E agora o que fazer?
Eu pensei rapidamente -mas bem pensado- em como iria chegar em casa. Precisávamos nos proteger e armar, então me veio uma leve ideia na cabeça: "espadas seriam ótimas agora", logo após esse pensamento eu virei para a Angeline e perguntei:
- Você sabe de alguma loja de facas, lâminas ou qualquer coisa que possa cortar cérebros?
-Eu não sei não, pelo menos não aqui no centro. - Respondeu depois de alguns segundos pensativos.
- HAAA ESPERA AI! Existe uma aqui em Carapicuíba sim! Não é uma loja de espadas, mas tem utensílios de cozinha e churrasco. Deve ser o suficiente né? - Intrometeu-se Felipe
- Droga! É do outro lado do calçadão! Mesmo estando no centro é praticamente impossível chegar lá agora! - Afirmei indignado - Deve estar um caos depois das explosões. Por hora é melhor arrumarmos pedaços de cabos de vassouras, até por que "água mole em pedra dura tanto bate até que fura".
Minutos depois decidimos para onde iríamos. Seria para a minha casa, ou melhor, onde eu morava, lá havia uma boa área e seria mais fácil de criar um muro e nos protegermos. Pelo menos era o que eu pensava.
Enquanto isso lembrei que minha mãe ainda estava no telefone.- Mãe? Perguntei.
- Filho? Você está bem? O que aconteceu? Você gritou aquilo e depois me deixou em espera, estou preocupada! Não sei o que é que está acontecendo aqui!!
Em alguns minutos expliquei o que estava acontecendo e porque disse aquilo no telefone, disse que só estava assustado e curioso, mas que estava bem e que chegaria em casa o mais rápido possível. Claro, queria saber como meus amigos estavam então continuei no telefone falando sobre um plano formado às pressas por uma mente desesperada.
- Mãe a senhora sabe me dizer se o Caike está aí?
Mãe- sim, só um minuto...
Ouve-se ruídos que demonstram claramente a troca de celular de uma mão à outra.
- O que você quer? Perguntou Caike com um sotaque de rua.
- Sai pedaço de bosta! Tudo em cima? Respondo-o com o menor nível de comunicação.
Rimos por alguns segundos como se nada de apocalíptico estivesse acontecendo.
-Caike eu queria que você nos fizesse um favorzão! Você poderia juntar o pessoal aí -se conseguir claro- e construir um muro, tipo sei lá, com carros e ônibus talvez?
- Ué por quê?
- Por que aqui no centro está uma zona e não garanto nada, mas pode ir para aí também.
-Há, mas o que está acontecendo? Consegue me dizer? ALIAS! Porque eu não seria capaz disso? O problema são os adultos e você sabe disso! Argumentando com a voz aumentada e ia abaixando aos poucos.
- Certo, te mandarei um vídeo e você mostra para eles, a imprensa já chegou aqui então é só ligar a televisão em algum canal para ter uma justificativa melhor, conto com você para construir uma barreira forte o suficiente para proteger a nós dos aparentemente recém-transformados em "Zumbis".
- Pera, você disse zumbis? É sério? Perguntou ele com uma voz de espanto e surpresa.
- Sim, muito sério, mas estou ficando sem tempo então vou desligar e em duas horas no máximo nós chegaremos aí!
-Está, mas o que você vai fazer? Ou melhor, como vai fazer?
- Vou atrás de alguns suprimentos essenciais e armamentos de combate corpo a corpo, ou pelo menos tentar.
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Z Vol.1
Science FictionImagine o normal, agora esqueça e reimagine o impensável. Diante de rotinas comuns, o mundo se vem ao uma nova barreira, um vírus, clichê né? Seria, se não houvesse essas malditas montanhas de carne de mais de 20 metros de altura. de onde ele veio...