1998
Nada tão feliz quanto ter um bebê em casa, mas ao mesmo tempo muito trabalhoso. Nossas vidas de repente passaram a se mover em função do Teddy.
Até que ele não chorava muito, o problema eram os horários e a frequência com que mamava. Meu irmão criou o hábito de acordar com fome de madrugada e chorava até ser atendido não deixando ninguém dormir.
De início papai o pegava no berço e levava até a esposa, às vezes Andrômeda chegava primeiro, mas depois de uma semana até mesmo eu já tinha perdido o medo de segurá-lo no colo e passei a fazer isso, o que era o mais lógico já que dormíamos no mesmo quarto.
Mas o mais sensacional de tudo é que ele herdou o talento da mãe! Teddy era metamorfomago igual à Tonks! Quase surtei quando ele mudou a cor dos cabelos pela primeira vez.
Mas ele não fazia só isso. Com o tempo foi aprendendo a mudar outros detalhes do cabelo como comprimento e textura, e pequenos traços no seu rosto. Tonks disse que quanto mais ele treinasse, melhor ficaria.
- Já reparou que a cor do cabelo dele muda mesmo quando está dormindo? - eu estava debruçada sobre a grade do berço de Teddy fazendo carinho nele enquanto Tonks nos olhava sentada na poltrona do quarto.
- Ele ainda não está totalmente no controle da habilidade e seu humor influencia involuntariamente as cores.
- Igual você quando seu cabelo fica vermelho! - olhei para ela sorrindo.
- Bem isso.
De repente os cabelos dele passaram de azul para verde limão e ele acordou chorando.
- Fome - o peguei no colo com carinho e esperei que Dora estivesse pronta para então entregar o filho. - A verdade é que isso ajuda bastante!
Ela apenas sorriu enquanto Teddy sugava o leite.
- Tudo bem por aqui?
- Sim pai - respondi quando ele entrou no quarto. - É só fome de novo! Ele mama bastante.
- Falou a pessoa que mamou até os três anos de idade - ele raspou a garganta.
- Eu não... Eu fiz isso?
- Se sua mãe não tivesse te levado para creche quando conseguiu o emprego de professora na universidade, suponho que teria ido além.
Senti minhas bochechas corarem.
- Mas não tem nada de errado - ele esticou o braço e nos sentamos na beirada da cama perto da poltrona onde Tonks estava. - Fez você crescer com bastante saúde.
- Espero que o Teddy vá pelo mesmo caminho.
Ele continuava sugando o leite com vontade até que, depois de alguns minutos largou e não quis mais.
- Satisfeito pequeno? - Tonks perguntou tocando de leve os lábios dele com o bico do seio. - Acho que está - ela olhou para nós sorrindo.
Papai se levantou, pegou uma fralda no berço e tomou o filho nos braços. Com a cabeça de Teddy sobre o tecido macio, ele dava leves batidinhas em suas costas para que arrotasse.
Quando vi o rosto do meu irmão novamente seus cabelos já estavam azuis. Eu ri achando aquilo ao mesmo tempo muito fofo e mágico.
Ninguém queria sair de perto do bebê. Papai foi o único que se ausentou quando resolveu ir até onde Harry estava escondido com uma foto do Teddy mostrar o menino a ele e o convidar para ser seu padrinho.
Para mamãe enviamos apenas uma carta comunicando sobre o nascimento. Ela estava com muita vontade de vir nos ver, mas disse que planejaria bem para não expor ninguém a riscos desnecessários.
Eu queria logo que aquela guerra acabasse para que pudéssemos viver em paz.
***
E a guerra finalmente acabou e vivemos felizes para sempre... Queria que tivesse sido assim, mas vocês sabem que não foi, não é mesmo? Apesar de não me lembrar muito dos fatos que narrarei a partir do próximo capítulo, sei que muita gente sofreu com o desfecho que leram nos livros da JKRowling. A verdade é que o final foi bem diferente, mas a razão de vocês não terem ficado sabendo disso antes só vão descobrir se continuarem lendo. Então, até o próximo capítulo e não se esqueçam de votar e comentar!
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Livro 5 - O Último Inimigo
Hayran KurguAs mortes de Lupin e Tonks foram terríveis, mas e se esse não foi o verdadeiro desfecho da história? A guerra começou, agora é hora de escolher entre o que é fácil e o que é certo. Nenhum lugar é seguro e parece ser o fim do mundo mágico como conhec...