Dezenove - O que eu sinto por ele?

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O fim de semana chegou e junto dele minha melhor amiga, ela ainda estava um pouco triste mais muito melhor quando partiu.

- Como estão as coisas por aqui?

- Preciso te contar algumas coisas.

Subimos pro seu quarto e nos trancamos lá por horas, contei tudo que devia ter contado desde o início e me expliquei. Ela ouvia atenta e pasma ao mesmo tempo, quando terminei lhe abracei.

- Amiga, você passando por todo esse horror na calada?

- Você já estava com seus problemas e mais esses eu pensei que...

- Que fosse a escolha certa não me contar, mais amiga, não importa onde eu esteja teria vindo no instante que me conta-se!

Depois de trocarmos algumas ideias nos aprontamos para um churrasco lá em casa.

(...)

A casa estava cheia, havia música percorrendo toda a casa e o clima estava agradável.

Mika e Mark se entre-olham, noto que tem algo de errado entre eles então quando ela me encara eu o encaro.

Lá estava aquela mulher estranha ao seu lado, sorrindo com sua bebiba na mão abraçada ao meu irmão. Talvez fosse miragem, mais continuei olhando e era real.

- Vou ao lavabo!

- Não, você vai ficar comigo. Não vamos deixar nada estragar nosso dia amiga, com ele me resolverei depois!

- Mary não, esse assunto é nosso.

Estava claro que Mikaela não estava no clima de brigar ou tirar satisfação, mais eu estava. Fiz sinal que deixaria de lado, mas não faria isso mais tarde.

Conversamos por um bom tempo, até o exato momento que Erick apareceu e foi cumprimentando todos.

Meu corpo inteiro respondia sua presença me deixando estranha.

- Ele mexe muito com você! - minha amiga afirmou sorrindo de canto.

- Isso é errado.

- Errado onde?

Não respondo e permaneço apenas observando, quando noto ele e aquele mulher se encarar minha ficha cai. Explico para Mika e ambas ficamos chocadas.

- Talvez seja ela a mulher que ele se referia May!

- Inacreditável.

Entramos em casa e resolvo subir para curtir o resto da festa com minha parceira de Nutella e o Netflix.

- Estamos ferradas com esses homens!

- Nessa vou ter que concordar irmã.

Rimos e continuamos há ver um filme enquanto atacavamos o pote cheio.

(....)

Todos foram embora, menos Erick e a mulher ainda sem nome. Mikaela também teve que ir, o que para mim foi chato mais felizmente veria ela no colégio cedo.

- Mary?

Mark me chama da sala, forço um sorriso e vou me juntar a todos ali.

- Quero lhes apresentar minha namorada, Paola Fuller!

Agora essa daí tem nome e sobrenome!

Meus pais ficam felizes junto de Oliver. Eu porém não escondo minha cara desaprovação, Erick e Mark notam.

- Confesso que estou feliz em conhece-los finalmente.

Como soa falsa!

- Vou me retirar, não estou me sentindo bem.

Deixo todos ali saindo pela porta da frente, não acredito que aquela mulher além de ser uma ex do Erick agora e a atual do meu irmão.

- Mary?

- Não.

Erick surge e me acompanha numa caminhada para longe de casa.

- É ela não e mesmo?

- Ela quem?

- Não me venha com essa, a mher que te destruiu, que ferrou com você!

Erick se cala e sinto a verdade sobre minhas costas, paro de andar e lhe encaro.

- Quer sabe não ligo, sério, não me importo. Felizmente eu não gostei dela e espero que suma da nossas vidas assim como chegou.

- Acredite, isso será difícil!

- Você sabia deles?

- Não.

- Ainda sente algo por ela?

Ele não diz nada, seu olhar desvia para os lados. Estou exausta de ficar pensando e tentando descobrir ou entender esse homem. Não essa noite, não agora.

Avanço sobre ele enlaçando emus braços ao redor de seu ombro, minha boca na sua num beijo quente e desesperado.

- O quê está fazendo?

- Quebrando as regras.

Erick torna a me beija e seguimos assim, o clima esquentando e logo me vejo dentro do seu carro na esquina de casa. Mãos rolando à solta, as sensações boas presente.

- Não consigo! - admito parando tudo.

- Foi um erro Mary.

Lá vem a muralha!

Encaro a rua há nossa frente, estou ofegante e meu corpo esta retomando a energia depois do amasso. Engulo seco e decido por um fim nisso, porque estou começando a me cansar disso.

Não vou embarcar nessa para no fim das contas descobrir que tudo foi um mero sonho.

- Isso não vai se repetir sargento, vamos esquecer.

Desço sem lhe dar chance de dizer alguma coisa.

Entro em casa pelos fundos, subo pro meu quarto com a cabeça cheia de coisa, as cenas em minha cabeça e seu gosto em meus lábios.

Erick me faz sentir coisas novas mais ao mesmo tempo me faz sentir coisas desagradáveis, quando acontece ele ergue uma muralha e não me sinto pronta para saber o que se passa.

Isso não é para mim!

Jogada na cama, encarando o teto tento organizar meus pensamentos. Era claro que tenho uma enorme atração por ele, mais algo maior que isso nos impedi de seguir.

Talvez seja melhor assim, quem quero enganar, sou uma adolescente e ele um homem feito.

O Sargento Tatuado -- LIVRO UM (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora