♛ Ajustando-se à Família P. I ♛

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Christian Grey

Anteriormente...

Quando sou jogado para frente o cinto me protege, mas isso é o de menos. Eu tenho que piscar muitas vezes para ter certeza do que estou vendo ali. Isso só pode ser brincadeira.

Desço do carro rapidamente e olho para os lados, procurando algo, mas não há ninguém, nenhum sinal de acidente. Não há pessoa alguma aqui, muito menos casas. Corro até a pequena menina que está sentada no meio da estrada, ela veste roupas imundas, seus cabelos estão soltos e bagunçados, e eu acho que ela deve ter cerca de um aninho. Abaixo em sua frente e ela para de chorar, para me dar um olhar curioso.

—Ei docinho. —Murmuro segurando seu queixo e ela sorri revelando quatro dentes em cima e quatro embaixo. —Que gracinha você. Onde está a mamãe?

A pequena menina de grandes olhos cinzas mexe a cabeça de um lado para o outro procurando alguém. Eu realmente não quero acreditar que alguém tenha largado ela aqui sozinha. Isso não é possível. Ela é só um bebê. Tiro meu blazer rapidamente e enrolo na pequena menina, ela começa a cheirar, então me olha com seus encantadores olhos cinzas, ela sorri e abraça o casaco me fazendo explodir de ternura. Caminho com ela até o carro e a coloco na cadeirinha de Gabriela, ela olha para a gatinha que está deitada no banco e começa a gungunar, no meio de tudo consigo entender um 'miau-miau'. Deixo ela lá sentadinha e ligo para Taylor.

—Sr. Grey. —Ele diz de forma formal.

—Taylor, eu estou na estrada principal, perto do centro de adoção de animais.

—Sim, senhor.

—Eu... eu encontrei uma garotinha, ela deve ter um ano, cabelos castanhos, olhos cinzas. Está de vestido rosa, eu acho que ela pode ter sofrido um acidente, não sei ao certo, você pode vir para cá e checar isso?

—Eu estou chegando senhor.

Desligo o telefone depois de agradecer a Taylor, entro no carro e encaro a menininha, ela me olha e joga a cabeça para o lado, sorrindo. Seus olhos estão sujos, assim como o nariz, lembro-me então que tem alguns lenços umedecidos de Gabriela. Pego-os no porta-luvas e limpo a menina, ela não para de sorrir, mas... quando limpo seus olhos, percebo que eles não têm brilho algum. É como se ela não fosse, ou não estivesse feliz.

Vejo Taylor chegar e desço do carro; ele se aproxima com a arma em mão e eu estranho, mas acho que essa garota tem sérios problemas.

—Sr. Grey, o senhor pode entrar no carro. —Taylor diz olhando em volta e eu vejo os outros seguranças fazer o mesmo.

—O que houve? —Pergunto olhando em volta por instinto.

—Senhor, não houve acidentes aqui há pelos menos três meses. —Taylor diz seriamente. —Eu chequei os registros policiais. Há uma casa, há cinco quilômetros, uma mulher foi encontrada morta, vizinhos deram a descrição da criança que desapareceu.

—Pego a foto da mão de Taylor e vejo que realmente é a garotinha.

—Mas... o que tem?

—Sr. Grey, pessoas foram assaltadas próximas daqui, dizendo que encontravam a garotinha e logo depois o pai aparecia, pegava ela e roubava as pessoas. Eu acho que ele pode ser o mesmo que matou a mãe da menina.

—Desgraçado! —Murmuro sentindo ódio.

Como alguém pode fazer isso como uma criança? Ela é só um bebê;

—Vá para casa, Sr. Grey, leve a menina.

—Está bem, Taylor. Leve o Detetive Clark.

—Sim senhor. —Taylor diz. —O Sawyer irá te acompanhar.

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora