Call Me Daddy [Terminada]

Capítulo 19: Perseguições perigosas

HARRY POV

Sentia-me incrivelmente furioso, quem quer que seja era perigoso e estava a infernizar demais a vida da Atlanta. Estava a tornar-se difícil deixa-la sozinha com alguém assim a solta. 

Abracei a morena, ouvindo-a chorar contra o meu peito. Seja quem for sabia informações a mais sobre nós e com certeza iria começar a chantagear a Atlanta. Tinha de descobrir quem era aquela pessoa antes que seja tarde demais e isto chegue aos ouvidos da Kate ou do Jacob. 

'' Tu não és nada daquilo que estava ali escrito '' - Tentei acalma-la. 

Conseguia inalar o seu perfume de morango que saia das suas roupas, ela apertava-me com força contra mim. Rapidamente tive de a soltar e agarrei na maior quantidade de papeis possíveis, amassei, rasguei e deitei ao lixo. Com a manga do meu blusão de couro, tentei apagar todos os vestígios de tinta dos cacifos e paredes. 

Ela pegou em alguns dos papeis do chão e também começou a rasgar e a amassar, pegou numa garrafa de agua e despejou sobre o latão do lixo, molhado todo aquele papel, tornando-o ilegível. 

Enquanto acabava de tirar aquela tinta das paredes, vi-a aproximar-se de mim e puxar-me delicadamente pela t-shirt chamando a minha atenção, fazendo-me virar o olhar na sua direção. 

'' Harry? '' - Chamou-me preocupada.

Olhei para ela vendo-a olhar fixamente numa direção. 

'' Está ali alguém '' - Apontou discretamente para o local.

Olhei rapidamente para o sitio que ela me indicava e no mesmo instante que o fiz, uma figura masculina encontrava-se ao fundo do corredor. Olhava para nós com um boné preto que tapava toda a sua cara. O homem começou a correr e deixou imediatamente tudo o que estava a fazer e corri atrás dele, o mais rápido que conseguia, como se percebesse que aquele homem tivesse a ver com o que acabara de acontecer.

Deixei Atlanta sozinha, enquanto corria o mais depressa que conseguia atrás daquele homem. Sabia que ele tinha algo a ver com a situação pela maneira que olhava para nós atentamente, como se estivesse a registar o que estava a acontecer.

Vi-o correr entre as pequenos raios de luz que entravam pelas janelas da universidade, iluminando-o no meio daquele corredor escuro. Dando-me visibilidade para o seu cabelo grisalho, a sua roupa negra, o seu casaco de pele preto e a possibilidade de perceber que ele era bem mais velho do que eu.

Ele conseguiu sair da universidade, correndo pela rua, corri na direção da minha mota, subi rapidamente para cima dela e acelerei o máximo que podia. Ele olhou para trás e aproximou-se de um outro homem que permanecia sentado em cima da sua mota, enquanto conversava com uma mulher. Ele empurrou-o e apoderou-se da sua mota, subindo para cima dela e fugindo de mim a grande velocidade.

Tentou despistar-me, dirigindo por uma avenida um pouco estreita, segui atrás dele numa perseguição arriscada. Eu precisava de chamar ajuda, mas naquele momento era impossível fazer qualquer ligação, não podia perder o gajo de vista.

Ao fundo da avenida, encontrava-se uma pequena rua que iria nos levar a auto-estrada. Ele estava um pouco mais à minha frente, acelerei o máximo que pude, ultrapassando todos os carros que estavam à minha frente para o conseguir alcançar.

Reparei que o mesmo olhou para trás, encarou-me por entre aqueles óculos escuros, com uma expressão irritada, como se eu fosse um inseto, pronto para ser esmagado. Vi-o controlar o equilíbrio da mota e retirar uma arma de dentro do seu casaco.

Eu estava ligeiramente perto dele, mas assim que avistei a arma, deixei-me ficar para trás, mantendo uma distancia de segurança. O homem, apontou para mim e disparou, tentando acertar-me.

Desviei-me a tempo, refugiando-me atrás de um carro. Consegui retirar a minha arma e tentei disparar para ele. Assim que reparou que também estava armado, acelerou o mais depressa que conseguia.

Segui-o a toda a velocidade, apontando novamente a arma na direção da roda traseira da mota, mas a minha pontaria não estava nos seus melhores dias. Entramos num túnel movimentado, persegui-o, entre os carros. Ele olhou novamente para trás e apontou-me a arma, fazendo pontaria para a minha cabeça.

Assim que ouvi o disparo, baixei-me rapidamente, sentindo a bala quase raspar no meu ombro, fazendo-me perder o controlo da mota. A mesma andava em zigzags, desviava-me de alguns carros, evitando embater contra eles, mas não foi o suficiente para conseguir segurar-me na mota. 

A mesma tombou a uma velocidade relativamente alta, projetando-me para a frente, fazendo-me cair desamparadamente no chão. 

Senti o meu braço bater violentamente no chão e de seguida ouvi o som de um osso partir. Ainda me encontrava a rolar pelo chão até que finalmente o meu corpo parou. Uma onda de dor extremamente forte atingiu o meu braço, fazendo-me agarrar no mesmo imediatamente, vendo-o partido e cheio de sangue. 

As mangas do meu casaco estavam rasgadas e sentia a minha testa latejar, já que havia batido com ela no chão durante o tombo. Estava atordoado e não estava a conseguir-me levantar do chão, sentia o meu corpo todo dorido e estava a tentar juntar forças para me mexer. Contorci-me um pouco, tentando suportar aquela terrível dor que se apoderava do meu braço.

Á distancia, conseguia ver o homem a desaparecer com a mota no meu campo de visão. Felizmente não voltou para trás para me tentar atacar e nem tentou disparar novamente, nem mesmo quando me viu caído no chão. 

Nesse sentido tive sorte, agradeci mentalmente aos ceus por ele ter fugido, mas mesmo assim, sentia-me frustrado pois não tinha conseguido apanhar o sacana, ele ainda estava a solta e iria voltar a fazer a atacar novamente. Tentei procurar a minha arma mas a mesma encontrava-se a metros de distancia de mim. 

Tentei fazer um esforço enorme, virando-me de lado para me levantar e sair do meio da estrada, quando vejo um carro vir na minha direção a alta velocidade.

Notas da autora:

Meu deus Harry, sai rápido daí!

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