Mais de DEZESSEIS vezes

269 34 97
                                    

— Subir essa bodega é mais cansativo do que parece. — diz Emma suspirando. Ela estava muito cansada ultimamente. Só de pensar em subir o enorme pé de feijão tudo de novo seu corpo já doía.

— Não precisamos escalar para chegar lá em cima. — diz Lily dando de ombros. Emma a encarou confusa. Lily respirou fundo e se afastou de Emma que continuou sem entender. Quando a morena se transformou em um dragão, Emma revirou os olhos.

— Ah, é claro. Dã, que lerdeza a minha! — e dito isso, Emma montou em Lily. Em poucos minutos de voo elas chegaram ao topo do pé de feijão e Lily se destransformou fazendo Emma cair no chão. — Ai!

— Desculpa... — falou Lily sem fôlego. — Não consigo... Não consigo ficar por muito tempo na minha forma de... De dragão... Ainda tenho muito o que praticar. — ela ainda respirava com dificuldade ao falar coisas. Emma deu de ombros se levantando e limpando suas roupas.

— Ah, tudo bem. Ao menos cortamos caminho. — o colar continuou brilhando para dentro do castelo. Elas subiram a mesa de comidas e isso fez o estômago de Emma roncar. — Hmmmm...

— Está com fome? — pergunta Lily. Emma assente.

— Essas salsichas gigantes estão me deixando com vontade. — Emma lambe os lábios. Lily também sente seu estômago roncar.

— Acho que podemos fazer uma pausinha para comer. — Emma sorri.

~~~~~

— Que cheiro é esse? — perguntou Henry enquanto Killian entrou em casa. Ele estava estudando na mesa de jantar.

— Vômito de bebê. — Henry franziu o nariz em desgosto. Killian não havia conseguido tirar tudo que Neal havia vomitado do colete dele. Precisaria por pra lavar. Na verdade era exatamente o que ele estava fazendo enquanto andava pela casa indo em busca do cesto de lavar roupa. Após colocar seu colete ali e ficar só de camisa, voltou para a cozinha e questionou Henry:

— Você não ia passar a noite na casa de Regina?

— Zelena está passando a noite com ela e os choros de Robin estavam me atrapalhando de estudar, então eu pedi para ficar aqui. — Killian assentiu. — Minha mãe não voltou de sua aventura com Lily?

— Não... — Killian deu de ombros. Não estava muito a fim de conversar. Ele e David haviam feito algumas descobertas sobre o sequestrador da cidade e queria que Emma voltasse logo para que ele pudesse compartilha-las com ela. — Ela disse para só irmos atrás dela se elas demorarem mais de trinta e seis horas, então relaxe, Henry.

— Ah, eu estou relaxado. — afirmou Henry. Sabia que no final das contas sua mãe triunfaria. Qualquer uma das duas. Ele tomou coragem e perguntou algo que estava em sua cabeça há um tempo: — Killian... Você pensa em ter filhos com a minha mãe? — Killian o encarou sem entender. Em um primeiro momento ele ficou confuso, porém isso durou pouquíssimos segundos. Rapidamente voltou a sua inexpressão de relaxamento.

— Por que a pergunta, Henry? — O menino deu de ombros.

— Ah, Robin chorando, Neal vomitando... Bebês parecem estar em alta na cidade. Acha que você e a minha mãe algum dia vão ter um? — Gancho suspirou. Ele já esperava que essa conversa chegaria, mas achava que seria com seu sogro e não enteado.

— Não sei. Não é uma prioridade pra mim. Ou pra sua mãe, acho. Nunca discutimos isso. Eu realmente não sinto a necessidade de ter filhos, Henry. Já estou bem contente com a vida assim, só nós três. Eu não teria problemas em aumentar nossa família, porém também não teria problemas em deixa-la continuar desse tamanho. — Henry assentiu. — O que você acharia se ganhasse um irmãozinho ou irmãzinha?

— Não sei também. Minha mãe, Regina, não pode ter filhos, então nunca considerei a possibilidade de "irmãos", sabe? E minha outra mãe, Emma... Ela parecia estar muito fechada para essa possibilidade. Agora nem tanto. Mas, eu também nunca considerei. Acho que seria legal e chato ao mesmo tempo. E talvez eu ficasse com um pouco de ciúmes. — Killian deu de ombros.

— Normal. Bem, eu tive uma vida extremamente diferente da sua, já nasci tendo um irmão mais velho. Foi difícil me acostumar a não ter mais um... — comentou Killian pesando o clima da conversa sem querer. Henry se virou para ele e questionou:

— Você acha que eu seria um bom irmão mais velho? — Killian encarou Henry carinhosamente e lançou um sorriso ao garoto.

— Com certeza. — Henry sorriu de volta e voltou a estudar. Killian se dirigiu a geladeira para comer alguma coisa e ambos ficaram o resto da noite em silêncio.

~~~~~

— As coisas não estão nada bem para Rumple e Belle. — comenta Zelena se sentando na cadeira da mesa de jantar com sua irmã. Ela finalmente havia conseguido colocar Robin para dormir.

— Pff, quando as coisas estão bem para Rumple e Belle? — Regina bufa. — Em menos de um ano de casados eles se separaram mais de dezesseis vezes! — Zelena deu de ombros concordando.

— Pode ser, mas agora eu acho que é sério...

— Não dou dois dias pra ela voltar correndo para os braços dele e dar mais uma chance ao "homem por de trás do monstro". Aquela guria só sabe ser trouxa. — diz Regina. Zelena dá de ombros. Uma parte dela queria ter esperanças de que sua irmã estava errada, mas não queria dar uma de trouxa como Belle.

Ela nem entendia o porquê dela desejar que um possível término entre Belle e Rumple seja dessa vez real...

A campainha toca e Regina franze o cenho. Já era tarde.

— Quem será? — ao olhar pelo olho mágico ela vê uma Malévola muito preocupada. Regina abre a porta na hora e pergunta: — Mal, o que aconteceu? — Malévola adentra o recinto preocupada.

— Eu estava preocupada com Lily, pois ela não havia chegado em casa... Depois eu vi uma daquelas caixinhas mágicas que eu não sei mexer, um... um... um celafome? É, celafome! Ela me ligou algumas vezes, mas eu não soube atender, então ela deixou uma mensagem! Ela foi atrás do pai dela, Regina, eu não sei o que fazer! — ela diz em desespero e abraça Regina que retribui o abraço na hora, desejando conforta-la.

— Calma, calma, calma! Mal, eu acho que é completamente normal que ela algum dia fosse em busca do próprio pai. Qual o problema disso?

— O problema não é tanto o pai dela e sim sua madrastra.

~~~~~

— Eu não acredito que você comeu uma salsinha gigante inteira. — comenta Lily surpresa. Emma sorri.

— Desde criança eu sempre fui comilona, menina.

— Mas, a ESSE ponto? — ambas começaram a rir. Felizes, elas nem percebem os movimentos nas sombras que se aproximam. Lily grita quando Emma cai para frente desacordada. Sentindo uma faca em seu pescoço de alguém que a pressiona de trás, ela escuta uma voz masculina falar em seu ouvido:

— Quem é você e o que faz aqui?

Felizes pra sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora