Sauced Up

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Seguimos até a garagem e esperamos até a porta estar totalmente aberta para poder entrar.

— Para onde vai querer ir? – Chris me perguntou girando a chave do meu carro nas mãos.

— Para qualquer boate daqui. – peguei a chave da mão dele e ele ficou me olhando meio frustrado. — Eu dirijo.

— Você quem sabe. – deu de ombros e entrou no carro assim que destravei as portas.

— A partir de agora, o que acontecer nesta noite, morre nesta noite, ok? – avisei a ele enquanto me arrumava no banco e ele assentiu.

— Lembre-se que em mim você pode confiar, mas tem uma porção de pessoas esperando você vacilar para jogar seu nome na rede Laur. – assenti enquanto reforcei meu batom no espelho do carro.

— Pode ficar tranquilo, não planejo fazer nenhuma doideira nessas férias. – dei de ombros e liguei o carro.

— Você vai encontrar alguém lá? – neguei com a cabeça e ele ficou quieto.

Liguei o rádio aumentando o volume deixando apenas a música ecoar dentro do carro com os vidros fechados e começou a tocar uma das minhas músicas preferidas, aumentei mais o rádio abrindo as janelas e comecei a cantar. Chris me olhava o tempo todo rindo e até se arriscava a cantar comigo algumas partes que ele sabia (ou achava que sabia). A música terminou e o silêncio tomou conta do carro mais uma vez.

— Qual é a graça de ir para uma boate sozinha? – depois de um tempo calado ele quebrou o silêncio.

— Qual é a graça de ficar em casa, quando só se tem algumas semanas de férias, é maior de idade e mora em Miami? – ele sorriu e deu de ombros olhando pela janela.

Não demorou muito e eu estava estacionando meu carro no estacionamento de uma boate perto das praias de Miami, aquela era uma de algumas centenas de boates que tinham ali e não estava tão cheia do lado de fora. Talvez fosse por ser dia de semana, ou simplesmente porque tinham outras muito mais famosas para os turistas frequentarem.

— Achei que você queria ir pra melhor boate de Miami, você sabe que fica a uns 5 quilômetros daqui, não sabe? – Chris disse assim que parou do meu lado encostado no carro.

— Essa aqui está ótima, menos gente que possa me reconhecer por aqui e fazer meu nome aparecer em algum lugar. – pisquei pra ele e dei alguns passos pra frente fazendo ele me acompanhar.

Queria uma noite como uma pessoa normal depois de tanto tempo vivendo o caos que é a turnê, premiações e entrevistas. Eu não tinha a um bom tempo um momento de anonimato na rua. Eu só frequentava festas de premiações onde ficava rodeada de famosos (muitos deles fingindo ser quem não são) e consequentemente paparazzis, eu queria uma noite como uma jovem normal, então esperei na fila como todas as outras pessoas, torcendo para que ninguém me reconhecesse e eu pudesse ter uma noite tranquila. Chris estava do meu lado com os braços cruzados olhando tudo e todos ao nosso redor, como se fosse um segurança e eu comecei a rir.

— O que foi? – ele perguntou me olhando confuso.

— Nada, senhor segurança. – ele revirou os olhos e eu continuei rindo.

Chris pegou seu celular e ficou mexendo nele até que chegasse nossa vez, a fila andou rápido e conseguimos pegar as pulseiras para onde seria a área VIP, assim que entrei senti meu celular vibrar e o olhei vendo o nome de Camila na tela.

— Amiguinhas de novo? – Chris me perguntou olhando para tela e eu assenti. — E não vai atender?

— Tanto faz, toma. – entreguei meu celular pra ele — Guarde pra mim, não tenho bolso.

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