Acordei estava no meu quarto, mamãe estava sentada na poltrona perto da janela.
- Mãe?
- Você acordou meu bem, como se sente?
- Exausta! - respondo me sentando, olho as horas no relógio sobre o criado-mudo e vejo ser quase dez da noite.
Erick, quero dizer...sargento!
- E o sargento Marshall?
- O quê tem ele?
- Ele levou um tiro, preciso ir ao hospital e saber como ele está!
Salto da cama, corro para me vestir e antes de sair do quarto minha mãe me para.
- Querida se acalme, o Sr.Marshall está bem. Seu irmão ligou e contou o que houve, ele salvou sua vida e disse que foi corajosa.
- Corajosa? Eu fiz ele levar um tiro mãe.
Me solto dela, saio com a mesma me seguindo. Descemos as escadas e ouço vozes vindo da sala de estar, o que chama minha atenção.
- Erick? - o vejo sentado no sofá com meus irmãos e papai.
- Ela acordou! - Oliver, Mark e Jared vem me fazer revezamento de abraços e beijos.
- Devia estar no hospital, sargento! - volto minha atenção ao Erick que se levanta com certa dificuldade.
- Estou bem, a bala não perfurou muito. Ficarei de repouso em casa, mas precisei dar uma passada aqui para saber como está e te agradecer.
- Agradecer? - não escondo o espanto, o que ele disse pra mim antes era que tinha sido louca ou foi maluca? Tanto faz.
- Você foi corajosa e fez o que foi preciso naquela situação.
Ele estende a mão, mais fico relutante em apertar.
- Salvou a vida de todos mana! - comenta Oliver todo sorrisos.
- Mas o tiro foi do sargento Marshall. - digo apertando finalmente sua mão, nesse momento sinto uma eletricidade quente e estranha percorrer todo meu corpo.
Afasto-me e evito o encarar, os rapazes voltando a falar do ocorrido de forma grandiosa mais tudo aquilo não foi divertido para mim.
Vou para a cozinha beber alguma coisa, encho um copo de vidro com suco de laranja, dou um gole e a imagem do bandido morto me vem na cabeça.
- Mary!
- Sim?
Viro-me para ver Erick parado perto da entrada pra cozinha.
- Estou indo, obrigada de novo.
- Não agradeça.
Viro o copo de suco, coloco dentro da pia e depois o encaro.
- Como consegue?
- O quê? - ele espreita os olhos confuso.
- Esquecer as pessoas mortas!
- Eles são bandidos, Mary.
- Mais são humanos!
- Sério? Vamos ter esse debate?
- Foi idiotice perguntar sargento, desculpe, tenha uma boa noite e espero que se recupere.
Digo com certa desdém na voz.
Aquela imagem não sairia da cabeça tão cedo, nem o sangue nas minhas mãos ou os gritos e tiros da minha memória.
Vou passar por ele e subir, mais seu movimento e rápido. Sua mão fecha no meu pulso direito, o encaro tendo que olhar pra cima já que bato em seu ombro.
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O Sargento Tatuado -- LIVRO UM (CONCLUÍDO)
RomanceEla não contava que fosse se apaixonar pelo cara mais complicado da cidade de Chicago, ainda por cima, mais desejado pela mulherada. Mary tem planos para um futuro de grande sucesso. Erick não olha para o futuro e não ousa olhar para o passado. Mar...