Queen

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- Rainha? – perguntei assustada. Maxon me lançava um olhar que eu não conseguia definir. Tinha um pouco de tudo, um pouco de cada sentimento que passava pela cabeça dele nesse momento.

- Eu sei que isso não é uma coisa que você deseja, minha querida – ele disse, levando a mão ao meu rosto e acariciando ele. – Mas eu preciso de você nesse momento. – suplicou.

- Eu não sei agir como uma Rainha, Maxon – confessei. – Você me conhece, eu sou impulsiva, eu não tenho modos e....

- Você é perfeita, América – falou, se aproximando ainda mais de mim. – E logo minha mãe vai estar em condições de te ajudar – ele disse, sorrindo – E será só questão de tempo para você ser a Rainha que está destinada a ser – completou, me dando um beijo na testa.

- Está me pedindo em casamento, Maxon Schreave? – brinquei, para aliviar o clima.

- Ainda não, minha querida – disse. – Agora temos assuntos mais urgentes para tratar – falou, voltando a se sentar no sofá que antes estava sentado. Me sentei próxima a ele, numa cadeira que ficava de frente a ele.

- E o que seria esses assuntos? – perguntei, curiosa.

- O enterro do meu pai e de Kriss – falou, assumindo uma postura tensa.

- Como você está com tudo isso? – perguntei. Ele me olhou e dessa vez olhou no fundo dos meus olhos. Olhou tão fundo que não duvido que enxergou a minha alma. – Estamos só nos dois aqui, Maxon. Você pode se abrir comigo – disse, me ajoelhando na frente dele.

- Estou devastado – ele disse, soltando um riso tenso, ao mesmo tempo que lágrimas caiam dos seus olhos. – Tudo isso que aconteceu é por minha causa, América!

- Não diga isso, Maxon – falei, dura.

- Mas é – falou – Eu deveria ter percebido que Kriss planejava alguma coisa, eu deveria ter tomado as rédeas e controlado meu pai, eu deveria ter te escolhido! Tinha tantas coisas que eu poderia ter feito! – Confessou. Eu sentia dor em cada palavra que saia de sua voz.

- Maxon, olhe para mim – pedi. Ele, que tinha escondido o rosto entre as mãos, levantou a cara e me encarou – Todos poderíamos ter feito algo, você não é culpado pelo que ela fez. Você não deve carregar o peso do mundo nas suas costas, eu estou aqui para dividir qualquer fardo contigo – falei, apertando suas mãos.

- Você não existe, América Singer – ele disse, me lançando o que poderia ser um sorriso.

- Alteza – escutei Silvia chamar da porta. Eu me afastei de Maxon, voltando a sentar na cadeira a sua frente. – Altezas – ela se corrigiu, me lançando um pequeno sorriso. Ela já foi entrando no escritório e sentando na cadeira ao meu lado. – Eu sei que o assunto é delicado, mas precisamos tratar do funeral. – falou, pegando a prancheta que estava carregando na mão.

- Tudo bem – Maxon disse, se recompondo, voltando a sua postura séria. - Pode começar.

Silvia parecia ter uma lista infinita de coisas que precisavamos decidir. Escolhemos desdes as flores que iam enfeitar o local, até as músicas que a orquestra ia tocar. Chegamos até a definir qual tom de preto era mais oportuno para a ocasião e eu nem sabia que exitiam tons diferentes de preto.

- E por último...

- Finalmente – comemorei, levando uma fuzilada de Silvia.

- Quem fará as homenagens a eles? - ela perguntou, olhando de um para o outro.

- Homenagens? - perguntei.

- Sim, vocês terão que homenagear eles – ela disse, sorrindo para mim – Pensei em Maxon homenagear Kriss e você homenagearia Clarkson... - falou, conferindo tudo na sua prancheta.

Falling FateWhere stories live. Discover now