Quase CATORZE módulos

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Henry estava passando por muita, muita pressão.

Não bastava toda ansiedade que ele estava tendo pelos estudos, ele também estava mais distante, mais raivoso. Archie disse a Emma e Regina que aquilo era completamente normal durante a adolescência, ainda mais com o quão sufocado ele se sentia em ter que estudar tanto e estar sem videogame (após descobrirem a situação crítica pela qual ele se encontrava na escola, Emma e Regina concordaram na hora em tirar todas as distrações possíveis dele; nada de TV, videogame, quadrinhos ou sair com Violet). Mesmo assim, parecia impossível que ele simplesmente contasse a suas mães o que havia de errado.

— Estou muito preocupada com Henry, Mary Margareth. — comentou Regina. Elas estavam tomando um chá juntas na mansão de Regina. Mary tinha Neal em seu colo. Eles estavam ridiculamente inseparáveis para o gosto de Regina, mesmo que o desaparecimento de crianças tenha de alguma forma diminuído o ritmo. Quase como se o raptor estivesse mais fraco e desistindo.

— Adolescentes são assim mesmo, Regina. Eventualmente vai ficar tudo bem. — Regina suspirou. — Tente relaxar.

— Eu tentaria se fosse só isso que me preocupasse. — Mary Margareth franziu o cenho.

— O que mais lhe preocupa?

— Toda aquela parada com a Emma...

— Ah, sim... — disse Branca e ficou em silêncio. Regina franziu o cenho.

— O que foi?

— Nada. — Branca tentou disfarçar inutilmente.

— Fale.

— Não é nada...

— Fale!

— Eu meio que entendo o ponto da minha filha. — Regina pisca e suspira.

— Claro...

— Regina, não me entenda mal, você melhorou muito, mas... Ainda tem o que melhorar. Você definitivamente não é a mesma vilã de antes só que... Alguns simplesmente se redimiram mais do que você e as pessoas notam isso.

— Isso não é uma competição!

— Não é, mas as pessoas notam. Sua irmã, por exemplo. Ela está saindo bem melhor que você. Killian também... Sabe quem podia lhe dar umas dicas? Malévola. — Regina sentiu sua mente se iluminar. Seria uma boa conversar com Malévola... Na segunda recepção do casamento a mesma lhe deu seu número...

Naquela mesma noite, após Branca ter ido para casa, Regina digitou o número dela em seu celular.

— Alô, Mal? Sou eu, Regina. Você quer tomar café algum dia desses e, sei lá, bater um papo?

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— Henry? Posso entrar? — perguntou Killian batendo na porta. Henry suspirou.

— Sim, eu acho. — ele esfrega as mãos em seu rosto tentando esfriar a cabeça dos estudos enquanto Killian fecha a porta atrás de si. Seria bom relaxar por alguns minutos após estudar quase catorze módulos num só dia. Killian se senta na cama de Henry enquanto o mesmo se vira para ele sentado em sua cadeira de rodinhas da escrivaninha. — Aconteceu alguma coisa? Minha mãe quer falar comigo?

Felizes pra sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora