Capítulo 23.

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POV's Dylan

Malia chegou mais perto e mais perto. Eu não conseguia me mexer, eu devia fazer alguma coisa. Seus lábios tocaram os meus. Ela tinha lábios quentes e macios. Eu não deveria.

- Não. - Parei o beijo. - Desculpa. Eu amo a Samantha e...

- Eu entendo. Achei que pudesse te ajudar... - Malia olhou nos meus olhos e me deixou confuso.

- Ajudar? Em que?

- Você sabe... Você já está sem a Samantha há um tempo, está sedento do toque humano.

- Não importa. Eu só quero a Samantha e nenhuma outra pessoa importa para mim.

- Sem querer ser insensível, mas eu acho que você nunca a terá de volta. A mãe dela vai matar ela e tudo o que você terá feito será em vão. Me desculpa Dylan, mas é a verdade. - As minhas bochechas queimavam de raiva com as palavras da Malia.

- Como você pode dizer isso? - Falei em tom mais alto me levantando da cama.

- O que foi Dylan? Vai me bater também?

- Jamais. Eu só achei que podia contar com você. - Dei as costas para a Malia e fui embora da casa dela.

POV's Samantha

Abri meus olhos devagar e estava tudo embaçado. A minha cabeça estava explodindo. Eu estava no chão e conseguia ouvir choros baixos. Com a visão voltando, olhei ao redor e tinha 5 garotas, todas elas estavam nuas, amarradas pelas mãos em uma corrente que era pendurada no alto. Eu queria levantar e sair correndo dali.

- Acordou, filhinha? - Ouvi a voz de Kate. - Amarra ela na cadeira. - Ela falou com um de seus capangas. O homem me catou pelo braço, amarrou as minhas mãos e pés na cadeira, me colocando de frente para as garotas.

- Porque você está fazendo isso com essas garotas? Por favor, deixa elas irem. - Eu olhei para a Kate, que riu quando eu me pronunciei.

- Ah, querida Samantha. Você não sabe a felicidade que me trás ver o sofrimento dessas garotas. Tem umas que tem sorte, sabe? Algumas se tornam garotas de programa em vários países, são vendidas para cafetões, empresários muito ricos, outras nem tanto... eu mato para vender seus órgãos. Ah, e tem umas, essa é a parte mais legal... eu mato apenas por diversão mesmo. - Ela dizia com tanta calma, e eu apenas chorava.

- O meu pai... Eu quero saber sobre ele. - Esse era o momento de saber sobre o pai que eu nunca conheci e que Kate nunca falava; senti a raiva no olhar dela quando a questionei.

- Pensando bem você tem o direito de saber... Seu pai era um cretino. Eu tinha 15 anos, e ele 23. Eu estava no ensino médio e ele fazia faculdade. O prédio da faculdade era na frente da minha escola. Todo dia no final da aula, eu via ele. Cabelos ruivos, olhos verdes, infelizmente a sua cara. Sempre rodeado de garotas. Eu, uma adolescente boba comecei a me apaixonar por um cara que nem sequer sabia da minha existência. Foi aí que então, uma amiga que conhecia uma amiga do seu pai convidou ela para uma festa que teria na casa dele, e ela me chamou. Eu não pensei duas vezes. No dia da festa, eu vesti a melhor roupa que eu tinha, e me arrumei de forma que seu pai pudesse se apaixonar por mim. Chegando na festa, a minha amiga já foi atrás do namoradinho que ela tinha, me deixando sozinha. Cheio de pessoas mais velhas, eu fiquei apenas parada em um canto observando. Foi então, que seu pai veio até mim com dois copos de bebidas na mão, meu coração gelou e eu engoli seco.

Flashback on

- Ei gatinha! Curtindo muito a festa?

- Ah, tá legal.

- Toma, pega aí. - Ele me deu um copo com bebida.

- Obrigada. - Sorri e ele sorriu de volta.

- Você é muito linda. A gente podia trocar uns beijinhos. - Ele continuava sorrindo, e eu toda feliz, é claro que aceitei.

- Pode ser. - Quis parecer descolada.

