Doze - Tentação!

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Erick Marshal

Assim que sai do hospital, fui direto pra casa. Ao chegar meu celular toca.

- Marshal!

- Achei que fosse me ligar amor.

A única voz que não queria ouvir hoje.

- Não ligue mais pra mim Deise!

Desligo na cara dela e vou tomar uma ducha. Durante o banho tudo que me vem na cabeça são aqueles olhos, aquela boca e aquele corpo.

- Mary!

(....)

Estou na minha sala quando meu celular toca, recebo a imagem de Mary com um garoto saindo s uma lanchonete e um texto dizendo a hora.

Meu sangue ferve!

Entro no carro e não aviso ninguém pra onde estou indo, consigo pegar eles e jogar Mary dentro do carro.

Aquele garoto era bem petulante, não estava com medo de mim e tem algo naquele olhar dele que me lembra alguém.

Durante o caminho ela quis saber a real questão dos sequestros, não tive escolha se não abrir o jogo finalmente. Lhe entrei a fixa do caso.

- Agora entende?

- Isso não pode ser!

Mary folheia cada página atenta, abismada e entendo perfeitamente. Quando fecha me entregando a fixa, seu olhar era de pavor.

- Como ele chegou aqui?

- Tudo que sabemos e que ele não está na cidade, ainda, mas pretende chegar em breve.

- Em breve? - ela se exalta.

- Tente ficar calma!

- Como quer que eu me acalme? O homem que jurei para mim mesma tentar esquecer, que ainda me persegue nos sonhos está chegando e quer me sequestrar.

Ela está afardando, entendo seu desespero. Lhe puxo num abraço ignorando completamente onde estamos, lugares fechados não e bom sinal para nós dois.

Quando nos afastamos um pouco, seguro seu rosto, tão linda e diferente. Algo nela me faz querer ficar ali para sempre, mais então me lembro dela, meu coração logo endurece.

- Vou te levar para casa!

- Obrigada.

(....)

Ao que chegamos, ficamos mais um pouco ali dentro do carro.

- Tudo bem?

- Quando iam me contar?

- Seus pais e seus irmãos pretendiam fazer isso logo!

- Como ele me encontrou Erick? - ela perguntava mais para si que para mim.

Pouso minha mão sobre a sua, ela ergue o olhar pra mim.

- Eu te fiz uma promessa, se lembra?

- Obrigada por tudo, você está sendo muito legal comigo!

- Faço apenas meu trabalho.

Ela me pega de surpresa com um abraço, cujo qual, retribuo com carinho. Mary sai do carro e acompanho com o olhar ela entrar em casa.

Estaciono o carro num ponto estratégico, observo tudo e depois ligo para meu informante.

- Jake!

- Encontrou a garota?

- Sim, obrigada.

- Já limpei a sujeira sargento!

- Quero outro favor, Jake.

Observo Mary surgir na janela de seu quarto, ela fala ao celular distraída e então penso no meu próximo passo.

- Basta pedir sargento!

- Quero que seu pessoal tome conta dela, protejam Mary Stoncold até a morte.

- Você gosta dela mesmo. - ele ri do outro lado.

- Apenas faça isso.

- Considere feito chefe.

Desligo e começo a pensar em como uma garota pode me fazer ficar tão protetor assim, de uma coisa era certa, Mary e diferente dessas adolescentes por ai, eu só não sei o que a tornava diferente assim.

Mas pretendo descobrir!

(....)

Estava em minha sala revisando alguns casos quando uma batida na porta chama minha atenção, um perfume barato e uma roupa elegante sob saltos agulhas caminham até ficar em frente a minha mesa.

- Olá, sargento!

A voz que tento a todo custo esquecer e deletar de alguma forma do meu sistema, há anos.

- Olá, promotora.

Faço sinal para que ela se sente, respiro fundo para não perder a cabeça. Há última vez que nos vimos, as coisas não terminaram bem.

- Posso ajudar em alguma coisa?

- Na verdade estou passando aqui para dizer que daqui por diante, quando trabalharmos juntos, que seja o mais profissional possível. - ela diz tudo bem tranquila sem perder a pose de dama.

- Não estou entendendo!

- O caso que está trabalhando, Caio Hellerman.

Então tudo fica claro, me levanto controlando meus nervos.

- Quando precisarmos de você, acredite, será a primeira há saber.

- Será? - ela me desafia, como sempre fazia na época da faculdade onde nos conhecemos.

- Por hora, se isso é tudo peço para se retirar.

Vou até a porta e a seguro aberta, Naomi se levanta, caminha mais para diante de mim.

- A propósito, continua muito bem...sargento.

Vejo aquela mulher que tomou meus pensamentos, meu corpo, minha alma, meu coração partir.

A mesma mulher que destruiu!

(....)

Mais tarde

Resolvi passar no hospital para saber como Oliver estava, desde que entrou para unidade ele vem sendo bem prestativo e se mostrando ser um bom policial.

Assim que chego encontro sua irmã sentada no sofá lendo uma revista qualquer, cumprimento ela com um balançar de cabeça e vou até a cama.

- Como vai?

- Bem sargento, sentindo minha falta na unidade?

- Sempre vamos sentir.

Oliver e bem animado, não tem tempo ruim pra ele.

- Espero que melhore, tem uma grande papelada para preencher em breve.

Me despeço dele, Mary me segue pelo corredor.

- Podemos conversar um instante?

- Claro.

- Acha que as tentativas de sequestros vão parar?

- Sim! - afirmo.

- Como tem certeza? Tem noção de quem ele é?

Estava estampado em seu rosto o medo, segurei suas mãos e olhei bem fundo de seus olhos.

- Eu disse e volto há repetir, não vou deixar que façam mal a você Mary.

Eu sabia que não devia prometer o que posso nunca cumprir.

O Sargento Tatuado -- LIVRO UM (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora