Livro 5 - O Último Inimigo

Capítulo 41 - Tal pai, tal filha

1998

Quando minha carta de Howarts chegou havia uma surpresinha nela. Muitos meses já haviam se passado desde o fim da guerra, a reconstrução da escola e o último presente de Jimmy.

Apesar de ainda chorar um pouco às vezes, olhar para aquele anel no meu dedo dava uma vontade muito grande de continuar vivendo e sendo feliz. Não sei se havia magia naquela joia, mas no fim cheguei à conclusão que era o amor dele que me fazia sentir tão bem.

Quando a coruja chegou com a carta me encontrou na casa de papai e Tonks, pois eu passara a semana anterior toda com mamãe. Não fazia muito tempo que tínhamos saído da casa de Andrômeda e nos estabelecido na nova moradia com vovó vindo nos ver todos os dias.

Tonks já voltara ao trabalho e recebeu uma promoção se tornando responsável pelo treinamento de novos aurores. No início ela ficou um pouco preocupada com tanta responsabilidade, mas estava se saindo muito bem.

A única parte ruim do trabalho estava sendo quando ela era escalada para ajudar na vigília dos prisioneiros em Azkaban. Depois que os Dementadores deixaram de ser utilizados, os aurores ficaram responsáveis pela missão e se revezavam em turnos.

Papai não quis de jeito nenhum voltar a lecionar em Hogwarts mesmo com a insistência da professora Minerva, que agora era a diretora. Ele continuava achando pouco seguro um lobisomem entre os alunos, mas o preconceito diminuíra, principalmente depois que ele recebeu a ordem de Merlin, primeira classe por ter lutado na Batalha de Hogwarts. A honraria mais alta que um lobisomem já alcançara.

Eu ainda me lembrava do dia em que papai recebera a condecoração.

- Ordem de Merlin, primeira classe - falou Tonks sentada no braço da poltrona ao lado de papai depois que chegamos em casa.

- Casado com uma bela mulher - disse eu sentando no outro braço da poltrona.

- Pai de uma jovem encantadora - Tonks continuou.

- E de um adorável garotinho - emendei.

- Lobisomem.

- Muito amado.

- Remus John Lupin - dissemos juntas antes de dar um beijo em cada metade de seu rosto.

Estávamos vivendo momentos muito felizes, mas chegara a hora de nos separar. Eu ia sofrer um pouquinho, entretanto estava com saudades de Hogwarts.

- Esse envelope está estranho - notei quando o resgatei de cima da bancada da pia de frente para a janela de onde a coruja que o deixara alçava voo.

- Estranho como? - perguntou Tonks que se ajeitava após terminar de amamentar Teddy que estava no colo de papai para arrotar.

- Pesada.

Abri ansiosa o envelope e entendi o motivo do peso. Um broche vermelho com as bordas douradas com uma letra "M" caiu na minha mão.

- Por Merlin! Fui escolhida para ser uma das monitoras da Grifinória! - sorri muito feliz.

- Parabéns aluadinha! - Tonks atravessou a sala e me deu um forte abraço que eu correspondi.

- Obrigada!

- Mais do que merecido, filha - papai passou Teddy para o colo da esposa e me abraçou. - Eu sabia que você seria escolhida.

- Isso tem a ver com a Lana do futuro?

- Claro que não. É por conta do seu comportamento exemplar.

- Aham, sei...

Nós dois demos uma risada.

- Falando sério filha, eu tenho certeza que eles não poderiam ter escolhido monitora melhor para a Grifinória.

- Obrigada pai!

- Inclusive estou tendo uma ideia aqui...

Olhei curiosa para ele.

- Mas depois te conto.

Fiz um biquinho.

- Agora temos que comemorar!

- E comprar alguns livros... - eu continuei lendo a carta.

- Quinto ano... - papai olhou para mim com a mão no queixo.

- Dezesseis anos pai. A guerra tirou as coisas dos eixos.

- Mas tudo vai ficar muito bem agora - ele abriu os braços para me receber em mais um abraço.

- Tenho certeza absoluta que sim.

***
Então, alguém arrisca qual foi a ideia de papai? O que será que está se passando pela cabeça desse maroto. Vocês irão descobrir no próximo capitulo! Ah, e não se esqueçam de deixar seu voto nesse aqui! Obrigada por me acompanharem!