- Vamos lá em cima. - Ele me puxou pela mão e me levou até seu quarto. Chegando lá, ele fechou a porta e eu sentei em sua cama. Eu realmente só queria uns beijos, mas eu não imaginava que na verdade não seria só isso. Ele se sentou na minha frente e passou uma mecha do meu cabelo para trás. Eu sorri para ele e ele sorriu de volta. Seus lábios tocaram os meus. No começo, o beijo era muito bom, mas foi ficando feroz e ele desceu a sua mão para a minha saia e ficou tentando tirar. Eu parei o beijo.

- Por favor, não. - Eu empurrei ele.

- Vai ser gostoso gatinha, vamos. - Ele tentou voltar a me beijar, mas eu empurrei ele. Ele colocou as mãos nos meus seios e os apertou, no mesmo instante eu dei um soco em sua cara. Ele me encarou e eu vi a fúria em seu olhar.

- Vagabunda! - Ele me deu um tapa no rosto que ardeu tanto. Com umas das mãos ele levantou a minha saia e abaixou a minha calcinha, e com a outra ele segurava as minhas duas mãos. Ele abaixou a sua calça e enquanto eu chorava horrores e pedia ajuda, ele me penetrou. Sem dó. Era a minha primeira vez, e doía tanto. Foi a pior dor que eu senti na minha vida. Eu tentava sair, mas ele era muito mais forte do que eu. Eu gritava pedindo ajuda, mesmo sabendo que ninguém iria me ouvir.

- Cala a boca, cadela! - Ele me dava socos e tapas, e eu sentia o sangue escorrer junto com as lágrimas. Depois de um tempo que ele estava no ato, eu não conseguia resistir mais. Eu só fiquei parada lá, aceitando o prazer que ele estava sentindo ao fazer aquilo.

Depois de tudo aquilo ter acontecido, eu fui embora com sangue escorrendo pelas minhas pernas. Cheguei em casa, e como os meus pais estavam dormindo, fui para o meu quarto e me tranquei lá. Eu não contei para ninguém. Dois meses depois, veio a pior notícia da minha vida. Você. Eu estava grávida. Grávida de um monstro. Eu não sabia o que fazer, não sabia para quem contar. Então, eu tive a brilhante ideia de contar para ele. Que ideia! Fui até a casa do seu pai, toquei a campainha e um amigo dele abriu, me deu passagem para entrar e eu entrei. Na sala, tinha mais 3 amigos e seu pai. Eles estavam fumando maconha e jogando algum jogo idiota no vídeo game. Eles nem perceberam a minha presença.

- Victor. - Eu chamei seu pai. À propósito, esse era o nome dele. Ele olhou assustado em minha direção. Eu pude notar que ele se lembrou de tudo o que ele tinha feito comigo.

- Calma aí, galera. - Ele se levantou e veio até mim. Saiu me puxando pelo braço até a cozinha. - Você tá louca? O que você tá fazendo aqui?

- Eu preciso te falar uma coisa.

- O que você quer, garota? - Ele soltou a fumaça do cigarro que ele fumava e eu abanei a mesma com a mão.

- Estou grávida. - Eu disse e ele riu.

- Tá. E o que eu tenho a ver com isso?

- Se você não se lembra, você me estuprou. - Ele arregalou os olhos e me encarou.

- Eu não fiz nada disso. - Mentiu. - Você queria abrir suas pernas para mim e eu não quis transar com você. E agora vem inventar que está grávida. Quero que você e essa porra de bebê se fodam. - Meus olhos encheram de lágrimas. - Agora vai embora da minha casa e fique bem longe de mim, sua doente! - Ele voltou para a sala e eu saí correndo e chorando.

Naquela dia, eu passei ainda mais a te odiar. Eu tentei até te matar, mas você era forte. E ainda sim, jurei para mim mesma que iria me vingar do Victor.

Flashback off

Continua...
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ooooi!
sim, eu sei que eu sumi, mas estou de volta com um capítulo bem grandinho para vocês :)
se é que alguém ainda esperar essa fanfic ser atualizada, espero que sim né
mas já está acabando.
até o próximo capítulo (não vai demorar)
até logo <3

Psycho Love || Dylan O'BrienOnde histórias criam vida. Descubra agora