Capítulo 21: A primeira vez

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POV Atlanta 

Vi o corpo de Harry cair lentamente no colchão da minha cama, com uma mão, segurei a sua cabeça e com a outra o seu ombro. O peso do seu corpo, fez com que eu me desequilibra-se e me descaísse para cima dele. 

Senti as minhas bochechas pegar fogo e tentei rapidamente me afastar, mas o meu corpo não queria se mover. Conseguia inalar seu perfume devido à tamanha proximidade entre nós. Os seus olhos encaravam-me com atenção, ele também não se movia, nem me tentava ajudar a levantar, quase como se ele também quisesse aquela proximidade tanto quanto o meu corpo queria. 

O meu corpo ficou caído por cima do seu, o meu rosto estava tão próximo do dele, que era possível sentir a sua respiração lenta e serena, chocar contra a ponta do meu nariz. Com certeza a minha respiração estava rápida, assim como as batidas do meu coração, achava que seria quase possível ouvi-las por todo o quarto. 

Vê-lo naquele estado e ainda sabendo que estava assim por me ter tentado proteger, fez-me sentir ainda mais vulnerável. Eu estava muito nervosa por tamanha proximidade, sentia frio no fundo da barriga e sentia as minhas pernas tremer, mas eu sabia o que queria, sabia que por mais que estivesse errada eu não conseguia me impedir. 

Admirei os seus olhos verdes, intensos e enquanto isso, deslizei uma mão pelos seus cabelos, até alcançar o seu rosto. Harry fechou os olhos enquanto encostava a sua bochecha à palma da minha mão. 

Ele abriu os olhos novamente e inclinou a sua cabeça lentamente, de maneira aos seus lábios roçarem nos meus. Não pensei muito, fechei os meus olhos e deixei-me envolver no seu beijo doce, sentia o gosto a chocolate do iogurte que ele havia comido anteriormente, isso tornou o beijo ainda mais apetecível. 

A nossa respiração quente misturava-se, os seus lábios eram tão macios que dava vontade de nunca mais parar aquele beijo. Harry parecia sentir o mesmo, pois a cada segundo, ele intensificava o beijo e sentia a sua pulsação acelerar. 

O seu braço envolveu a minha cintura e num movimento rápido, puxou-me para debaixo de si, invertendo assim as nossas posições. Ele não conseguia fazer força sobre o seu braço magoado, então apenas inclinou o seu corpo sobre o meu, tudo isto sem parar o beijo. 

Ele virou-me de lado, enquanto colocava uma das minhas pernas por cima das suas. A sua mão aberta percorria desde a minha coxa até á minha cintura, ele puxava-me contra si inúmeras vezes, mantendo sempre os nossos corpos em contacto. Eu sabia que não tínhamos mais como parar ou como voltar atrás, estávamos demasiado envolvidos naquele momento, mas de qualquer modo, parecia que nenhum de nós queria parar. 

Estávamos os dois frágeis, ele por estar ferido e eu por saber que ele se feriu por minha causa, nenhum de nós tinha controlo emocional o suficiente para pensar no que estava a acontecer. Saber que ele me tinha tentado proteger só me fez sentir ainda mais atração e carinho por ele, sabia onde aquele momento nos iria levar e não queria pensar nas consequências naquele momento, só queria desfrutar do seu toque, do seu beijo e do seu calor. Só queria ser eu e ele naquele momento e mais ninguém no mundo para além de nós, aquela cama e aquele quarto. 

 Mantive os olhos fechados por tanto tempo durante aquele momento, que quando os abri, reparei que ambos estávamos já sem roupa. Não sentia vergonha, nem medo, sentia-me segura e ciente de que queria que aquilo acontecesse. Lembro-me de ter as janelas do quarto abertas e conseguir ouvir o som das ondas rebentar. Não havia mais nenhum outro som, se não o som dos nossos beijos e do oceano. 

Os seus lábios soltaram os meus e foram descendo, atravessando a minha mandibula, seguindo para o meu pescoço, fazendo cada centímetro da minha pele se arrepiar. A sua mão segurou gentilmente um dos meus peitos e os seus lábios deslizaram para o meu peito. 

Deslizei os meus dedos pelos seus cabelos, enquanto fechava os meus olhos desfrutando de todos aqueles toques que nunca havia sentido antes. Os seus lábios regressaram aos meus e a sua mão baixou, girando as minhas gostas, colocando-me lado a lado de frente para ele, ele segurou a minha coxa e levantou-a lentamente para cima. 

Ele colocou-se entre as minhas pernas, enquanto pressionava os seus dedos contra a pele da minha coxa. Sentia o calor das nossas zonas intimas tão próximas uma da outra, ele impulsionou a sua cintura gentilmente contra a minha e então senti-o entrar dentro de mim. 

Segurava a respiração arduamente, numa tentativa de suportar aquela dor aguda. Ele pareceu perceber, elevou a sua mão ao meu rosto e olhou-me nos olhos, enquanto se movimentava lentamente contra mim. 

O seu olhar serio e profundo fez-me esquecer qualquer dor que estivesse a sentir naquele momento. Ele encostou a sua testa à minha e encaramo-nos durante mais alguns segundos, antes de ele subir totalmente para cima de mim. 

A sua cabeça descansou junto ao meu ombro, sentia a sua respiração acelerada contra o meu pescoço. Contornei as suas costas com os meus braços, envolvendo-o num abraço, enquanto apertava as minhas coxas contra si. 

Os seus movimentos eram lentos e um calor inexplicável queimava dentro de mim, dava por mim a sentir uma onda de prazer, já não era possível ouvir mais o som do mar naquele momento, pois o som das nossas respirações estava mais alto que nunca.

'' És minha '' - Murmurou junto ao meu pescoço.

Soltei um suspiro acelerado assim que ouvi as suas palavras e segurei-o com mais força. Sabia que a culpa iria corroer-me por dentro mais tarde, mas não queria pensar nisso, não queria arruinar aquele momento. 

Tudo aquilo não parecia real, mas era e eu já não tinha mais como livrar-me daquele sentimento, eu queria-o tanto. 



Notas da autora:

Finalmente o ''casalzinho'' pôde ter o seu primeiro momento juntos, quantos mais estarão por vir?

Se o capítulo foi do teu agrado, não te esqueças de clicar no coraçãozinho lá em cima! Muito obrigada  


Call Me Daddy [Terminada]Onde histórias criam vida. Descubra agora