A Cinco Chaves

The Party

Os cinco adolescentes foram a festa dos calouros, mesmo que com objetivos diferentes para a noite. Separados em suas respectivas chegadas por causa de alguns minutos.

Isadora foi a primeira a chegar. Usando um vestido preto colado ao corpo, foi recebida pelo anfitrião da festa. Roger tendo Isadora mentalmente como uma presa, tentou fazer com que sua convidada especial se sentisse o mais confortável possível. E quando a garota, finalmente, relaxou com a presença de seus amigos, ele tratou de embriagá-la. Afinal, o que é uma festa de faculdade sem pessoas bêbadas?

Diana chegou alguns minutos depois, vestida por um vestido florido com um casaco preto por cima, gravando curtos vídeos em seu celular para postar em seu blog. A baixinha encontrou a mesa de aperitivos e logo se serviu. Encheu um prato com todos os salgadinhos disponíveis e sentou em um sofá perto da escada que a levaria mais tarde ao terraço. Contratou um pacote de internet pela sua operadora e enviou seus vídeos quase que automaticamente para o seu blog, comentando sobre as pessoas que estavam ali.

Apolo, por sua vez, chegou querendo atrair a atenção de todos os convidados. Vestido por uma blusa azul marinho de uma famosa marca e uma calça jeans um pouco justa, ele entrou no espaçoso apartamento de Roger. Algumas meninas gostaram da visão que tiveram e começaram a comentar umas com as outras. Apolo sorriu satisfeito quando viu o impacto que causou nas garotas. Ele se dirigiu para a mesa de bebidas, se servindo da vodca que tinha ali. Não demorou mais do que alguns segundos para que uma ruiva encorpada se aproximasse dele.

— Você pode me passar aquela garrafa de tequila? — a garota pediu fazendo um pequeno bico.

Ele pegou a garrafa atrás de si e a entregou. Atuando, a garota deixou que derrubasse um pouco do líquido em seu decote, escorrendo pelos seus seios e manchando sua blusa branca.

— Se quiser, eu posso te ajudar a limpar — ele entrou no jogo da ruiva que concordou, o puxando para um quarto vazio com um sorriso malicioso nos lábios.

Foi nesse momento em que Astride pisou na festa. Ela torcia para relaxar e esquecer um pouco dos problemas. Trajava um macacão estampado e escuro. Fez uma pequena varredura com seus grandes olhos por toda a festa, foi quando avistou Diana digitando algo freneticamente em seu celular. A garota sorriu consigo mesma e se dirigiu até ela.

— Diana, certo? — perguntou à menina que retirou seus olhos do aparelho para encará-la.

— Astride! — sorriu e bloqueou o celular, resolvendo o deixar de lado por um momento — Senta aí, mulher — se afastou um pouco para que Astride ocupasse o lugar ao seu lado.

— Graças a Deus eu encontrei alguém conhecido, estava quase que enlouquecendo por ter que passar a festa toda sozinha! — confessou aliviada.

— Aposto que nenhum garoto dessa festa deixaria que isso acontecesse — Diana brincou, comendo um de seus salgados.

Então Isaque atravessou a porta. Usando, pela primeira vez em muito tempo, uma camiseta lisa e preta junto à uma calça jeans. Se assustou ao esbarrar em um casal seminu, atrás de um balcão, perto da cozinha. Fez uma careta para todas as bebidas que tinha ali, sabendo que nunca ousaria experimentar alguma delas.

Isaque não queria ir a festa, mas seus pais o obrigaram. Por isso, se sentou em um banco de madeira próximo ao sofá com duas garotas, desconhecidas por ele, que nem perceberam sua existência. Um lugar estratégico para que não fosse notado por ninguém pela hora que passaria ali, ele sabia que teria que demorar pelo menos uma hora para que sua mãe não o repreendesse por não ter curtido a festa.

Enfim a noite começaria, e prometia ser inesquecível para todos eles.