Falling Fate

Interrogatory

- Essa ideia não está me agradando em nada – resmunguei enquanto ajudava Maxon a andar. Já faziam quase duas semanas desde que eu tinha voltado para Illéa e a recuperação de Maxon ia muito bem. Ele ainda sentia muita dor ao andar e era por isso que ele estava apoiado em mim nesse momento.

- A ideia de você ir também não está me agradando em nada – ele respondeu, com um resmungo bem mais sútil que o meu.

- Já conversamos sobre isso, meu amor – digo, tentando ser paciente – Se você vai, eu também vou e não tem o que discutir!

- Aspen pode cuidar de mim, América! – ele protestava, enquanto nos aproximávamos da prisão do castelo. Depois de duas semanas preso, sem falar nada, o Comandante disse que só falaria com Maxon e é por isso que agora íamos até aonde ele estava.

- Aspen pode saber cuidar de você fisicamente – comentei – Mas é com o efeito mental que esse Comandante gera em você que eu fico preocupada.

- Eu não vou cair nas provocações dele, se é isso que você quer dizer – falou, parando para me encarar.

- Eu sei que não vai – digo, acariciando seu rosto – Mas eu quero estar aqui com você nesse momento! Eu sei que esse cara vai dizer muitas coisas que vão te atingir, que vão te deixar mal! Mas eu estou aqui para garantir que nada disso aconteça! Eu te amo, meu majestoso marido!

- Você sabe que ele vai tentar te atingir também, não sabe? – falou, me olhando com certo receio.

- Sei sim! Mas mal ele sabe que eu sou a prova de balas – brinco, piscando para Maxon, que revira os olhos, rindo.

- Você não tem jeito, não é minha querida? – me responde, me puxando para perto e me beijando de leve.

- Desse jeito vamos ter que deixar o interrogatório para outra hora – comento, rindo, entre os beijos.

- Aspen vai nos matar se nos atrasarmos, não vai? – fala, mas sem parar de me beijar.

- Ele vai ficar furioso – respondo, jogando minhas mãos no seu pescoço e o puxando para mais perto – Mas ele não manda em nós.

- Afinal, somos os reis desse país – completa, rindo de leve.

- Podemos fazer o que quisermos – digo, aprofundando ainda mais o beijo.

- Te pegaria no colo e te levaria de volta para o nosso quarto agora mesmo se eu pudesse – cochicha no meu ouvido, apenas para me ver me arrepiar.

- Então vamos! – falo, me afastando um pouco dele, para que eu conseguisse olhar para ele melhor – Não precisamos fazer isso hoje, Maxon! Esse cara pode esperar até que você estiver melhor e....

- América, já conversamos sobre isso – ele responde, soltando a mão que me puxava para perto dele.

- Eu sei que já conversamos! Eu sei que quanto antes fizermos isso, mais cedo pegamos esses rebeldes e acabamos de vez com isso tudo! Mas eu me preocupo contigo, meu amor! Acho que ainda é cedo para encara-lo! Ele fez tão mal para nós, para a nossa família... Ele vai ceder em algum momento e não vai precisar ser com você – deixo meu nervosismo escapar de mim. Maxon me olha e da um meio sorriso.

- Eu te amo e vamos vencer essa batalha juntos, okay? – ele me fala, segurando meu rosto com as suas mãos. Concordo com a cabeça, ainda com um olhar cabisbaixo e ele beija a minha testa.

Seguimos em silencio até a sala aonde seria o interrogatório. Era uma das salas da parte do palácio onde ficavam algumas selas e coisas usadas pelos guardas. Eu pessoalmente nunca tinha ido para essa parte do palácio e fiquei arrepiada ao perceber que não parecia o mesmo lugar que eu chamava de casa.