Capítulo 12

61 6 0
                                    

Eu sentia frio e que estava deitada em cima de algo duro.

Quando abri meus olhos eu vi o mesmo lugar em que encontrei o meu pai e como eu estava no chão me levantei.

Minha roupa havia mudado, agora era o mesmo vestido de mais cedo, com a mesma tiara, só que desta vez eu não estava descalça estava com lindos saltos bancos.

- Oi filha, gostou do lugar? Este é o seu presente. - assim que ouvi a voz me virei e vi meu pai, ele usava uma calça social preta, sapatos também sociais, e uma camisa azul.

- Pai?

- Quem mais seria? - ele respondeu com som de ironia.

- Por isso que eu perguntei. - rebati, não sou muito dessas coisas mas me deu vontade.

- Língua afiada, como a sua mãe. - minha mãe?, mas ela sempre foi tão educada, pensei comigo mesma. - Bom chega disso, se proteja! - assim que ele me disse uma rajada de vento muito forte com flocos de gelo veio em minha direção, e me atingiu em cheio.

Me levantei e lancei outra rajada de vento, mas uma nevasca o protegeu, como aconteceu comigo mais cedo.

- Lira você tem que controlar o gelo, não os seus outros poderes... Vamos esquentar um pouco isso. - assim que ele falou uma estátua de gelo com o formato da minha mãe se formou ao seu lado.

Meu sangue ferveu como nunca e uma tempestade se formou ao redor da estátua a protegendo.

- Vejo que seus olhos mudam de cor quando domina o gelo, os meus eram assim também.

- Você vai me ajudar do jeito certo? - perguntei o olhando nos olhos. - Ou vai ficar invadindo meus sonhos?

- Só quando você precisar muito porque eu não tenho autoridade, e também eu não estou mor...- ele se interromper no meio da frase e seus olhos fixos nos olhos. - Me ataque.

- O que?

- Me ataca ou eu te ataco.

- Más voc..- fui enterrompida com um raio de gelo que vinha em minha direção.

Por empulso coloquei as mãos na frente do rosto e o raio parou a poucos sentimentos.

- Ótimo, agora o que você vai fazer com isso. - ele me perguntou e assim que meus olhos em contaram com os seus o raio foi em sua direção.

Ele tentou parar mais não conseguiu e foi atingido em cheio.

- Você hesitou, nunca hesite, isso pode lhe custar a vida.

- Isso foi uma ameaça? - indaguei. Ele deu uma rizadinha maléfica e disse:

- Entenda como quiser, mais chega por hoje, agora volte!

- Irei vê-lo novamente? - eu perguntei mais estava torcendo para que ele me dicesse que não.

- Sim, um dia, mas quando estiver precisando, adeus.

Em um piscar de olhos tudo escureceu.

Quando eu abri os olhos estava novamente no quarto.

Senti mãos sendo passada pelos meus cabelos e quando olhei vi Laila com o seu enorme sorriso cativante, o mesmo da mãe e do irmão.

- Oi, você acordou, se sente bem? - ela me ajudou a me sentar na cama, eu estava com uma camisola rocha escura.

- O que aconteceu? E quem me trocou? E que horas são?

- Ei calminha aí, foi eu e minha mãe que te trocamos, são 9:30 da manhã do dia 29 de maio e ontem você usou de mais os seus poderes, e por isso desmaiou, mas já está tudo bem.

- Hān..eu.. estou me sentindo tonta, por favor me ajude a levantar?

- Claro, estamos te esperando lá em baixo, quando estiver pronta desça por favor. - disse ela saindo e logo em seguida fechando a porta atrás de si.

Me levantei, e fui andando lentamente até o banheiro. Olhei no espelho e outra mecha cinza estava lá. " Legal! Além de branco você agora vai ficar cinza? Porque não se decide logo de uma vez? " pensei comigo mesma, e ri do que eu disse.

Quando fiz tudo que tinha que fazer, sai e fui ao guarda roupa, peguei um vestidinho azul claro e umas sapatilhas azul marinho, resolvi deixar meus cabelos soltos, depois de pronta desci as escadas.

No meio do caminho ouvi vozes e soluços de choro.

A Única Herdeira - REVISADOOnde histórias criam vida. Descubra agora