KAKATTE-KOI

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01 de Maio de 2017

Estava tudo tão calmo, sentia minhas pernas aquecidas por conta do calor gerado através de meu corpo é mantido através de um cobertor. Estava deitado na cama, de olhos fechados imaginando uma linda garota de olhos castanhos, uma bela cintura, um corpo formoso e cabelos cacheados, que morena hein! Estava em uma praia com um pôr do sol esplendoroso, ela estava na minha frente olhou diretamente com o brilho do sol refletindo em seus olhos castanhos os deixando bem clarinhos. Me encarou com um belo sorriso por alguns momentos, veio devagarzinho em minha direção, ela não estava tão distante assim. Quando faltava poucos centímetros, ela aproximou seus lábios para perto dos meus, aproveitando o clima fechei meus olhos a espera daqueles lindos beiços, quando por um momento escutei meu nome:

-Matheus

E de novo...

-Matheeeuus

...

-MATEUS!!!!

Um leve toque em minha perna esquerda podia ser sentido rapidamente, e os neurônios estavam à tona quando simplesmente começou a me queimar, num pulo levanto da cama indignado.

-QUEM FOE?!! EINN!! ESTAVA NA MELHOR PARTE, EU IA BEIJAR A GAROTA DOS MEUS SONHOS, QUEM FOI A BÊNÇÃO DO REINO ANIMAL?!!? Exclamei segurando o travesseiro pronto para o jogar em alguém, e como se já não bastasse estava com uma expressão triste com uma palinha de indignação.

-Calma filho, sou só eu hehehehe hahahaha

-Ah, mas pera, você diz isso rindo ainda por cima? Ou melhor, porque com gelo? E na minha perna ainda por cima?

-Hehe, eu só queria te acordar, são meio-dia e já estava na hora né, e também... preciso que vá comprar algumas coisas para o almoço.

- Há sério mãe? Está bom, fazer o que né, o mercado é praticamente aqui do lado mesmo.

Depois daquilo me levanto da cama logo que ela sai do meu quarto. Agora consigo perceber com mais detalhes, mas o dia estava realmente bonito, e eu estava com fome. Sem perder muito tempo me arrumei para sair, queria voltar a jogar o mais rápido possível, até porque já fazia meio ano que não estudava mais em escola pública e estava seguindo o rumo de estudante universitário, então claro que se deve "aproveitar o tempo o máximo que conseguir antes que períodos infernais comecem", ainda me lembro do meu irmão dizendo isso antes dele se casar e ir morar fora.

Desci as escadas e com uma simples fungada meu rosto ficou parecendo o de uma criança imaginando um baita pedaço de bolo de chocolate, minha mãe estava cozinhando então era de se esperar que tenhamos cheiros incapazes de serem reproduzidos por seres intitulados de "jovens universitários". Continuei em seguida para a porta, saí para o quintal e dei um leve "oi" para meu doguinho fofo chamado Raxus. Com o objetivo em mente vou até o fim da calçada e me preparo pra atravessar, quando disse que o mercado era praticamente do outro lado é por que literalmente era, só bastava atravessar a rua de frente a minha casa e páh, estou no mercado.

Terminei de atravessar a rua, entrei no mercado e não parar de me perguntar o que eu iria comprar, "o que era mesmo? Alho? Cebola? Ou será que era pimentão? Eu sei que era quase isso, mas não lembro qual!" Pensei eu "não acredito que esqueci, tsc, bom vou voltar lá rapidinho e confirmar o que era".

Refaço o caminho todo da maneira inversa mas um inconveniente acontece, enquanto eu estava prestes a sair do mercado um cara começa a gritar do nada, pensei que era apenas algo normal do dia a dia de uma pessoa louca, mas os gritos pioraram e ficaram mais altos até que depois de um tempo pararam. Há curiosidade, maldita curiosidade humana, se não fossemos tão curiosos talvez não sofreríamos tanto. Com um toque de curiosidade desisto de voltar para casa e vou ver o que aconteceu com esse cara.

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