Capítulo 15. Aniversário

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   Me espreguiço e vou tomar um banho, os barulhos de mensagem constantes me fazem sorrir, lavo os cabelos e término meu banho, visto um short jeans branco curtinho e uma camiseta preta folgada.

   Minha irmã fazia café quando entrei na cozinha.

  _Bom dia irmã, parabéns meu amor.

  _Valeu irmã.

  _O que a senhorita manda hoje?

  _Tu pode ir no Alan comigo hoje?

  _Posso e vou.

   Merendamos e depois começamos a limpar a casa, por volta das 9:30 já tínhamos terminado tudo, minha mãe chega da academia e me dá os parabéns, me entrega um presente eu deixo encima da cama para abrir mais tarde.

   Saio de casa junto com minha irmã e vamos em direção à fábrica do Alan, estávamos conversando à um tempo, mais realmente começou a rolar uma paquera de sábado pra cá, ele era legal mais muito cheio de picuinhas, o tipo filhinho de papai que procura uma barbie em sua vida, mais eu sinceramente não me importava, eu não pretendia ter nada sério com ele, não gostava dele e ele não iria gostar muito de mim, se realmente me conhecesse.

   Chegamos a fábrica e eu chamo por ele no portão, que era de grade e logo pude ver várias funcionárias me encarando, umas com curiosidade outras com um leve deboche, logo ele sai lá de dentro sorrindo e abre o portão pra mim.

  _Tá ficando mais velha - ele diz me olhando dos pés a cabeça - recebeu a mensagem mais cedo?

  _Recebi sim, obrigada.

  _Nada, quero te dar uma coisa, mas antes escolha aqui o que você quiser.

   Minha irmã me olha e sorri, como quem já sabe o que vai acontecer, e eu fico estática, as funcionárias da fábrica me olham e Alan coloca cerca de 10 modelos de shorts e saias diferentes.

   Eu experimento todos e escolho três, mais ele me diz pra escolher mais dois eu nego, eles eram lindos mais 5 shorts eram demais.

   Olho minha irmã que apenas observava e sorria, encostada  ao balcão de corte mexendo no celular, acabo aceitando.

   Ele me puxa para um beijo, do nada, no meio dos funcionários, e confesso que não gostei, foi estranho e eu tinha a impressão que ele ia me engolir viva, mais relevei, ele põe meus presentes em uma sacola grande e saímos da fábrica e vamos à uma sorveteira um pouco distante de lá, nos servimos, minha irmã fica lá dentro, conversando com o rapaz do balcão, enquanto nos vamos sentar lá fora.

  _Gostou dos presentes?

  _Gostei sim, muito obrigada.

  _Nada, você merece o melhor princesa.

   Princesa? Princesa? Não me levem a mal, mas não gosto desses apelidos carinhosos, acho um pouco falso, meloso, ou vai ver eu só me sentia estranha com tudo que vinha dele, definitivamente não tínhamos química alguma.

  _Ainda tenho algo pra ti.

  _Não Alan. Tu já me deu muita coisa.

  _Não só dei o que você merece, olha, sei que faz pouco tempo que a gente se conhece, mais acho que gosto de você e espero que você me dê uma chance.

  _Olha Alan...

  _Não, não diz nada, só deixa rolar, mas saiba que eu quero ter algo sério contigo.

  _Tá bem então.
 
   Ele pagou a conta e voltamos para a fábrica, dei um beijo nele e nos despedimos, já ia saindo quando ele me entrega mais um embrulho, agradeço e caminho em direção à casa.

  _Bora, desembucha cadê o gostosinho da moto? - Luciana me engada com as sobrancelhas arqueadas.

  _Quem o Daniel?
 
_E tem outro gostosinho?

  _Não - eu ri - eu não sei dele eu tinha mandado um bom dia pra ele mais cedo, mais ele não respondeu.

  _Quando a gente chegar em casa eu dou meu Tim pra tu ligar pra ele.

  _Certo. O que tu achou do Alan?

  _O sr. perfeitinho parece ser gente boa, tu se ligou que ele te deu esses shorts pra te "conquistar" né.

  _Me liguei sim, idiota, se compra mulher com coxinha não com roupa.

  _Exato irmã, coxinha, é vida.

   Chegamos em casa, vou pegar a chapinha e o celular, enquanto minha irmã foi pegar uma cadeira e o secador.

   Ela põe o proibidão pra tocar e eu sento na cadeira, ela termina de secar meu cabelo, eu pego meu celular e nele 6 chamadas perdidas e uma única mensagem, me faz gelar, meu coração bate forte no peito, e eu não sei o porque.

   Luciana começa a pranchar meu cabelo, crio coragem e desbloqueio o celular, as ligações eram do Tim do Daniel e a mensagem do Oi, começo a olhar e responder a mensagem.

>Bom dia meu amor.
<Bom dia.
  
   Acho estranho, algo dentro de min me dizia que tinha algo errado.

>Como você tá?
<Bem quem é ?
  
   Aí merda, eu sabia que tinha algo errado.

>É a Natália quem é?
<Carol. O que tu quer com meu namorado?

  _Namorada, ele tem namorada!

  _Ai que susto menina, quem tem namorada

  _O Niel.

  _O gostosinho da moto?

  _É.

  _Como é? - minha irmã fala indignada - perai que eu vou já resolver essa história.

   Minha irmã põe a chapinha de lado e desliga a música que tocava.

  _Me diz aí o número, vamo ligar pra vadia.

Tudo o que não fomos (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora