23. De Volta a Hogwarts

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— Hope, acorda! — Mamãe adentrou o quarto, movimentando a varinha para abrir as cortinas. — Hoje irá voltar para Hogwarts, você ajeitou as coisas que mandei?

— Só mais cinco minutos, por favor! — Me revirei para o outro lado da cama, colocando o cobertor em cima da cabeça. — Já ajeitei tudo ontem à noite...

— Hope, vamos! Você vai perder o trem e vai ficar aqui e eu sei que você não quer isso. — Mamãe mexeu novamente a varinha, senti o cobertor descer e cair no chão ficando destapada, detestava quando ela fazia isso.

— Eu não quero perder o trem e não quero sair daqui, está tão quentinho! — Abri os olhos e me levantei, checando onde estava minhas pantufas de patinho. — Ainda não irei usar o uniforme? Vou com uma roupa normal até o trem?

— Claro que sim, os trouxas irão olhar para você e vão pensar "Que uniforme é esse? Tão estranho." — Mamãe colocou a varinha no bolso de sua capa e abriu o guarda-roupa, observando alguma roupa que poderia usar, a mesma tirou uma calça jeans e uma blusa branca, tirou um casaco rosa claro. — Apenas para você chegar no trem.

— Vou usar isso? Posso ir com as minhas pantufas? — Olhei para a roupa que estava em minha cama, me levantando da mesma para começar a se vestir. — Depois irá ter a terceira tarefa, eu estou preocupada.

— Suas pantufas? Nem pensar! Irá colocar um tênis, leve as pantufas junto talvez na comunal você use. — Mamãe me observou, esperando me trocar por completo. — E como está o James? Soube que ele não veio para casa por causa disso, e soube que sou o tesouro dele, estou certa?

— Tudo bem, tudo bem... — Suspirei, procurando onde estava os all stars pretos que havia deixado na noite passada. — O James na primeira vez ele ficou nervoso, mas agora está calmo. Sim, eu fui o tesouro dele, é uma das piores coisas ficar no lago adormecida.

— Oh, claro. Meus dois filhos foram tesouros de um dos campeões tribruxo. — Mamãe sorriu, e caminhou até a minha cabeça, tirou a varinha do bolso e balançou algumas vezes para ajeitar o meu cabelo. — Sabe, eu nunca fui boa em feitiços para ajeitar as coisas, minha mãe sempre fez isso e sempre foi muito perfeito. Mas, quando você se torna mãe você aprende coisas novas.

— E você aprendeu bastante coisas, não é? — Sorri e coloquei o casaco, esperando o penteado ficar pronto.

— É claro que sim, principalmente quando eu não sabia fazer penteados em você. — Mamãe me olhou e tocou meu nariz de forma carinhosa. — Pronto, lobinha.

Me levantei e chequei no espelho perto do guarda-roupa, abri um sorriso e caminhei até o malão para ver se estava tudo pronto para ir até a sala, chequei tudo o que poderia e desci as escadas, ouvindo o malão bater em todos os degraus da mesma. Na sala, papai estava lendo mais uma vez O Profeta Diário, Teddy contava quantos livros tinha em seu malão para ver se havia se esquecido de outro.

— Bom dia! — Indaguei, colocando o malão perto da porta e caminhei até o Teddy. — Se você se esquecer de algum livro, tem vários nas salas.

— Bom dia, querida. — Papai fechou o jornal e colocou sobre a poltrona, abrindo um sorriso de ponta a ponta ao me ver.

— Não enche, Hope. — Teddy sussurrou e fechou o malão, ajeitando seus cabelos azuis claros.

— Vocês estão prontos? Se sim, vamos comer algo. — Mamãe indagou, caminhei até em uma das cadeira e me sentei, iria comer pouca coisa naquele dia. Teddy fez o mesmo e logo o papai, mamãe foi a última e a primeira a falar algo. — Como vai o torneio tribruxo?

— O torneiro? Bem...— Teddy coçou a nuca.

— Eu não estou jogando mas sei de várias coisas que o McCartney conta para mim. — Ri baixo.

— McCartney? Não me diga que tem o Lennon nessa história? — Papai brincou.

— Sim, McCartney! Um apelido carinhoso que dei para o James, o John é o John Lennon, o Rudy é o Ringo e não temos o George...

— Rudy? Novo amigo? — Mamãe me olhou com um sorriso nos lábios.

— Você precisa parar de ouvir música dessa banda trouxa, Hope. — Teddy me olhou, falando de boca cheia.

— Sim, um novo amigo. Fico feliz que estou fazendo amizades com a maioria das pessoas, ou não. — Olhei para baixo e comecei a comer uma das panquecas.

— Falando em amizades...Hope, vamos falar sobre sua primeira detenção, que diabos foi aquilo? Poderia me explicar? — Papai me olhava sério, sabia que não havia gostado de nada disso, apesar que o mesmo falava calmamente.

— Eu estava quieta em meu canto, a Mountbatten que chegou e quis tirar satisfações comigo! Ela me bateu primeiro, tive que me defender. — Olhei para o papai.

— Pelas barbas de Merlin, não repita mais isso. Ou se não, iremos ter que assinar várias detenções, não é mesmo Teddy? — Papai encarrou o Teddy, Teddy estava tão concentrado em comer sua panqueca que quando o mesmo tocou seu nome, ele olhou com um olhar de assustado.

— A minha primeira detenção também foi no primeiro ano, coloquei bombas de bostas na mesa do professor Martin. — Teddy segurou o riso. — E as outras foi por que, eu cutucava as garotas no meio da aula, sempre gostei de incomodar.

— Eu nunca que iria fazer isso com um professor. — Ri baixo.

— Eu espero que não faça isso...— Mamãe sussurrou e checou seu relógio de bolso. — Acho melhor irmos, escovem os dentes!

Me levantei rapidamente da cadeira e caminhei para cima, indo até o banheiro e dando mais uma checada no meu quarto para ver se não havia esquecido de nada.

— Tudo certo? Podemos ir? — Mamãe caminhou até o primeiro degrau da escada e olhou para cima.

— Sim, podemos! — Teddy caminhou na frente e pegou seu malão com a inicial "E.L" fiz o mesmo.

Não demoramos muito para chegar na estação King's Cross, foi mais fácil que imaginei, agora tinha que encontrar a plataforma 9¾ meus pais sabiam muito bem onde ela se encontrava.

— Não iremos entrar, o trem já irá sair, por favor, não fiquem olhando para o céu e entrem logo no trem. — Mamãe avisou e logo deu um beijo estalado nas nossas testas. — Amo vocês!

— A mãe de vocês falou tudo! E mais uma coisa, não se metam em encrenca. Principalmente você, Teddy. É o seu último ano! — Papai nos abraçou.

— Eu prometo que não irei me meter em encrenca, capitão! — Teddy imitou um pirata naquela hora, apenas observei e segui Teddy até a plataforma.

No Expresso de Hogwarts, havia várias crianças e muitas delas estavam com os seus pais, Teddy me fez seguir em frente para guardar os malões. Estávamos livres depois de tudo aquilo, afinal, os malões já estavam em seus devidos lugares, ao entrar no trem se deparamos com a mesma pessoa que conversamos no primeiro dia, o professor Peverell.

— Professor! Que bom vê-lo por aqui! — Dei um sorriso para o mesmo.

— Que bom vê-los aqui também, como passaram o Natal? Entrem nessa cabine ela está vazia. — Adentrei o local junto com eles, me sentando no mesmo lugar, perto da janela.

— Nosso Natal foi bom e o do senhor? — Teddy sentou-se em sua frente.

— Foi bom, apenas eu e a minha mãe, nada de mais... — Ele sussurrou, ajeitando os óculos circulados que usava.

A noite caiu e já estávamos chegando em Hogwarts, iríamos com as carruagens novamente, algo me disse que não iríamos chegar na hora do jantar e isso foi verdade mas já havíamos comido. Era estranho chegar assim, poucas pessoas da Grifinória saíram para comemorar o Natal com suas famílias, o importante era que já estávamos em Hogwarts e eu encontraria meus amigos no outro dia.

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Olá pessoas!

Tive criatividade para fazer esse capítulo, espero que gostem!

Já leram a minha nova fanfic? Little Child.

Quem quiser ler, ela está em meu perfil, apenas tem um capítulo.

Atenciosamente, Lilibeth.

Livro 1- Magia, Onde Tudo Acontece.Onde histórias criam vida. Descubra agora