Vinte três - Alerta de tanquinho

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Estava saindo do banho enrolada na toalha, Erick estava deitado na minha cama comendo distraído com a TV ligada.

- Quanta folga, credo.

Vou ao closet e pego uma camisa grande, me visto dentro do mesmo e ao sair ele continua deitado. Me junto ao seu lado me deliciando com o sanduíche.

- Você mandou bem nesse sanduba!

- Obrigada.

Ficamos ali vendo um filme até eu pegar no sono abraçada nele. Não sei quanto tempo havia se passado, bocejei e o vi dormindo aninhado a mim.

- Erick! - sussurro me virando para o encarar.

- Quê?

- Melhor sair, se te pegam aqui sabe a merda que vai ser?

- Não diga.

Ele abre os olhos e sorrio. Acaricio seu rosto delicada, noto uma cicatriz na lateral do rosto e fico passando a mão de leve.

- O quê foi isso?

- Longa história.

- Adoro uma boa história!

Erick sorri e me aperta junto de si me fazendo rir. Ficamos assim até ouvir alguém lá em baixo, ele sai indo para o banheiro e permaneço deitada.

- Filha?

- Estou aqui mãe! - grito deitada na cama.

Ela surge e o dia segue.

(....)

Os dias passaram tão rápido e estava me recuperando bem, o doutor Claude estava vindo com bastante frequência e confesso que estava adorando sua companhia.

Quando veio jantar conosco aqui em casa todos o adoraram também, em seguida trocamos mensagens e nós marcamos de nos ver para um café.

Era loucura sair com um cara mais velho? Sim, mais quem nunca?

Estava saindo da escola e contando tudo para Mikaela, ela não acreditava e estava muito empolgada por mim.

- Mark?

Meu irmão estava na porta nos esperando, bom, era o que eubl achava.

- Preciso falar com a Mikaela!

- Tudo bem, pode me deixar no Centro?

- Claro.

Depois que eles vão embora, sigo para a cafeteria onde Jean me aguarda todo sorridente.

- Como se sente sem os gessos?

- Melhor, obrigada doutor.

- Logo você estará correndo sem sentir tanta dor!

- Assim espero, mudar de rota pra não dar de cara com os cachorros da vizinhança tá osso.

O faço rir horrores.

Conversamos um bom tempo, ele me dá carona para casa e depois ficamos dentro do carro conversando ainda mais.

- Obrigada Jean!

- Disponha sempre.

Antes de sair do carro ele me chama.

- Mary!

- Sim?

- Sei que parece estranho, mais se eu te convida-se para um jantar sábado à noite você aceitaria?

Ele está me chamando pra um encontro?

- Não vejo porquê não. - sorrio.

Combinamos direitinho e depois entro em casa muito feliz da vida.

O Sargento Tatuado -- LIVRO UM (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora