento de mãos eu senti o gelo sendo descongelado, e quando eu abri os olhos cai de joelhos no chão. Não conseguia me manter de pé mais pelo menos estava sem gelo.

Assim que eu encostei minhas mãos no chão as árvores voltaram a vida e os animais com elas.

Sentia minhas pálpebras pesadas e quando eu me dei conta minha cabeça bateu contra o chão.

- Lira! - foi a última coisa que eu ouvi.

A Única Herdeira - REVISADOOnde histórias criam vida. Descubra agora