Capítulo 11 - Aluguel

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Casa de aluguel, as vezes pode ser uma boa escolha para quem está sozinho e jovem. Mas e para Jorge, será que é uma boa escolha?

A loja fechou cedo, Jorge e Pedro foram na agência imobiliária da cidade vizinha, para ver se tinha uma casa disponível para alugarem. Sorte a deles que tinha, não muito longe da loja, mas o preço não era possível de ser pago pelo Jorge. Por isso Pedro se responsabilizou a ajudar, foi uma promessa da parte de Pedro, enquanto eles estivessem juntos alí seria o ninho de amor dos dois. Aonde ninguém poderia interferir.

_Acho maravilhoso da sua parte, você estar fazendo isso por nós dois. - Jorge desabafou acariciando o pescoço de Pedro enquanto o mesmo dirigia para casa.

_Essa é minha prova de amor, e terás muitas ainda! - confessou Pedro desviando a atenção do volante para depositar uma beijoca em Jorge.

_Amor, toma cuidado com a estrada! - alertou Jorge.

_Amor?? Foi isso mesmo que escutei?! - indagou Pedro aos risos de felicidade.

_Acho que estou me acostumando a tudo isso, sinto que estou me aceitando aos poucos... - disse Jorge abrindo um sorriso de lado convidativo.

_Eu te amo... - falou Pedro parando o carro no estacionamento do restaurante que dava o caminho para casa.

_Você não acha que está muito cedo? Mas sinto que também te amo... - revelou Jorge beijando Pedro sem pausa para respirar.

Os dois decidiram que estava mais do que na hora de entrarem para comerem algo, já que a tempos não ingeriram nada.

_No que posso ajudá-los? - questionou o garçom fazendo seu trabalho.

_Vamos querer a mesa que fica lá fora! - pediu Pedro.

_Sim senhor Pedro, já estávamos a sua espera. - revelou o garçom, que fez as reservas

_Nem fiquei com inveja agora! - completou Jorge dando de irônico.

_Porque? - perguntou Pedro fingindo interesse.

_Você és muito respeitado aqui nessa cidade, eu não sou nada comparado a você! - falou a verdade Jorge.

_O que é meu é seu, não quero que pense assim. - revelou Pedro acompanhando o garçom.

Os dois se sentaram na mesa que Pedro tinha reservado.

_Eu não consigo entender nada dessas comidas. - confessou Jorge fechando o cardápio e pousando-o na mesa.

_Deixa que eu te ajudo! - disse Pedro.

_As comidas daqui só tem nome chique, mas não é nada do que aparenta ser... - Pedro explicou sobre o restaurante que estavam.

_Então vou pedir um macarrão chinês, que nem sem o nome e a origem! - pediu Jorge para o garçom.

_Irei querer dois pedaços de carne. - pediu Pedro ao garçom.

O garçom se retirou do local e voltou para providenciar os pedidos.

_Não vai querer beber nada? - questionou Jorge a Pedro.

_Acho que não precisamos de outro coma alcoólico. - sugeriu Pedro.

_Claro... - disse Jorge envergonhado por pensar que Pedro iria beber.

Mas mesmo assim Jorge achou uma atitude singela, contudo Pedro sempre não largou mão de uma bebida. Mas por Jorge o esforço era recompensado, sempre ao ver a felicidade estampada nos olhos do mesmo.

O prato dos dois chegaram e eles comeram em silêncio, nada precisava ser dito. O momento era eternizado aos poucos, o amor pairava aos poucos entre os dois.

Mas era preciso demostrar o meu amor por ele! Pensava Pedro, bolando um plano de expor o amor deles para o mundo.

_Pedro porque tanto silêncio? - questionou Jorge.

_Só estou pensando seriamente em uma surpresa... - não conseguindo guardar segredo revelou Pedro.

_Surpresa essa que eu poderia  saber? - perguntou Jorge não esconde sua curiosidade.

_Me desculpe, mas não será possível você saber! - falou por fim Pedro cortando qualquer tipo de conversa que poderia surgir entre os dois.

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Algumas semanas depois...




Não dá para ver e sentir o quão passa rápida, ela vem e leva o que mais é preciso... Tempo.

A vida pode ser traiçoeira, contudo viva intensamente, sinto o que nunca sentiu! Diga o que nunca disse, as vezes pode ser tarde para dizer...

Apenas viva.

O jantar estava sendo preparado na casa de Pedro, especialmente para família de ambos. Só que a mãe de Jorge não pode vir, pelas palavras dela, a mesma está começando a vida agora e não teria como ir num jantar.

Jorge até que ficou surpreso com a reação da mãe, já que se mostrava tão durona com o assunto de Jorge arrumar alguém. A verdade é e sempre será, Kátia ter medo do filho se machucar ou se arrepender.
A sociedade é hipócrita, ela não ajuda em nada, apenas palavras não basta. É preciso de ações para demostrar o que é o realismo do amor. Dos apaixonados!

_E se eles não gostarem de mim? - perguntou Jorge sentando no banco do carro.

_Mas é claro que irão gostar, você é especial para mim! - Pedro disse beijando Jorge.

Jorge sente que algo pode dar errado nessa história toda, ele lembra de como era antes de cortar e por hora não quer isso de novo. É como se a dor interna para quando uma dor externa ressurge.

_Vai dar certo... - Jorge murmurou com certa urgência com o intuito de acalmar o coração fraco.

Nunca se sabe o mau que espreita as avenidas do coração do ser humano, nunca se sabe a hora de parar. Não se pode saber quando o clamor será ouvido, mas pelo menos é uma forma de acalmar o coração.

Eles juntos são um só, o amor muda ambos.

Chegando na entrada do portão Jorge disse que se fosse possível gostaria de saber quando será a primeira vez que Pedro irá conhecer Kátia mãe de Jorge.

_Meu amor temos ainda questões a resolver aqui... - disse saindo do carro e parando ao lado da porta aonde Jorge estava.

_Obrigado! - disse Jorge no instante que Pedro abrirá a porta do carro. - Mas é preciso cumprir com o trato feito por você mesmo... - Jorge e Pedro se olharam por um longo período, até que Pedro não resistiu às tentativas de Jorge.

_Está bem, não consigo resistir a esse olhar. - Pedro confirmou a participação na casa da mãe de Jorge.

_Isto até que está sendo uma troca justa, já que estou aqui na sua casa!

Os dois adentraram naquela casa cheia de grandeza, com muitos convidados.

Mas porque aquilo tudo era preciso?

Num era só uma informação do namoro dos dois, e para que aquilo tudo!

Alguma armação pairava no ar, algo que envolve os dois. Todavia o que está por vir?


_Que bom que vocês chegaram! - disse a velha de dedos secos, apontando calmamente para ambos de mãos dadas.

_Olá vovó, não via a hora de reencontrar a senhora! - confessou Pedro, a idosa não contendo as lágrimas de crocodilo que precisaram ser derramadas.

Jongens (Romance Gay) (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora