Lauren
Na hora em que ouvi Camila cantarolando aquela música, eu sabia exatamente o que estava se passando na cabeça dela, talvez aquilo tenha sido uma maneira indireta de tentar me manter tranquila com toda a situação.
Cantamos mais algumas músicas que foram pedidas e a sessão de tortura edição especial: Lauren Jauregui, chegou ao fim. Dinah despejou algumas piadinhas enquanto andávamos pelos corredores até nossos camarins e a latina a repreendia o tempo todo. As vezes ela passava um pouco do limite e agora brincava até mesmo sobre Troy.
— Eu já volto, preciso saber se algum deles sabem me dizer que horas é nossa viagem de hoje. – Normani nos informou antes de seguir um caminho diferente.
— Olha, temos camarins separados. – Ally disse com certa surpresa em sua voz.
— É, parece que estamos quase alcançando a Beyoncé na fama. – eu disse as fazendo rir.
— Eu não sei vocês, mas a minha cabeça está estourando, está rolando um 4th July aqui dentro. – apontou para sua cabeça. — Então se me permitem, vou aproveitar esse mimo de um camarim só pra mim e vou tentar dar uma cochiladinha de 30 minutos para estar bem para o show. – jogou um beijo no ar e entrou na porta que tinha um D indicando ser dela.
— Eu acho que só preciso de um tempo para mim. – Ally parecia um pouco perdida.
— Tá tudo bem, Allycat? – Camila perguntou e a pequena assentiu.
— É só que... depois de tanto tempo, tocar no nome de Troy... – eu suspirei e a abracei.
Era realmente muito difícil ter que responder certas perguntas que nos eram feitas. Seu término já fazia tanto tempo e as pessoas continuavam a questionar sobre o garoto, deve ser horrível porque de certa forma você sempre será lembrada da pessoa. Ally seguiu para seu camarim e só restou eu e a razão da minha dor de cabeça mais forte.
— Quer sair para jantar comigo hoje mais tarde? – Camila chamou minha atenção.
— Não estaremos no avião? – perguntei.
— E qual o problema? – deu uma risadinha. — Eu pago nossa janta sweetie, e peço para apagarem todas as luzes do avião deixando só as nossas de leitura acesas, ficará como um jantar a luz de velas. – ela se aproximou de mim e me deu um rápido beijo.
Eu dei alguns passos rapidamente para trás garantindo que ninguém estivesse por perto ou visse aquela ação.
— Tudo bem, prepare seu cartão pois vou te levar a falência. – brinquei. — Eu te amo.
— Eu amo você. – ela abriu um sorriso enorme. — Eu sinto muito por você ter que ouvir tantas perguntas sobre o que você mais quer esquecer. Prometo que o resto da noite será mais suave, só nós... e as meninas. – eu assenti.
— Vejo você mais tarde, babe. – pisquei pra ela e entrei no meu camarim.
Camila
Dei mais alguns passos até encontrar a minha inicial em uma das portas e assim que achei, abri e tomei um susto ao me deparar com Colson sentado em uma das poltronas todo largado mexendo em seu celular. Parecia estar em casa.
— Hey, you! – ele sorriu ao me ver.
Se levantou de onde estava e andou até estar próximo o suficiente para me abraçar, me tirou do chão por alguns segundos e então me soltou.
— Sentiu minha falta? – perguntou.
Eu ainda estava sem saber o que fazer, falar ou pensar. O problema é que ter o rapaz ali no meu camarim de surpresa, poderia estragar todos os meus planos seguintes e sabe lá Deus o motivo real dele estar aqui, L.A pode estar metido nisso e, meu Deus, lá vamos nós de novo. Eu sabia o quanto aquilo podia piorar toda a situação que já estava de certa forma controlada. Naquele momento eu só conseguia pensar que eu sabia que tinha que sair do meu camarim e contar para todas as meninas que tínhamos visita, o mais rápido possível, mas naquele momento eu só consegui ficar parada e sorrir enquanto afirmava com a minha cabeça.
