9.2

301 52 98
                                        

Capítulo bônus ~yaaay~ Dedico para a Mickeysz <3

Agora sim a coisa vai ficar interessante!

Boa leitura!

---

— Oi, Cecília, o que está fazendo aqui? — Rebeca perguntou ao abraçá-la.

— Resolvi trazer uma blusa que sua mãe esqueceu lá na loja esses dias. — Sorriu. — E trouxe isso. — Olhou para a caixa em suas mãos.

— Hmm... O que é isso?

Cecília ajeitou a caixa em sua mão e a abriu, mostrando o interior. Eram rosquinhas cobertas com açúcar.

— Sua mãe me levou uns doces, então quis trazer para ela também.

— Ah! Que legal. Está esperando a muito tempo? — perguntou indo até a porta para destrancá-la.

— Não, cheguei quase agora. — Olhou para o garoto. — Olá, Aloys.

— Olá, senhora. Quer ajuda? — Andou até ela.

Ela sorriu, estendeu a caixa para ele, que a pegou, e no mesmo instante Cecília piscou uma vez, ficando parada.

— Vem, Cecília. — Rebeca chamou ao abrir a porta. — Cecília? — Se aproximou. — Oi?

— Ah! — Cecília se assustou ao sentir Rebeca tocar-lhe o braço e a olhou.

— O que foi?

— Nada, nada. — Sorriu, parecendo sem graça.

— Entra... — Rebeca trocou olhares confusos com Aloys antes de entrar.

Entraram na casa e Aloys deixou a caixa em cima da ilha da cozinha. Cecília se sentou no sofá, parecendo cansada, de repente.

— Você está bem? — Rebeca sentou ao lado dela, a observando.

— Sim, sim. Não se preocupe.

— Quer alguma coisa? Um copo d'água?

— Aceito, por favor.

Rebeca foi encher o copo e Aloys ficou ao lado dela.

— Você viu o que aconteceu? — Rebeca sussurrou.

— Ela ficou assim depois que eu peguei a caixa...

— Mas qual o sentido disso? — perguntou baixo e voltou para o sofá. — Aqui.

— Obrigada. — Pegou o copo e deu um gole grande.

— Você está bem? A pressão caiu?

— Estou bem. Não, não foi a pressão... — Pareceu sem graça. Olhou para Aloys, e de volta para Rebeca. Abriu a boca para falar, mas nada saiu. Balançou a cabeça, negando.

— Fala, Cecília! O que foi? Você não gosta daqui? Podemos ir lá para fora...

— Não, imagina Beca, até parece.

— Então me conta. Vou ficar mais preocupada desse jeito.

Suspirou, olhando o copo em sua mão. — Às vezes, quando toco alguém, eu vejo as ligações que ela possui com as pessoas. Mas elas vêm com mais força quando as ligações são comigo.

— E como você consegue ver?

— Simplesmente vejo. Passa como se fosse um filme em minha cabeça. Eu sou assim desde que me lembro. Mas eu não vejo só isso, acabo vendo relances da vida da pessoa... Bom, chamam isso de mediunidade.

Através do TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora