Capítulo Quatro - Reprovada?

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CAPÍTULO QUATRO — REPROVADA?

Eu estava confiante. Havia estudado, mas ainda assim estava com medo do que estava por vir naquela bendita prova.

— Espero que consiga passar nessa prova hoje, hein Carolina? – minha mãe disse pela manhã, enquanto tomávamos café.

— Eu fiz a minha parte, mãe, que foi estudar. — respondi sem mirar os olhos nela.

Em seguida, o silêncio nos rondou. Minha mente estava agitada. Barulhenta. Pensamentos dividiam-se entre a professora Helena, as coisas que ela havia dito ao longo daquele semestre e a matéria de sua prova.

— Você sabe por que a Helena se divorciou? — indaguei subitamente para minha mãe, arregalando os olhos em seguida ao perceber o que eu havia perguntado.

Mamãe que espalhava a manteiga sobre uma fatia de pão, mirou os olhos sobre mim com curiosidade enquanto eu sentia meu rosto formigar, praguejando contra mim mesma mentalmente.

— Por que quer saber disso?

Eu inspirei profundamente sentindo minhas bochechas corarem e desviei o olhar para o forro da mesa. Eu tentei me manter calma para não deixar transparecer muito interesse sobre o que eu havia acabado de perguntar e torci para que minha mãe não tivesse estranhado aquela pergunta.

— Por curiosidade. — respondi dando de ombros enquanto bebericava um gole do suco fresco.

Ela limpou o canto dos lábios com o guardanapo e colocou-se de pé em seguida, continuando a me analisar com atenção.

— Eu não sei o motivo da separação, até porque não conversei sobre assuntos pessoais com Helena depois daquele dia.

Queria indagar mais coisas, porém temendo que minha mãe desconfiasse de alguma coisa, mantive-me em silêncio, observando ela se distanciar pela casa.

___

Ao chegar à faculdade, fiquei a procurando por qualquer sinal de Helena. Eu precisava vê-la. Aquela mulher estava me enlouquecendo.

Retirei a mochila que estava no banco traseiro do carro e caminhei pelo pátio torcendo para que ela fosse aplicar a prova final em minha sala.

Ao me aproximar da sala de aula, havia um professor que lecionava no sétimo período do curso, organizando as provas. Ele acenou gentilmente com a cabeça e sorri adentrando a sala, deparando-me com a professora Helena organizando as mesas ao fundo. Naquele instante, meu coração palpitou e um sorriso largo iluminou toda a minha face enquanto caminhava em sua direção.

Ela estava com uma roupa formal em cores clássicas. A famosa camisa branca de tecido social, com um zíper frontal e mangas ¾, acompanhada da saia lápis escura, com o comprimento mediano, ao qual ressaltava as curvas delicadas de seu quadril, calçando um scarpin nude envernizado de salto mediano.

— Oi Helena! – exclamei sorridente.

— Oi Carol. – ela disse séria enquanto arrastava uma cadeira. — Pode sentar-se, pois a prova já será entregue. — falou apontando para uma das cadeiras atrás de si.

Eu queria conversar com ela. Conhecer um pouco mais de Helena, mas ao perceber que alguns alunos que também ficaram para recuperação, adentraram a sala de aula e em seguida o sinal tocou, eu joguei minha mochila sobre a cadeira, sentando-me em seguida.

Quando os alunos já estavam ocupando as outras carteiras, o professor começou a distribuir as provas enquanto Helena anotava no quadro as regras para aplicação daquelas provas e o tempo que tínhamos para fazê-la.

Amizade Perigosa (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora