O dia em que eu não me tornei noiva

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01 de Maio de 2017

Finalmente, era o grande dia. Meu namorado estava me esperando do lado de fora da minha casa, enquanto isso terminava de dar uns retoques na maquiagem. Um batom aqui, outra base ali. Haaaa nem acredito que estamos completando 3 anos de namoro juntos, parece até um sonho...

-VAAMOOSS QUEERIIDAAA!! Gritou ele lá da rua

-JÁ VOOOOOOUU !! Gritei da janela do meu quarto

Não sei o porquê exatamente, mas me sentia muito animada e ao mesmo tempo insegura. Algo ia acontecer hoje, mas eu não conseguir imaginar o que. Talvez seja o tal sexto sentido. Eu estava escolhendo o que iria vestir ainda, estava em dúvida se ia colocar um vestido ou um conjunto de blusa e saia.

Alguns minutos se passaram e já havia decidido como eu iria. Escolhi uma camiseta cinza claro com o "A" de Vingadores em inglês estampado em uma cor vermelha com alguns detalhes de rustico, como se tivesse sido gasto dos lados na frente. Eu havia ganhado dele no penúltimo encontro. Juntando com uma saia sanfonada azul escuro que ia até o joelho. Convenhamos que sim, eu estava GATÍSSIMA! -Não preciso nem comentar da minha autoestima, né? - Enquanto pegava as últimas coisas para colocar dentro da minha bolça, lembrei que não dá para ir passear num encontro descalça, fui atrás da minha melhor sapatilha, lembro do dia em que minha mãe me deu ela. Ela disse que havia ganhado um da mesma marca do meu pai no dia em que ele pediu ela em casamento. Alias era um parecido com o de ho- hoje? .... Enquanto estava acertando o tamanho da fivela da sapatilha no meu pé, alguns pedaços perdidos de algumas memorias de encontros e momentos que tivemos em convívio se ligam e meus neurônios finalmente chegaram a uma teoria

-HAAAAANN, NÃO CREIO?!!? Será? Não, não pode ser!! Será que hoje eu me torno noiva?-  Pensei em voz alta e com um grande sorriso no rosto pego minha bolça e saio do quarto - Mas, como minha mãe já sabia? Será que ela me deu essa dica de proposito? Afinal, peguei meu pai conversando com ele a uns meses atras falando sobre estádio e pedidos de casamento. Esta certo que é muito obvio, mas mesmo assim. Será?

Desci as escadas com o sorriso ainda estampado na minha cara, cada degrau me fez pensar em como seria o pedido, pois iriamos ver um jogo de futebol e depois iriamos almoçar no Outback. Meus neurônios estavam simplesmente inquietos, meus músculos faciais estavam sendo esticados pelas bochechas afim de manter um sorriso de pura alegria. Estava com ele a 3 anos, queria muito que isso acontecesse. Não conseguia me conter, quase que deixei lagrimas de alegria escorreram por minhas bochechas. Sem me tocar já estava na porta, olhei para os lados como se esperasse que alguém estivesse comigo, mas minha mãe ainda não tinha voltado de viagem, ou seja, estava só eu e minha consciência. Mais uma vez encarei a porta, respirei fundo e lentamente movi minha mão até a maçaneta, ao gira-la um som peculiar se faz, "Creck", era a trava da porta sendo aberta, como se esse som já não fosse o bastante, ao puxar a porta lentamente ela faz um belo de um ruído como se fosse antiga, olhei para trás para conferir se não estava esquecendo nada e me distrai por alguns segundos com barulhos do cachorro do vizinho da rua de trás -é sério ele faz muito barulho- antes de continuar, comecei a olhar para a escada em que havia descido, a olhei bem, senti um pouco de nostalgia mas me voltei para o agora já que, de onde eu estava dava para ver o quadro meu e da minha mãe que estava bem na viradinha dela e sem nenhuma interrupção de algum objeto, ergui meus ombros como quem diz "espero que ela esteja bem", e me voltei em direção a porta.

-Hoooeeeii, eai querida tudo bem?

-HAAHAGGTASHDIDI!! PRA QUE ISSO MIO DIOS?

-Ha desculpe, achei que você já tinha me visto, não achei que ia se assustar tanto assim rsrsrskk...

-Há não achou é?!? Brigava eu com sua atitude tentando esconder meu rosto envergonhada com que meu cérebro descobriu.

-É que você estava demorando demais então vim ver como as coisas estavam.

Z Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora