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FINALMENTE AÇÃO NESSE TROÇO! Ouvi um amém?

Boa leitura!

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Rebeca e Aloys andaram em silêncio pelas ruas pouco iluminadas. Havia somente o som das cigarras e seus passos no asfalto. As casas que haviam no caminho estavam iluminadas, mas não havia uma alma viva na rua. Aquela cidade a noite era bem sinistra.

Os dois estavam com medo, apreensivos, mas não falavam nada. Havia apenas aquela pequena áurea de tensão sobre eles.

Assim que viraram na rua do museu, viram uma figura sentada na calçada na frente do lugar, e praticamente correram até lá. Maria estava com uma blusa moletom e com a touca sobre a cabeça, apesar de não estar frio o bastante para se usar uma roupa daquela.

— Vocês vieram. — Ela falou parecendo surpresa, levantando.

— Me admira que você tenha vindo. — Rebeca riu. — Essa ideia é loucura.

Ela deu de ombros. — Me parece uma boa maneira de se divertir em uma sexta à noite... — Olhou para a mochila que estava nas costas de Rebeca. — Por que você está de mochila...? Vocês não pretendem levar o livro, né? Isso não estava planejado — falou assustada.

— Não. — Rebeca respondeu. — Eu trouxe por causa da minha câmera. — Tirou uma alça do ombro, abriu a mochila e pegou a câmera, colocando a mochila de volta depois. A ligou e colocou no modo de gravação, a virando para gravar seu rosto.

— Eu sou Rebeca, esse é o Aloys. — Virou para ele. — E essa é a Maria. — Virou para ela, e voltou a virar para si. — Hoje nós vamos fazer algo que talvez nos arrependamos mais tarde, mas vamos fazer mesmo assim... E vamos torcer para que tudo dê certo. — Desligou.

— Você está me deixando com medo. — Maria falou a olhando. — Isso começou a ficar com cara de filme de terror.

Rebeca deu de ombros, pendurando a câmera no pescoço. — Vamos logo.

Os três passaram pela grade baixa que cercava o museu. Maria os guiou. Deram a volta, e Maria tirou uma argola lotada de chaves no bolso do moletom. Pararam na frente de uma porta dos fundos.

— Ainda bem que minha tia é meio desligada. Eu poderia ficar com isso o final de semana todo que ela não ia perceber.

— Ela tem as chaves de todas as portas desse lugar? — Rebeca perguntou.

— Sim. Mas não que ela precise, só deixam com ela porque ela é a funcionária do administrativo que mora mais perto. — Maria achou a chave e abriu a porta. Colocou a cabeça para dentro primeiro, e depois entrou.

Os dois a seguiram, e Maria voltou a fechar a porta. Tinha algumas luzes de emergência espalhadas pelo corredor extenso, que por sinal, era muito bizarro.

Maria foi na frente. Entraram na terceira porta do corredor, que estava destrancada, e eles saíram no saguão onde estavam as peças expostas, tendo as maiores iluminadas por pequenos holofotes no chão. Aatravessaram e foram para a ala onde estava o livro.

— Como não tem nenhum segurança aqui? — Rebeca perguntou.

— Mas para que precisaria de um? — Maria devolveu a pergunta. — Tipo, quem iria invadir ou roubar alguma coisa daqui?

— Talvez alguns loucos igual nós.

Entraram na ala do livro. Todas as vitrines estavam iluminadas. Chegaram perto da vitrine do meio. O livro estava ali, iluminado, e atrás dele estava um breu.

Se Rebeca tivesse uma boa imaginação, conseguiria imaginar algum espírito ali atrás.

Ela tirou esse pensamento da cabeça e olhou apenas para o livro. Não queria começar a ver coisas ou sairia correndo dali.

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