Capítulo 22 - Casamento

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O casamento foi marcado e já estava quase chegando a data esperada. A festa seria em um sítio que Pedro alugou devidamente para a cerimônia.

Kátia mãe de Jorge foi convidada especial da parte de Jorge, que se alegrou em saber que sua mãe aceita de coração o casamento com Pedro.

O tempo estava corrido no sítio, a preparação deveras ficar sensacional, bom foi o que Pedro disse para o buffet que contratou. Jorge queria que o casamento em si fosse na mansão da família de Pedro, mas depois os dois se acertaram e acharam melhor casarem na natureza. Então acharam mais propício a natureza, que tanto lutou para a relação em si.

— Hillary, o vestido da minha mãe está pronto? – perguntou Jorge sentando de frente ao espelho e fazendo uma limpeza de pele.

— Não sei senhor, mais tarde eu passo lá e vejo se está. – conclui a moça que foi contratada para ajudar no que Jorge precisar, neste tempo do casório.

— AMOR, OLHA QUEM ESTA AQUI... – disse Pedro da cozinha de sua casa, ou seja, estão na mansão da família de Pedro.

Kátia decidiu de última hora que iria antes, só para "matar" as saudades que acumulou do filho.

— Mãe... – disse um Jorge confuso, levantando em seguida. — Pensei que só vinha no dia do casamento! – revelou o fato, que aliás, não passava de verdades. Mas contudo ela decidiu vir cedo, porque o pai de Jorge não aguentava mais a falta que sentia do mesmo.

— Eu trouxe alguém... – disse ela virando para o corredor e gesticulando pra alguém aproximar do quarto que ambos se encontravam. — Seu pai está aqui Jorge, isso é uma maravilha! – disse vendo a felicidade do filho e não aguentando ver o filho emocionado poisé a chorar.

Quando Jorge viu aquele homem que tanto lhe lembrava seus traços, ficou completamente feliz. Um êxtase de felicidade o dominará.

— Pai... – Jorge tomou a iniciativa de chegar perto. — A tanto que imagino esse momento, um reencontro. – falou Jorge por fim abraçando seu pai.

— Eu te amo filho e não tenho palavras para descrever a felicidade que estou sentindo neste momento!! – disse chorando com Jorge também. — Lembra de quando você falava com um desconhecido, então, era eu falando com você. Foi o único jeito de contatar você, filho... – terminou por abraçar o filho, que não aguentava mais de felicidade e desejava que este momento se eternizasse junto com outros momentos do casal.

— Nunca pensei que fosse meu pai. – revelou com a cabeça para o teto, pensando no que lhe incomodava. — Você vai ficar para o casamento? – questionou Jorge olhando nos olhos de seu pai.

— Me desculpem, não posso ficar, tenho assuntos para tratar da empresa que sou dono. Mas tenho uma notícia boa para contar... – disse fazendo Jorge ficar triste por dentro. — Eu e sua mãe voltamos a ser marido e esposa! – disse exasperado de alegria, por ter voltado com Kátia a mulher que mais amou e ama.

— É uma ótima notícia! – disse Jorge abraçando os dois. — Eu estou tão feliz que vocês tenham voltado! – disse Jorge abraçando mais uma vez os pais.

— Filho, aonde posso guardar minhas coisas? – perguntou Kátia.

— Aqui tem muitos quartos de hóspedes... Peça para Pedro mostrar-lhe. – disse Jorge para sua mãe que estava sentada na cama de casal.

— Já estou indo lá. – disse a mãe de Jorge desaparecendo pelo corredor da casa.

Agora que Jorge estava sozinho com seu pai, não iria se reprimir em perguntar porque tanta demora para Christian voltar.


— Pai... Porque você não voltou antes? – indagou Jorge se aproximando de seu pai. — Me deixou crescer sem a ausência de um pai. – concluiu Jorge.

— Antes eu gostava muito de apostar, digamos que eu era viciado. Eu apostava o que não tinha, um dia armaram para me pegar, mas fui mais esperto e fui embora! – disse o pai deixando umas lágrimas caírem só de lembrar do acontecido.


— Calma... Já passou, não precisa mais me contar! O que importa é que você está aqui... – falou Jorge também emocionado pelo pai.

— Eu pretendo ir amanhã. – disse Christian firme com sua decisão.

— Mas você não pode adiar esses assuntos da sua empresa? – questionou Jorge para seu pai.


— Não posso filho, é muito importante! – disse o pai saindo do quarto.


— É amanhã, senhor... – disse a ajudante de Jorge. Que se chama Stella.

Jorge nada disse, apenas ficou a questionar seus porquês de se aceitar se casar e viver uma vida com um relacionamento homoafetivo. Mas concluiu que é isso que realmente quer, na verdade é o que mais quer, viver feliz com Pedro.


— Não vejo a hora... – disse Jorge falando muitos minutos depois.



— Até eu estou emocionada! – confessou Stella alegre por ele. — Você não sabe o bem que está fazendo para ele, antes ele não tinha uma âncora para segurar-lhe em um lugar só. Ele já foi de se mudar muito antes de conhecer você! Espero que cuide bem dele e ele cuide bem de você... – disse ele abraçando Jorge e chorando o que não conseguia mais segurar.


— Pode apostar na nossa felicidade, tenho certeza que ele é o homem da minha vida. – revelou Jorge alegremente em poder contar isso ao mundo sem interferência.

Eles dois de bom grado, mandaram um convite para Grazielly que não deu resposta se iria no casamento. Mas nada dela poderia vir, Pedro sentiu que ela está tentando seguir com sua vida e fica feliz por isso. Grazielly vai ficar como uma lembrança boa, que tentou separar, mas não conseguiu. Unindo mais o casal.


— Você tem que ver a decoração do sítio, está uma maravilha!!! – disse Pedro entrando dentro do quarto com o celular na mão.

— Eu até imagino... – disse Jorge indo beijar o futuro marido.

— Deixa eu ver. – pediu Stella alegre por saber que estava terminado a decoração.

— Só não vou mostrar para Jorge, quero fazer surpresa para ele. – Pedro revelou sua intenção na frente do mesmo.


— Prefiro ver com meus próprios olhos amanhã! – deu a resposta para Pedro.


— NOSSA... – gritou Stella contente. — FICOU MUITO LUXUOSO E PERFEITO! – disse ela outra vez exasperada.

— Ela vai ter uma surpresa e tanto. – conclui Pedro pondo fim na conversa e descendo para o jantar que já seria servido.




••••••





Jorge e Pedro depois de uma bela transa estavam muitos cansados para outra vez. Então decidiram ficaram deitados, apenas se olhando com intensidade os dois.

— É isso o que nós quer... – disse Pedro depositando um beijo na testa do outro mais abaixo de seu pescoço.

— Acho que vim a vida para te amar. – pensou Jorge olhando nos olhos do moreno.


— Minha água de salsicha! – disse uma Pedro alegre apertando a bochecha de Jorge.


— Para com isso, amendoim sem casca! – rebateu a altura um outro Jorge brincalhão.

— Vamos dormir, que amanhã o dia é cheio... – disse Pedro para Jorge fazendo o mesmo encostar a cabeça de novo no peito do mais velho.












Jongens (Romance Gay) (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora