A porta da frente se abriu ainda segurava firme a caixa sobre meu colo e a voz de minha mãe soou vinda da cozinha.
- Filha?
- Mãe.
- O quê houve querida?
Quando minha mãe se senta ao meu lado seu olhar logo pousa sobre a caixa. Ela não precisa dizer muito não precisa fazer nada.
- Ele apareceu na TV, de novo.
- Lamento que ele ainda não tenha sido pego querida, sei como isso te afeta.
- Como posso ser filha dele? Um bandido, como mãe?
Com a voz embargada lhe dou um abraço forte querendo esquecer que tenho o mesmo sangue que esse homem, que tenho ligação com ele de certa forma. Sempre que vejo o noticiário e sua foto surge tudo dentro de mim fica sem foco e um medo que desconheço toma conta de mim que tudo que desejo é sumir.
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Já tinha escurecido estava no meu quarto terminando de rever alguns deveres da escola quando uma batida na porta e um perfume que conheço bem tomou conta do quarto.
- Mark! –me levanto e o encaro, ele está na porta sorrindo com sua bolsa esportiva que ele coloca no chão devagar e entra no quarto vindo até mim.
- Tudo bem pequena?
- Estudando, como foi seu dia?
- Mamãe me contou! -ele se aproxima sentando-se ao meu lado na cama segura minha mão carinhosamente sorrindo levemente e acaricia o topo da minha cabeça como sempre fez desde que eu era menor.
- Preciso superar isso, mais é tão difícil. Quando acho que não o verei lá está sua foto nos noticiários.
- Você não tem nada haver com ele Mary, ele não tem nada haver com você mais isso posso te garantir.
- Eu sei, mais...
- Aquele imbecil deixou de ser seu pai quando te abandonou.
Mark me envolve num abraço apertado não me deixando mais pensar nessas coisas como sempre fez desde que fui adotada, como esperado dentre meus três irmãos o atencioso e gentil bombeiro sempre está aqui para mim.
- Vamos estar sempre aqui pequena, não precisa passar por nada sozinha!
- Obrigada irmão.
- Agora levanta esse astral! -ele me faz cócegas e arranca risadas altas de mim. Mark sabe como me animar e tirar toda tristeza ou qualquer coisa que me incomoda trazendo em meu rosto sorriso e alegria.
- Está chegando ou saindo? –pergunto quando o mesmo se levanta e volta para o corredor recolhendo a bolsa que havia deixado ali segundos atrás e se vira para me encarar.
- Saindo, tenho um encontro antes de ir para o trabalho.
- Te verei amanhã?
Mark trabalha como bombeiro passa mais tempo no trabalho que em casa. Seus turnos são mais matinais que noturnos mais vez o outra ele dorme no quartel por isso colocou para alugar seu apartamento no mesmo prédio onde Jared (nosso outro irmão) mora e vem pra casa dos nossos pais quando pode.
- Aparece amanhã lá, vou te apresentar o pessoal e faremos um tour pelo batalhão. -ele sorri fazendo seus olhos azuis brilharem.
- Promete?
- Vai mesmo querer que faça isso?
- Sim, sim. –me empolgo.
Meu irmão ajeita a bolsa no ombro e depois vem com o dedo mindinho enlaça no meu e beija me encarando em seguida.
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O Sargento Tatuado -- LIVRO UM (CONCLUÍDO)
Roman d'amourEla não contava que fosse se apaixonar pelo cara mais complicado da cidade de Chicago, ainda por cima, mais desejado pela mulherada. Mary tem planos para um futuro de grande sucesso. Erick não olha para o futuro e não ousa olhar para o passado. Mar...