Baile - Parte III

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Olhei no enorme relógio que havia numa das paredes do salão de festa. Marcava 03hrs e 06 minutos da madrugada. O salão ainda estava cheio: as antigas selecionadas estavam ali, algumas já com seus maridos; haviam príncipes e princesas de todo o mundo ali; haviam também alguns guardas e serviçais, que após acabarem seus turnos tiveram a permissão de prestigiar a princesa.

Kriss estava sentada numa mesa, rindo com alguma piada que uma prima de Nicolletta fazia. Ela parecia feliz e sorria verdadeiramente. Nicolletta conversava a horas com Daphine, como velhas amigas. Celeste ainda dançava com Philipe e eu espera os dois sumirem pelos corredor a qualquer momento.

- Você está estranhamente atenciosa a sua volta hoje, Meri – Maxon disse, me trazendo mais um copo de alguma bebida que eu não reconhecia.

- Estou esperando o universo me mandar um sinal sobre o que fazer com a minha vida – brinquei e ele me respondeu com um sorriso.

- O universo não pode tomar decisões por vocês - ele disse, ainda sorrindo.

- América Singer! - Henrique chegou, quase gritando. Estranhei a atitude dele, até que ele chegou perto o suficiente para perceber que ele estava consideravelmente bêbado. - Você vai dançar comigo! - ordenou.

- Sinto muito, Alteza – respondi – Mas não vai dar – respondi e ele me lançou um olhar triste. - Acho melhor você ir dormir, Henrique – falei.

- Só se você for junto – ele disse, se lançando para os meus braços. Olhei para o lado e Maxon revirava os olhos. - Maxon, você perdeu uma grande mulher – Henrique disse, se enrolando com as palavras.

- Sei disso – o príncipe respondeu, triste.

- Quem sabe, ela acorde de bom humor um dia e aceite se casar comigo, como já pedi mil vezes – Henrique disse, falando de mais. Maxon olhou para mim, surpreso.

- Acho que esse não é o lugar para isso, Henrique – falei. Ele, para não cair, se apoio em meu ombro, me puxando para perto.

- Você sabe que sempre será a mulher da minha vida, né América? - ele disse e eu ri.

- Sei muito bem disso, Henrique – falei e ele puxou o meu queixo, para olhar para ele. Numa troca de pés, ele acabou se desequilibrando e quase me beijando, se Maxon não tivesse sido mais rápido e o segurado.

- Bela amizade, ein? - ele disse, visivelmente enciumado.

- Ele só está bêbado, Maxon – respondi, irritada.

- Vocês podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui? - Henrique falou, usando seu tom de bêbado irritado – Aceita que você perdeu ela Maxon! Você escolheu a garota errada e agora arque com a sua consciência. - disse, embolorando as palavras. - Por incrível que pareça, ela ainda acredita que vocês vão ser felizes para sempre algum dia. Juntos. Por isso ela não casa comigo, não é América?

- Henrique, se controla – falei, segurando ele pelo braço.

- Não quero me controlar, América! - ele disse, fazendo eu largar o seu braço - Você é uma retardada! Ele está casado! Ele tem uma filha! Eu não ligo se a mulher dele não o ama, ou se ele não ama ela! Ele escolheu ela, América! Você ficou pra segunda opção! A escolha é sua agora, se quer continuar como segunda opção para sempre ou vai se tocar e seguir em frente!

- Você não sabe de nada, Henrique – Maxon esbravejou – Eu amo a América, como nunca amarei ninguém! Ela nunca será a segunda opção pra mim! Meu coração sempre foi dela para ela partir ele como quisesse!

Falling FateWhere stories live. Discover now