O tempo foi passando e nós continuamos mantendo contato.
Conversávamos sobre tudo ou quase tudo.
As mensagens eram constantes e iam desde um simples
"Bom dia gatinha" à "Eu gosto muito de você, você é especial para min." E eu, estava maravilhada com aquilo.Não vou negar que estava me apaixonando por ele, muito menos negar que eu percebi que ele também se apaixonava.
Era perceptível a todos que existia um sentimento entre nós, e durante mais ou menos dois meses e meio, virou costume seu, após o trabalho ir a calçada do pai de Kessy para conversar, e eu boba sempre que ouvia o barulho da sua moto ia para a calçada conversar com Kessy, mais sejamos francos, tanto eu como você apenas queríamos nos olhar.
Se eu soubesse naquela época, o que sei hoje, não teria me apegado tanto a sua presença em minha vida.
Nós não tínhamos tido nada além de alguns beijos rápidos e escondidos, afinal era necessário mantermos nosso...Nosso o que ?
Relacionamento?
Fica?
Caso?
Eu não sei.Mais tinhamos que manter em segredo, eu era muito nova para me relacionar com alguém da sua idade, embora já tivesse ficado com caras mais velhos que você, nunca era nada duradouro, aí morava o problema se alguém soubesse sobre nós, ia dar uma grande confusão.
Finalmente em meados outubro por volta do dia oito eu fui até sua casa, vesti um short jeans e uma blusa preta de alcinhas finas, com a lateral em renda, penteei os cabelos e arrumei a franja, recoloquei meu cordão no pescoço.
Só tirava ele ao tomar banho, pois sempre acabava puxando e tinha muito medo de quebra-lo, ele tinha um significado especial min, era de prata e com um A, de Ana Natália.
Passei perfume e sai de casa, meu coração batia forte no peito, meu vizinho estava do lado de fora de casa, e sorrio ao me ver sair, como se soubesse que eu iria ver você.
Eu atravessei as duas ruas de terra batida, que separavam nossas casas, agradeci mentalmente por você ter vindo morar perto de min, chamei por você no portão da pequena quitinete ao lado da vila de casas brancas.
Você abriu a porta, caminhou pelo pequeno corredor em direção ao portão e abriu, eu entrei e você fechou, e não disse uma palavra sequer, eu fiquei sem graça e entrei te seguindo, sentei no sofá te observei enquanto fechava a porta, sem camisa pude apreciar suas costas musculosas, devido ao trabalho na firma de construção, eu nunca tinha te visto sem camisa antes, e quando você virou pra min e sorriu, eu me derreti toda.
Você sentou ao meu lado do sofá, mais mantivemos uma distância "segura", meu coração batia forte no peito.
_Vem cá morena.
Me aproximei e encostei a cabeça em seu peito, pude sentir seu perfume, seu peito ainda tinha algumas gotinhas de água, do banho recém tomado.
Você fastou meu cabelo e começou a acariciar minha nuca, enquanto eu passava as unhas de leve na lateral do teu corpo, te sentindo ficar arrepiado toda vez que passava as unhas próximo as sua costas.
Nós nos olhamos por um momento.
Sei que dissemos mais algo, que tivemos um breve diálogo, mais confesso que não lembro do que foi dito.
Lembro apenas do beijo, intenso e firme, eu tenho lábios carnudos e você se aproveitou disso mordendo-os, eu gemi e você me puxou pela nuca para mais perto, eu passei a mão pelo teus braços sentindo teus músculos, nós nos separamos e você puxou minha blusa revelando meu sutiã de renda.
Te puxei pra mais um beijo e comecei a apertar de leve tua cintura, enquanto com a outra mão eu te mantinha no mesmo canto.
Me inclinei sobre você, tomando cuidado pra não jogar meu peso todo encima de ti, soltei o fecho do sutiã com facilidade e desci pelo teu pescoço distribuindo alguns beijos.
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Tudo o que não fomos (Em Revisão)
RomansaO que fazer quando se é traída? Enganada? E iludida durante anos? Chega uma hora em que as centenas de promessas não fazem mais sentido, o que resta são apenas fragmentos de um passado já distante. ~ Livro está sendo repostado com algumas alteraç...