Capítulo 20 - Cor nas nossas vidas

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1998

Nada tão feliz quanto ter um bebê em casa, mas ao mesmo tempo muito trabalhoso. Nossas vidas de repente passaram a se mover em função do Teddy.

Até que ele não chorava muito, o problema eram os horários e a frequência com que mamava. Meu irmão criou o hábito de acordar com fome de madrugada e chorava até ser atendido não deixando ninguém dormir.

De início papai o pegava no berço e levava até a esposa, às vezes Andrômeda chegava primeiro, mas depois de uma semana até mesmo eu já tinha perdido o medo de segurá-lo no colo e passei a fazer isso, o que era o mais lógico já que dormíamos no mesmo quarto.

Mas o mais sensacional de tudo é que ele herdou o talento da mãe! Teddy era metamorfomago igual à Tonks! Quase surtei quando ele mudou a cor dos cabelos pela primeira vez.

Mas ele não fazia só isso. Com o tempo foi aprendendo a mudar outros detalhes do cabelo como comprimento e textura, e pequenos traços no seu rosto. Tonks disse que quanto mais ele treinasse, melhor ficaria.

- Já reparou que a cor do cabelo dele muda mesmo quando está dormindo? - eu estava debruçada sobre a grade do berço de Teddy fazendo carinho nele enquanto Tonks nos olhava sentada na poltrona do quarto.

- Ele ainda não está totalmente no controle da habilidade e seu humor influencia involuntariamente as cores.

- Igual você quando seu cabelo fica vermelho! - olhei para ela sorrindo.

- Bem isso.

De repente os cabelos dele passaram de azul para verde limão e ele acordou chorando.

- Fome - o peguei no colo com carinho e esperei que Dora estivesse pronta para então entregar o filho. - A verdade é que isso ajuda bastante!

Ela apenas sorriu enquanto Teddy sugava o leite.

- Tudo bem por aqui?

- Sim pai - respondi quando ele entrou no quarto. - É só fome de novo! Ele mama bastante.

- Falou a pessoa que mamou até os três anos de idade - ele raspou a garganta.

- Eu não... Eu fiz isso?

- Se sua mãe não tivesse te levado para creche quando conseguiu o emprego de professora na universidade, suponho que teria ido além.

Senti minhas bochechas corarem.

- Mas não tem nada de errado - ele esticou o braço e nos sentamos na beirada da cama perto da poltrona onde Tonks estava. - Fez você crescer com bastante saúde.

- Espero que o Teddy vá pelo mesmo caminho.

Ele continuava sugando o leite com vontade até que, depois de alguns minutos largou e não quis mais.

- Satisfeito pequeno? - Tonks perguntou tocando de leve os lábios dele com o bico do seio. - Acho que está - ela olhou para nós sorrindo.

Papai se levantou, pegou uma fralda no berço e tomou o filho nos braços. Com a cabeça de Teddy sobre o tecido macio, ele dava leves batidinhas em suas costas para que arrotasse.

Quando vi o rosto do meu irmão novamente seus cabelos já estavam azuis. Eu ri achando aquilo ao mesmo tempo muito fofo e mágico.

Ninguém queria sair de perto do bebê. Papai foi o único que se ausentou quando resolveu ir até onde Harry estava escondido com uma foto do Teddy mostrar o menino a ele e o convidar para ser seu padrinho.

Para mamãe enviamos apenas uma carta comunicando sobre o nascimento. Ela estava com muita vontade de vir nos ver, mas disse que planejaria bem para não expor ninguém a riscos desnecessários.

Eu queria logo que aquela guerra acabasse para que pudéssemos viver em paz.

***
E a guerra finalmente acabou e vivemos felizes para sempre... Queria que tivesse sido assim, mas vocês sabem que não foi, não é mesmo? Apesar de não me lembrar muito dos fatos que narrarei a partir do próximo capítulo, sei que muita gente sofreu com o desfecho que leram nos livros da JKRowling. A verdade é que o final foi bem diferente, mas a razão de vocês não terem ficado sabendo disso antes só vão descobrir se continuarem lendo. Então, até o próximo capítulo e não se esqueçam de votar e comentar!

Livro 5 - O Último InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora