Cuidado!
Esta história não é sobre jovens inocentes.
Astride Wilson, Apolo Phillips, Diana Baker, Isadora Campbell e Isaque Cooper tinham tudo para começarem a universidade de seus sonhos com o pé direito, mas tudo vai por água abaixo quando acabam...
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VINTE E OITO HORAS ANTES
Tudo estava desmoronando e todos os cinco sabiam disso.
Então foi por isso que nenhum deles contestou ou recuou quando Apolo sugeriu uma versão 2.0 do plano de incriminação contra Regina.
Eles não queriam que outra pessoa pagasse pelo crime que eles cometeram. Não! Não era isso! Eles só não queriam acabar com as suas vidas e, naquele momento, ou era eles ou uma pessoa inocente que já estava na mira da polícia e só precisava de outro empurrãozinho para continuar lá.
Quer dizer, Regina era inocente, certo? Então que mal faria coletar coisas suas para por na cena do crime?
Foi pensando assim que Apolo bolou o plano, claro que com a ajuda do seu grupo na hora de acertar todos os detalhes. Então na terça-feira, no exato momento em que Regina largou de suas aulas, eles entraram em ação.
A primeira parte do plano era a mais fácil, porém a mais trabalhosa. E a encarregada foi justamente Isadora, que quase enfartou quando soube que teria que lidar diretamente com Regina.
A loira, então, aceitando que ou era aquilo ou macacão laranja e comida de presídio por alguns anos, se dirigiu até a ruiva que caminhava distraidamente mexendo em seu celular.
— Regina! — Isadora a segurou pelo pulso, surpreendendo a garota que puxou seu braço de volta com força e rapidez.
— Quem deixou você tocar em mim? — perguntou com uma careta de nojo.
Isadora respirou fundo, tentando se controlar.
— Olha, eu sei que você não gosta de mim porque sabe que eu fiquei com o Roger e tudo mais, mas eu realmente quero que você saiba que eu estou do seu lado — a loira disse tentando soar o mais sincera possível, ela não estava cursando artes cênicas em vão — Eu soube do que aconteceu na sua apresentação e deve estar sendo um saco aguentar as pessoas te apontando o tempo todo, não imagino como deve ser passar por tudo isso — a menina sorriu falsamente solidária — em prova do meu apoio, eu comprei esse suco de morango porque soube que é o seu favorito — entregou a garrafa de vidro, que segurava até então pela tampa, para Regina que levantou os olhos e sorriu, parecendo grata.
— Nossa, eu nem sei como dizer o quão...— ela abriu a tampa, a jogando no chão e não hesitou em jogar o conteúdo na cabeça de Isadora que gritou —...enojada eu tô com todo esse seu discurso patético. Você tem razão, você não faz a mínima ideia do que eu estou passando. Então guarde suas palavras para alguém que queria ouvir essa sua voz irritante. — disse ácida, venenosa.
— VOCÊ É LOUCA! — Isadora a xingou enquanto tentava enxergar através dos fios loiros de sua franja que pingavam.
— Você não viu nada — Regina a garantiu convicta e saiu, desfilando, jogando a garrafa vazia na primeira lixeira que encontrou no caminho.
