Capitulo 3

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AMANDA

Segurança particular – encaro a montanha a minha frente com uma cara de poucos amigos – por que eu precisaria de um cara daquele tamanho? – pergunto-me ao seguir seu cruzar de braços com meus olhos – seguindo-me para todos os cantos, como um carcereiro.

_Não vou sair com um cara desse tamanho me seguindo – declaro a Maluma que continua na porta lendo alguma mensagem em seu celular. Nada boa, devo admitir, já que sua expressão estava muito séria – Maluma, estou falando com você!

_Isso não está em discussão Amanda – diz ele ao guardar o celular no bolso e encarar Bryan – Quero você de olho nela vinte e quatro horas.

_O que? – perguntamos a Maluma, sobressaltados, esse homem estava louco.

_Daqui a pouco me mandará dormir com ela – rugi Bryan irritado – Eu não sou uma babá.

_Eu não preciso de uma babá, posso me cuidar muito bem sozinha, estava muito bem antes de você chegar de volta na minha vida – grito vendo-o sair da sala como se eu não estivesse falando com ele.

_Tenho um compromisso, não me esperem para a janta, Francis fará qualquer coisa que você queira comer – diz Maluma muito distante para se quer ser ouvido.

_Seu grande filho... – respiro profundamente, impedindo minha mente de completar as malditas duas palavras finais – Você! – aponto para o cara grandalhão nada feliz encostado no batente da gigantesca porta – Estou saindo, se vai ser a minha sombra ao menos tente parecer normal.

_Estou normal – diz ele com um bico sarcástico. O cara não podia estar falando sério.

Vestido com uma camiseta preta justa em seu corpo, calças militares e botas cano curto pretas, a última coisa que ele parecia é normal. Sem falar – encaro sua cintura cheia de quadrados pretos – que aquilo chamaria muita atenção, era obvio e gritante que a cena a minha frente seria impossível de misturar-se na sociedade colombiana, Bryan parecia pronto para a guerra mundial.

_Você não vai sair comigo assim! – digo indicando-o suas roupas.

_Você não tem muitas opções branquinha – diz ele ignorando-me ao sair da sala, o que estava acontecendo com o mundo? – Onde vamos?

_Onde eu vou – informo ajustando minha bolsa na cintura – Não me vi convidando-o em nenhum momento.

_Você tem um carro? – pergunta ele encarando-me em seus 1,90 m. Às  vezes uma garota precisa  ter coragem. Obrigada a olhar para cima, deixo um suspiro mental levar meu desanimo.

_Vamos ao centro – respondo sentindo a derrota corroer meu orgulho.

Bryan dirigia como se a besta do diabo estivesse seguindo-nos com suas garras e dentes amostra. Não sei exatamente o momento em que sou obrigada a rezar e pedir ao próprio Deus para me manter viva até chegar ao centro. Sei que estou gritando algo como "Eu vou morrer" ou "Vou vomitar" ou ainda "Bryan", mas sei que minha garganta está tornando-se dolorida e minha cabeça – presa fortemente contra o banco – protesta com pequenas pulsadas de uma futura enxaqueca.

Fico cerca de trinta minutos encarando meus próprios sapatos com nenhuma vontade de me mexer, como se todos os membros do meu corpo fossem desunir-se e ficarem espalhados pelo chão por um único suspiro. Ele absolutamente não está dirigindo na volta.

_Pensei que você iria ir ao centro e não ficar encarando meu carpete – diz ele abrindo a porta do carro.

Tiro meu cinto e abro a porta, sinto minha cabeça girar e minha visão fica ofuscada por um momento.

Livro 2 - Doce RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora