Erick Marshal
Assim que sai do hospital, fui direto pra casa. Ao chegar meu celular toca.
- Marshal!
- Achei que fosse me ligar amor.
A única voz que não queria ouvir hoje.
- Não ligue mais pra mim Deise!
Desligo na cara dela e vou tomar uma ducha. Durante o banho tudo que me vem na cabeça são aqueles olhos, aquela boca e aquele corpo.
- Mary!
(....)
Estou na minha sala quando meu celular toca, recebo a imagem de Mary com um garoto saindo s uma lanchonete e um texto dizendo a hora.
Meu sangue ferve!
Entro no carro e não aviso ninguém pra onde estou indo, consigo pegar eles e jogar Mary dentro do carro.
Aquele garoto era bem petulante, não estava com medo de mim e tem algo naquele olhar dele que me lembra alguém.
Durante o caminho ela quis saber a real questão dos sequestros, não tive escolha se não abrir o jogo finalmente. Lhe entrei a fixa do caso.
- Agora entende?
- Isso não pode ser!
Mary folheia cada página atenta, abismada e entendo perfeitamente. Quando fecha me entregando a fixa, seu olhar era de pavor.
- Como ele chegou aqui?
- Tudo que sabemos e que ele não está na cidade, ainda, mas pretende chegar em breve.
- Em breve? - ela se exalta.
- Tente ficar calma!
- Como quer que eu me acalme? O homem que jurei para mim mesma tentar esquecer, que ainda me persegue nos sonhos está chegando e quer me sequestrar.
Ela está afardando, entendo seu desespero. Lhe puxo num abraço ignorando completamente onde estamos, lugares fechados não e bom sinal para nós dois.
Quando nos afastamos um pouco, seguro seu rosto, tão linda e diferente. Algo nela me faz querer ficar ali para sempre, mais então me lembro dela, meu coração logo endurece.
- Vou te levar para casa!
- Obrigada.
(....)
Ao que chegamos, ficamos mais um pouco ali dentro do carro.
- Tudo bem?
- Quando iam me contar?
- Seus pais e seus irmãos pretendiam fazer isso logo!
- Como ele me encontrou Erick? - ela perguntava mais para si que para mim.
Pouso minha mão sobre a sua, ela ergue o olhar pra mim.
- Eu te fiz uma promessa, se lembra?
- Obrigada por tudo, você está sendo muito legal comigo!
- Faço apenas meu trabalho.
Ela me pega de surpresa com um abraço, cujo qual, retribuo com carinho. Mary sai do carro e acompanho com o olhar ela entrar em casa.
Estaciono o carro num ponto estratégico, observo tudo e depois ligo para meu informante.
- Jake!
- Encontrou a garota?
- Sim, obrigada.
- Já limpei a sujeira sargento!
- Quero outro favor, Jake.
Observo Mary surgir na janela de seu quarto, ela fala ao celular distraída e então penso no meu próximo passo.
- Basta pedir sargento!
- Quero que seu pessoal tome conta dela, protejam Mary Stoncold até a morte.
- Você gosta dela mesmo. - ele ri do outro lado.
- Apenas faça isso.
- Considere feito chefe.
Desligo e começo a pensar em como uma garota pode me fazer ficar tão protetor assim, de uma coisa era certa, Mary e diferente dessas adolescentes por ai, eu só não sei o que a tornava diferente assim.
Mas pretendo descobrir!
(....)
Estava em minha sala revisando alguns casos quando uma batida na porta chama minha atenção, um perfume barato e uma roupa elegante sob saltos agulhas caminham até ficar em frente a minha mesa.
- Olá, sargento!
A voz que tento a todo custo esquecer e deletar de alguma forma do meu sistema, há anos.
- Olá, promotora.
Faço sinal para que ela se sente, respiro fundo para não perder a cabeça. Há última vez que nos vimos, as coisas não terminaram bem.
- Posso ajudar em alguma coisa?
- Na verdade estou passando aqui para dizer que daqui por diante, quando trabalharmos juntos, que seja o mais profissional possível. - ela diz tudo bem tranquila sem perder a pose de dama.
- Não estou entendendo!
- O caso que está trabalhando, Caio Hellerman.
Então tudo fica claro, me levanto controlando meus nervos.
- Quando precisarmos de você, acredite, será a primeira há saber.
- Será? - ela me desafia, como sempre fazia na época da faculdade onde nos conhecemos.
- Por hora, se isso é tudo peço para se retirar.
Vou até a porta e a seguro aberta, Naomi se levanta, caminha mais para diante de mim.
- A propósito, continua muito bem...sargento.
Vejo aquela mulher que tomou meus pensamentos, meu corpo, minha alma, meu coração partir.
A mesma mulher que destruiu!
(....)
Mais tarde
Resolvi passar no hospital para saber como Oliver estava, desde que entrou para unidade ele vem sendo bem prestativo e se mostrando ser um bom policial.
Assim que chego encontro sua irmã sentada no sofá lendo uma revista qualquer, cumprimento ela com um balançar de cabeça e vou até a cama.
- Como vai?
- Bem sargento, sentindo minha falta na unidade?
- Sempre vamos sentir.
Oliver e bem animado, não tem tempo ruim pra ele.
- Espero que melhore, tem uma grande papelada para preencher em breve.
Me despeço dele, Mary me segue pelo corredor.
- Podemos conversar um instante?
- Claro.
- Acha que as tentativas de sequestros vão parar?
- Sim! - afirmo.
- Como tem certeza? Tem noção de quem ele é?
Estava estampado em seu rosto o medo, segurei suas mãos e olhei bem fundo de seus olhos.
- Eu disse e volto há repetir, não vou deixar que façam mal a você Mary.
Eu sabia que não devia prometer o que posso nunca cumprir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Sargento Tatuado -- LIVRO UM (CONCLUÍDO)
RomanceEla não contava que fosse se apaixonar pelo cara mais complicado da cidade de Chicago, ainda por cima, mais desejado pela mulherada. Mary tem planos para um futuro de grande sucesso. Erick não olha para o futuro e não ousa olhar para o passado. Mar...