Capítulo 09 - "Doce" Lar

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No instante que Pedro estacionava seu carro, Jorge acordou e ficou admirado com a belezura de casa que Pedro mora.

_Você mora aqui? - questionou Jorge.

_Sim, herança de família! - disse Pedro

_E que herança, maravilha de herança... - falou Jorge assobiando cada palavra solta pela boca.

_Minha vó e meu pai foram bastante generosos comigo. - completou olhando para o céu. Agradecendo pela morada dada a ele.

Eles saíram do carro e entrou os dois pelo portãozinho. Não era preciso Pedro guardar seu carro na garagem, pois o bairro não consiste perigo para os moradores.

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_Você estás com fome? - indagou Pedro apreensivo por ter esquecido de oferecer algo para Jorge comer.

_Olha... Eu não vou mentir, estou com fome sim! - confessou Jorge com um pouco de vergonha pelo o esforço que fazera o amigo ter.

_Então irei preparar algo para comermos. - falou Pedro saindo da sala de estar e indo em direção a cozinha.

Pedro nunca foi acostumado a preparar algo. Sempre foi de almoçar em restaurantes fora da cidade em companhia de sua esposa, a única comida que o mesmo sabe fazer é macarrão instantâneo, com ovos.

_Quer que eu te ajude? - perguntou Jorge não querendo ficar sentado naquele sofá chique e vendo filme de terror naquela televisão "ostentação".

Pedro virou para trás e disse:

_Não me diga que você está com medo do filme! - exclamou Pedro risonho. O mesmo estava tão entretido em saber a resposta, que não percebeu a felicidade que Jorge traz para seu coração. Mas será que tempos depois ele vai perceber isso tudo entre os dois e vai acabar com esse plano fútil? Será?

_Talvez... Porque, você está achando graça nisso? - jorge perguntou com desdém, apenas indo ou tentando achar o caminho para a cozinha.

_É segundo corredor, porta vermelha! - disse Pedro.

_Quem colocaria uma porta vermelha na cozinha! - exclamou com ironia.

_Minha falecida mãe... - disse Pedro abaixando a cabeça.

_Mil desculpas, eu não sabia! - disse Jorge abraçando fortemente Pedro.

_É mentira!! Minha mãe está viva, aliás, viva até demais. - Pedro desmentiu a mentira que fez.

_Então quer dizer que sua mãe curti a vida? - indagou Jorge a Pedro.

_Sim, ela é da geração "patroas". - disse por fim Pedro indo para cozinha.

_ME ESPERA! Eu tenho medo de me perder nessa casa! - gritou Jorge medroso por imaginar a chegada do "Grito".

_Medroso. - Pedro disse antes de sumir no corredor.

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_Tenho a obrigação de confessar, que esse macarrão está delicioso. - exclamou Jorge se deliciando mais um pouco com aquele maravilhoso macarrão instantâneo.

_Sabia que iria gostar, fiz com muito amor... - falou Pedro pegando na mão de Jorge e acariciando.

Jorge aceita o carinho por alguns instantes, mas logo após tira a mão e sorri como se nada tivesse acontecido entre os dois naquele momento. Como se não tivesse rolado um clima entre os dois, nesse mesmo instante.

_Tenho que lhe confessar... Sinto algo muito forte por você! - confessou Pedro cheio de nervosismo, trimilique e até outras coisas a mais. Lembram das borboletas no estômago, então, Jorge as sentiram agora.
Ele sabe o que é gostar, o que é se arriscar por algo que quer. Antes Jorge tinha medo do estranho, medo do novo!

Pedro só começou a se aproximar de Jorge para ter uma boa transa inesquecível, já que todas as mulheres da cidadezinha já foram "comidas" por ele. Só que agora não existe mais esse interesse dele; ele realmente começou a gostar de Jorge, inexplicáveis coisas acontecem mundialmente. Isso é o amor agindo em prol do bem estar de todos.

"Amor muitas das vezes perigoso, dilacera o coraçãozinho de um pobre coitado." Mas é claro que existem aqueles que escolhem a mesma tecla, até achar o verdadeiro Amor. Esse sim, vale a tentativa de ser feliz com alguém que lhe faz bem.

Pedro estava começando a se tornar um apaixonado, uma paixão como aquela que cresce e não para mais.

_Acho que sinto o mesmo também, mas não sei nada sobre isso! - disse Jorge desviando do olhar que Pedro lhe dava.

_Me deixe te mostrar isso tudo, não consigo ficar longe de você... - Pedro abriu seu coração, falou o que sentia. Ele quer mais que tudo poder amar Jorge.
Jorge está disposto tentar, o mesmo já não aguentava mais tanta desilusão na vida.

_Sim, eu quero! - disse por fim Jorge, tocado pelas palavras de Pedro poisé a chorar lágrimas de alegria.

_Podemos tentar um beijo? - exclamou Pedro, cerrando o olhar entre os olhos de Jorge e a boca.

_Acho que sim... - Jorge se aproximou lentamente, pouco a pouco os dois iam sentindo o hálito um do outro.
Até que o beijo aconteceu, por ambas partes foi uma explosão de sentimentos acumulado.

O tempo e espaço parou para ver o tão esperado beijo, o qual tanto conspiravam para um final feliz.

Até que Jorge cessou o beijo para dizer:

_Acho que não é o certo a se fazer. - falou Jorge quebrado por dentro por apenas pronunciar tais palavras.

_Porque? Eu te quero e você me quer, só Deus pode nós impedir! - completou Pedro assustado com aquilo, colocou as duas mãos no rosto de Jorge e começou acariciar.

_Se você soubesse o tanto que eu te quero perto de mim... Perto do meu coração! - disse outra vez Pedro acariciando os cabelos de Jorge.

_Eu sei, depois desse beijo tive a certeza que te quero. - desabafou Jorge.

_Então namora comigo! - ofereceu Pedro para Jorge.

_Você sabe que eu não sei nada sobre isso! Eu não entendo... - falou Jorge abaixando a cabeça e bloqueando as carícias de Pedro.

_Eu vou te ensinar tudo... Eu quero ser teu homem, quero cuidar de você por que é isso o que meu coração manda fazer! - suplicou Pedro. Pedro Querendo Jorge, Jorge querendo Pedro.

_Me prova que é isso que você quer, me diga seus segredos e te contarei os meus que são poucos... - Jorge o fez uma proposta, só faltava aceitar. A escolha estava com Pedro, que não mediu esforços e logo aceitou de bom grado.

_Primeiramente, eu sou dono da loja que você trabalha. - contou Pedro o primeiro segredo.

_Porque fazer isso? - Jorge não iria jugar, pois o mesmo também tinha segredos a revelar.

_Segundo segredo: eu só queria te usar e jogar fora, como se fosse um objeto! - revelou Pedro.
Nesse momento Jorge apenas ouvia calado, até sentou-se para não haver imprevistos de queda.

_Meu primeiro segredo é: sinto um sentimento pequeno por Daiane, mas esta morrendo e quero que você preencha esse vazio quando tudo feito estiver... - revelou Jorge estilhaçado por dizer aquilo.

_Vamos recomeçar, todos somos dignos de uma segunda chance! - completou Pedro beijando Jorge.

O beijo foi cessado novamente por um abraço singelo. O que continha nesse abraço tinha sentimentos verdadeiros.

_Já posso dizer que te amo? - indagou Pedro.

_Vamos com calma, não quero que nada se estrague! - contou Jorge.

_Tudo bem, como quiser... - aceitou Pedro.

_Me conte sobre você. - pediu Jorge.

Jongens (Romance Gay) (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora