Precisando de UM novo lar

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— Como assim vocês vão se mudar do apartamento? — pergunta Emma para os pais dela na mesma noite. Eles estavam jantando na casa dela junto com Killian.

Regina, por outro lado, não estava com eles, pois havia pedido para ficar com Henry naquela noite após ter passado o dia longe dele e estar com saudades do filho.

Por mais que Emma tivesse certeza que assim que seus pais fossem embora e eles estivessem sozinhos em casa, Killian finalmente a daria uma lua-de-mel dos sonhos... Havia sido um dia longo e cheio de tribulações. Separados e com ela sem memórias dos pais e marido, ela queria aproveitar um pouquinho sua família, por isso convidou eles para jantarem com ela e Killian naquela noite. Ela sabia que seu marido não se ia importar... Bem, talvez só um pouquinho.

— Emma... — falou Branca pegando na mão da filha que ainda parecia chateada com a notícia sendo anunciada assim tão casualmente, como se não fosse nada. — Um apartamento é um lugar muito pequeno para se criar um bebê. Estamos precisando de um novo lar. — Emma abaixou as sobrancelhas e pressionou os lábios um contra o outro, ainda não convencida. David e Killian se encaravam, sem entender o problema.

— Quando vocês vão se mudar?

— Amanhã. — diz David.

— Amanhã?! — Emma praticamente grita ao exclamar.

— Sim, o quanto antes melhor, ué. — fala Branca antes de levantar o garfo para comer.

— Vocês estão procurando um lugar há quanto tempo? — ela questiona. David dá de ombros enquanto dá um gole em sua bebida.

— Algumas semanas. — ele diz pensando de relance em quanto tempo faz.

— Acho que já faz um mês querido. — Branca o corrige encostando de leve em seu braço. Encantado olha pra ela.

— Um mês, é?

— É...

— Ah, então faz um mês. — ele diz voltando a encarar Emma junto com Branca. Esta os olha incrédula.

— E em mais de um mês de procura vocês não pensaram em -ah, sei lá- falar disso pra FILHA de vocês? — Ambos Branca e Encantado franziram o cenho ao mesmo tempo de uma forma engraçada e Killian teve de se segurar para não rir numa discussão séria daquelas.

— Ah, bem com a sua morte predestinada e todos os preparativos para o casamento não queríamos te aborrecer. Sem contar que nem achamos que você se importaria, Emma. — diz David com sinceridade na voz.

— Por que você está se importando tanto, afinal? — perguntou Branca olhando sério pra filha.

— Porque... — Emma suspira e desvia o olhar. Ela fecha os olhos respirando fundo antes de continuar a falar: — Porque nós já fomos colegas de quarto naquele apartamento. — Branca ergue sua postura, surpresa com a resposta.

— Oh. — ela diz. Emma sorri sem mostrar os dentes.

— Você ainda era Mary Margareth, lembra? Mesmo sem saber que você era minha mãe e eu era sua filha... Nós viramos amigas. Nos conectamos. Você me ofereceu pra ser sua colega de quarto, pra eu ter um lugar pra ficar e... E aquela foi a primeira vez que eu senti que eu realmente tinha uma casa, sabe? — Branca inclinou a cabeça com os olhos meio aguados, sorrindo. Ela inclinou sobre a mesa e pegou na mão da filha. Emma deu de ombros, desviando o olhar. — Ah, sei lá... Eu sei que é exagero da minha parte, mas... Doeu um pouco saber que vocês estão se livrando do apartamento.

— Tá, tudo bem, Emma. — diz David. — Nós entendemos, realmente não foi muito sensível da nossa parte.

— Não, vocês não tem que ser sensíveis. — Emma os corrige. — Eu vou ficar bem. Sem contar que é verdade, é melhor criar uma criança numa casa do que num apartamento. — Killian ergue uma sobrancelha, mas não fala nada.

Felizes pra sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora