Jun Kyung Narrando - 5 de Março, Domingo de noite.Alguns alunos passavam por entre os portões da escola, eram nove da noite mais ou menos. Assim como todos ali, eu voltava de casa.
~*~
- Deixe nos a sós - O grão duque disse ao guarda que assentiu com a cabeça e deixou a sala fechando as grandes e pesadas portas logo em seguida.
- Sente se, filho. - Mamãe pediu com a voz doce. Ela sempre me pedia para se sentar quando algo grande estava por vir.
Olhei para o meu pai então procurando algo em sua face, alguma pista, qualquer coisa. Mas ele estava sério, desviava os olhos dos meus com frequência, o que só me preocupava mais.
- O que foi? Por que me chamaram tão em cima da hora? - Perguntei me sentando num sofá de dois lugares. - Vocês viram alguma coisa?
Eram cinco e pouco da parte, o sol já começava a se por além da grande janela de vidro, zapelins passavam às vezes, quase não se ouvia o som ali de dentro, mas a vista que se tinha era sempre bela.- Sua mãe viu. - Papai disse.
Meus olhos automaticamente se fixaram na figura feminina a minha frente. Os olhos cinzas me fitaram preocupada.
- Jun Kyung, nossa família carrega alguns segredos que se revelados, poderiam causar grandes escândalos. - Começou puxando a saia de seu longo vestido um pouco para cima para então caminhar e se sentar na poltrona a minha frente. - Devido a alta posição de nossa família na nobreza em posição de Grão duques por um longo período na história de Aureatus, nossas visões envolvem com grande frequência a nós e aos mais altos.
Assenti a suas palavras, não estava entendendo o porquê de toda aquela introdução mas esperava pacientemente para saber aonde ela queria chegar.
- Mas não apenas os mais altos pertencentes ao Império do Tempo. - Papai disse indo até a janela onde no momento outro zampelim se mostrava com graça ao passar por entre alguns poucos prédios ao longe.
- Sim, - Mamãe sussurrou enquanto seus olhos desceram ao chão por um momento. Eu sabia que ela preparava as palavras certas para continuar. - Nossa família sempre foi vista com ótimos olhos pelos reis e rainhas deste mundo e por isso sempre tivemos uma certa afinidade com todos, algum laço, seja de amizade, seja de respeito, de confiança..
- Estou esperando a parte que eu ainda não sei. - Avisei esticando as pernas e balançando os pés como uma criança. As pontas do cardaço do tênis do pé direito estava desamarrado e eu gostava de olhar elas balançando.
Escutei papai suspirar. Eu o encarei a tempo de vê lo se virar e me encarar também.
- O que sua mãe está dizendo é que um dos segredos que esta família guarda envolve algumas das famílias reais. Um segredo que lhe adianto, se revelado, seria o causador do maior escândalo de toda a história de Aureatus.
Levantei uma sobrancelha surpreso com suas palavras.
- E qual o motivo de estarem me dizendo isso agora? Irão me contar o segredo?
- Não será preciso. - Mamãe disse se levantando e ajeitando a saia do vestido em seguida enquanto as jóias que usava tilintavam me irritando com o movimento. - Você verá tudo até a primeira semana do mês que vem.
- Que é a semana do seu aniversário. - Papai lembrou rapidamente.
- Então eu fui chamado aqui apenas para receber ordens de ficar quieto quanto a um segredo que eu ainda nem tenho conhecimento?
- Basicamente. - O homem sorriu por um momento.
- Então é só isso mesmo? - Perguntei me levantando.
Mamãe e papai trocaram olhares. Não era só aquilo. Havia mais, havia medo ali, havia preocupação.
Mamãe se aproximou de mim e tocou me os ombros. Os olhos foram para os cabelos.
- Estão ficando acinzentados.. - Sussurrou voltando a me fitar nos olhos novamente. - Quando você ver o que há para ver, deve manter se em silêncio até o momento certo.
- E quando será o momento certo? - Sussurrei de volta.
Ela me tocou com ternura no rosto.
- Logo.
- Aqui. - Papai se aproximou com um envelope de papel branco amarelado nas mãos. - Quando a visão chegar e tudo parecer uma confusão, abra isso e você entenderá.
Peguei o envelope em suas mãos e o encarei nos olhos por um momento. Lá estava o medo.
- Vocês sabem que estão me assustando, não sabem?
Papai sorriu, mas era um sorriso triste. Por que era um sorriso triste?
~*~
Engoli em seco. E encarei o chão de pedra. Os alunos passavam por mim e eu continuava ali, parado na entrada.
- Ei! - Alguém deu um tapa na minha cabeça.
Virei me e encontrei London sorrindo para mim. Sorri de volta.
- Doeu, tá? - Falei passando a mão na parte de trás. - Pessoa mais bruta, você.
Ela riu e se pos ao meu lado.
- Você parecia estar dormindo no meio do caminho.. eu só quis te acordar! - E sorriu novamente.- Podia chamar, mas não.. tem que ser uma ogra! - Falei ainda sorrindo.
Ela me mostrou a língua.
- Eu - e apontou com o dedo indicador para si. - sou uma princesa. - E me deu outro tapa na cabeça.
- Ei! - Falei enquanto ela saía correndo para dentro dos limites da escola rindo.
Sem nem pensar duas vezes e com um sorriso no rosto, eu corri atrás dela.
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*Sem revisão*
Eu pensei em criar o perso Jun Kyung depois de ver essa foto. É o bambam do got7 até onde sei. Depois vou fazer um desenho e substituo pra não ter problemas com a imagem.
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Os Senhores: O Segredo De Aureatus
FantasyEm um mundo de Senhores que dominam diferentes elementos, London se vê prestes a entrar na tão honrada e respeitada Instituição Educacional de Aureatus; uma escola interna que ensina seus iniciados - novos Senhores - a controlar seus poderes que est...