VI - Seção especial

358 58 18
                                    

Oi, pessoinhas! Boa leitura!

---

---

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Em todas as tardes, Rebeca e Aloys ficavam juntos, ora na casa dela, ora no lago atrás da floresta. E a cada dia, Rebeca sentia que conhecia Aloys melhor. Já não lembrava como seus dias eram antes dele chegar. Era como se ele estivesse lá desde sempre.

E até aconteceu algo diferente. Maria começou a puxar assunto com Rebeca. Graças a Aloys, ela ficou rindo bastante pelo acontecimento do centro.

Na sexta, Rebeca acordou agitada. Ela sabia muito bem qual seria a programação da tarde, e sentia o nervosismo até nos últimos fios de cabelo.

Acordara mais cedo do que o costume. Uma hora e meia antes do celular despertar.

Já pulou da cama, foi ao banheiro e se trocou, pensando se deveria ir para a escola ou não. Mas se não fosse, o tempo só iria se arrastar mais ainda. Pegou o café da manhã, o colocando na tigela de sempre e foi para o celeiro. Mesmo no escuro, sabia o caminho exato. Saberia até de olhos fechados.

Enquanto entrava, Aloys não apareceu no mezanino para a olhar. Ele devia estar dormindo ainda.

Já acostumada, Rebeca subiu a escada e chegou lá em cima. Deixou a tigela no chão próximo a "cama" de Aloys e ascendeu a lamparina elétrica. Ele estava dormindo de barriga para baixo, com um braço pendurado para fora da cama.

Era engraçado de se ver.

Rebeca havia dado mais edredons para ele colocar por cima do feno, afim de tentar deixar a cama mais macia. Parecia estar, pelo menos.

Sentou-se no chão, encostando as costas no feno e deitando a cabeça próximo ao braço de Aloys, olhando para o teto. Parecia que o céu estava preguiçoso, pois demorou anos até o azul escuro ir se transformando em tons mais claros. E Aloys não acordava nunca.

Com um sentimento de euforia crescendo, Rebeca começou a bater o calcanhar de leve no chão, com uma certa frequência. Claro que aquilo era uma técnica milenar de acordar alguém de uma forma leve, mas ela queria mesmo era chacoalhar Aloys.

Ele não acordaria com um barulhinho besta desses, já que tinha sono de pedra. Ou melhor, de mármore. Então Rebeca começou bater a cabeça no feno, o fazendo tremer. Logo sentiu ele se mexendo.

— O que você está fazendo aí? — Aloys perguntou com a voz rouca.

— Esperando você acordar.

— Que estranho você acordar tão cedo assim. — Esfregou os olhos, bocejando.

— Eu caí da cama.

— Sério? Você está bem? — Sentou-se.

— ... — Revirou os olhos. — É uma expressão. Quero dizer que acordei cedo, sem motivo.

Através do TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora