Isadora Campbell

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Eu estava pousando para um dos fotógrafos presentes na sessão de fotos, quando minha mãe pediu uma pausa.

— Mamãe, assim você me atrapalha! — reclamei.

— Você vai entender o porquê desta pausa quando ver o que me mandaram! — ela me entregou seu tablet.

Nele estava aberto sua caixa de mensagens que exibia um e-mail da Universidade Clifford, confirmando minha entrada na mesma.

— Mais um passo concluído com sucesso para a passarela da fama — sorri ao constatar.

Uma ajudante me serviu um suco de maracujá, tomei dois goles e a entreguei de volta.

Precisava manter o meu corpo.

— Sra. Campbell, se me der licença, preciso finalizar essas fotos — o fotógrafo pediu com cautela.

Oh! Mil perdões, eu só estava informando a Isadora que ela ocupou uma das vagas mais concorridas da Universidade Clifford — se exibiu para as pessoas que estavam no local.

Por causa disto, todo mundo veio me cumprimentar e me parabenizar pela vaga. Quase matei a minha mãe mentalmente pelo tumulto.

— Circulando, pessoal! — Claiton, o ajudante do fotógrafo, pediu às pessoas que se retiraram do meu espaço.

Ele era gay, e por isso não me importei quando o mesmo deu um leve tapa em minha bunda enquanto me parabenizava pela vaga na U.C.

— Vamos fazer aquela pose, Okay? — o fotógrafo pediu e eu assenti.

Abaixei um pouco minha cabeça e joguei o meu cabelo, olhando para o chão e sorrindo timidamente.

— Eu acho que ela ficaria melhor sendo mais atrevida — Claiton aconselhou e o fotógrafo concordou.

Então foi ligado um ventilador enorme para que meus cabelos voassem junto ao vestido leve que eu vestia.

— Olhe para cá como se flertasse com alguém — o fotógrafo pediu e eu fiz carão, arqueando uma de minhas sobrancelhas e estreitando levemente os meus olhos — perfeito! — disse ao tirar a foto.

(...)

Depois de me certificar de que estaria na capa da revista, fui direto para casa.

— Obrigada — disse ao motorista que abriu a porta do carro para que eu saísse do veículo.

Me dirigi ao escritório de papai, que estava conversando com um de seus funcionários.

Avaliei com os olhos o funcionário a minha frente, ele era jovem. O homem possuía cabelos claros, mas não ao ponto de serem loiros como os meus, e eram muito bem penteados. Seu corpo era definido, e concluí isso por causa dos músculos dos seus braços expostos pela camisa social que usava. Ele tinha uma barba pequena, o que lhe deu um certo charme.

— Desculpe interromper, pai — pedi antes de lhe abraçar.

— Tudo bem, minha princesa, o que veio fazer aqui? — perguntou, tirando seus óculos de grau e dando total atenção para mim.

— Vim pedir para que o senhor me acompanhe amanhã até a Universidade Clifford para fazer minha matrícula — pedi, sentando na cadeira em sua frente e cruzando as minhas pernas de maneira que a saia, que eu vestia, subisse mais um pouco.

— Então você foi aprovada? — assenti com um sorriso — Meus parabéns, princesa. Sempre soube que as passarelas não eram o suficiente para você e sua beleza — então ele suspirou, como sempre faz antes de me negar algo — mas eu sinto muito em te dizer que amanhã minha agenda estará lotada. Me desculpe. Contudo, o Sr. Jhonson poderá lhe acompanhar, certo? — se dirigiu ao homem ao meu lado, que precisou desviar seus olhos das minhas pernas.

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