No final do show todas nós estávamos esgotadas e literalmente nos arrastamos para o camarim. O pior de tudo é que sempre tínhamos que esperar um pouco até termos permissão para irmos para a van para finalmente ir para o hotel e descansar o resto da noite.
Eu agora estava mais calma e já estava na hora de contar para as meninas o que tinha acontecido, mas eu tinha medo de como elas reagiriam sabendo que minha mãe não me apoiava. Conhecia bem demais Dinah Jane, e sabia que ela poderia até mesmo forjar um sequestro para a minha mãe voltar a falar comigo, e eu não queria nada daquilo. Eu iria dar o tempo que fosse preciso para que Clara entendesse e respeitasse a mim.
— Camz, posso falar com você um minuto? – chamei Camila que estava conversando com Dinah.
— Claro babe. – se aproximou de mim.
— O que acha de fazer alguma coisa hoje mais tarde? – peguei sua mão e fiz um carinho com o polegar.
— Uma ótima ideia, Lolo. – sorriu. — Não sei se elas vão topar, mas podemos chamar as meninas? – perguntou e eu assenti.
— Em nenhum momento pensei em deixá-las de fora de meus planos, babe. – dei de ombros.
— Hey, meninas. – Camila aumentou o tom de voz. — Lauren quer ir para alguma balada hoje, quem topa? – ela se virou para as meninas esperando a resposta.
— Lauren querer ir para qualquer lugar por vontade própria é uma raridade, então é claro que eu aceito. – Normani disse rindo.
— Eu topo também, óbvio! – Dinah disse revirando os olhos. — Mas antes de qualquer coisa, eu quero saber o que houve para a Gasparzinho ter ficado visivelmente tão triste do nada. – Dinah cruzou os braços. — Você tem culpa disso Camila? – semicerrou os olhos.
— Não, Dinah. – a latina negou com a cabeça mas logo pareceu pensar. — Quer dizer... – seus olhos se perderam no chão.
Se Camila estava se culpando pelo o que havia acontecido, ela estava extremamente errada e eu não queria que ela pensasse daquela forma. Ninguém tinha culpa se minha mãe tinha aquele preconceito tão enraizado nela.
— Não, Camila não é a culpada de nada. – soltei o ar lentamente de meus pulmões.
— Então o que foi? Você ficou calada o caminho todo, depois Camila fez um discursinho claramente direcionado para você no palco. – Normani se aproximou.
— Meninas... – Ally repreendeu. — Você não precisa falar se não quiser falar, nós respeitaremos você, Lauren. – a mais velha deixou claro.
— Está tudo bem. – sorri e concordei com a cabeça. — Podemos conversar sobre isso quando chegarmos no hotel? – perguntei e elas assentiram.
Um dos nossos produtores veio nos chamar e nos guiou até a van, entramos e agora não tivemos silêncio pois resolvemos cantar as músicas que tocavam no rádio e fomos abençoadas por algumas de nossas favoritas. Era engraçado como de cantoras performando em um palco para algumas centenas de pessoas, nós nos tornávamos 5 adolescentes cantando de qualquer jeito suas músicas favoritas literalmente gritando. A van parou e logo em seguida alguns seguranças abriram a porta para a gente, nos escoltaram até o saguão do hotel e fomos todas para o quarto que eu e Camila estávamos dividindo.
— Que bagun... – Ally ia começar a dar esporro mas Dinah lançou um olhar reprovador pra ela.
— Ela está dividindo quarto com a Camila, Ally, você espera o que? – Dinah disse segurando a risada.
— Hey... – Camila pareceu indignada e desferiu um tapa sem muita força em DInah.
— Vai falar que é a rainha da organização? – Normani cruzou os braços.
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Heart Like Yours
FanfictionDestino: substantivo masculino, fatalidade a que estariam sujeitas todas as pessoas e todas as coisas do mundo; fado; fortuna: ninguém é senhor do seu destino. E se o seu destino estivesse entrelaçado ao da pessoa que tivessem mil motivos para não...