Maxon Schreave's Point of View
- Há uma onde crescente de rebeliões em diversas regiões de Illéa, principalmente nessas apontadas no mapa – o Marechal falou. Ele coordenava o exército de Illéa e estávamos nos encontrando mais vezes do que eu gostaria. Olhei para o mapa de qual ele havia falado. Havia vários pontos vermelhos espalhados pelo mapa. Não parecia haver ligação. Não parecia haver sequência.
- E vocês não tem ideia da motivação desses rebeldes? – perguntei, esfregando a minha cabeça, tentando achar algum sentido naquilo.
- Não Majestade – ele respondeu, checando uma prancheta. – Os pontos onde aconteceram os ataques são completamente aleatórios. Tem cidades grandes e pequenas, cidades que se beneficiaram da mudança das castas e cidades que tiveram dificuldades com isso, cidades que apoiam a monarquia e cidades que querem a república – ele explicou, apontando as cidades conforme falava.
- Nenhum rebelde foi preso? – perguntei, me surpreendendo com a falta de eficiência do exército.
- Todos foram ataques a distância, bombas ou algo que desse tempo para a pessoa responsável fugir – o Marechal falou. Ele estava tão irritado com esse assunto como eu. Não gostávamos de falhar no nosso trabalho.
- Pode ser apenas uma pessoa por trás de todos esses ataques? – questionei, tentando de tudo.
- Claramente é um mesmo grupo, os ataques têm a mesma característica – ele me respondeu – Mas não pode ser uma única pessoa. Ouve ataques simultâneos.
- Quantos ataques até agora? – o encarei, temendo pela resposta.
- Vinte e sete – falou e senti meu sangue subir.
- VINTE E SETE ATAQUES E NÃO TEMOS IDEIA DE ONDE OU QUEM ESTÁ POR TRÁS DESSES ATAQUES? – estourei. Eu sabia que o Marechal não tinha culpa, eu mesmo havia analisado todas as informações dos últimos ataques e não achado nada para ligar a ninguém. – Quantas fatalidades? – perguntei, quando me acalmei.
- Trinta e duas pessoas – me respondeu, esperando outro estouro da minha parte. – Todas as famílias estão recebendo todo o suporte que podemos dar. – completou, quando viu que eu não responderia.
- Mas isso não adiantará em nada – resmunguei. Eu sabia como era perder alguém por causa de um ataque rebelde. Eu sabia como era viver com medo dos rebeldes. – Temos que pegar os responsáveis. Como a mídia não está noticiando isso?
- Estamos tratando como ataques isolados ou acidentes – explicou – Não há ataques desde que vossa Majestade subiu ao trono, nem a mídia quer acreditar que os ataques estão de volta.
Eu tive que rir. Uma vez na vida eu e a mídia estávamos dos mesmos lados. Ambos não queríamos acreditar. Ambos queríamos que fossem apenas ataques aleatórios ou acidentes e que não afetariam a nossa vida, que não afetariam Illéa. Eles haviam perdido o Rei deles num ataque, meu pai poderia ser o que fosse, mas era um bom rei.
- Qualquer novidade você me avise – disse, dispensando o Marechal. Não havia mais o que ele fazer ali. Já haviam forças tarefas em ação por toda Illéa, espalhamos soldados por todo o país, em busca de alguma pista ou alguma coisa que fosse, mas sempre voltavam de mãos vazias.
Respirei fundo e guardei o relatório do general numa das gavetas da minha mesa, como sempre fazia. Fiquei parado um tempo, apenas admirando a foto sobre a minha mesa. América Katherine e eu, em Reine. Aquelas duas semanas que para mim parecem ter acontecido a anos atrás, foram a poucos meses.
Eu ainda não sabia como contar a América sobre os novos ataques. Eu queria realmente ter algo para contar a ela, não apenas relatar os ataques, queria poder dar esperança a ela que acabaríamos com isso e que tudo ficaria bem.

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Falling Fate
FanfictionMaxon, num ato impensável, escolheu Kriss para ser sua Rainha, deixando América desamparada. Celeste se vê então no dever de fazer América voltar a ser a pessoa que ela sempre foi. Juntas, as duas decidem viajar o mundo. Porém, depois de um ano, Amé...