Capítulo 12 - Impondo Regras

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_Tuco?! - Selene, prima de Pedro tentou recordar se era o mesmo que estava a sua frente.

_Lene, que bom que você veio... Pensei que você não viria! - disse Pedro abraçando sua prima de cabelos longos e de uma postura sensacional.

_Mas é claro que vim, Tuco seu bobo. - Selene disse sorrindo para Pedro. Largando o mesmo logo em seguida.

_Cadê o restante da família? - indagou apreensivo por não ter os outros membros da família ao alcance de seu olhar.

_Estão todos na piscina, desculpas por não ter esperado você chegar! - revelou sua prima bela.

_Não faz mal, eu sei que aqui faz muito calor... - Pedro entendeu o motivo de todos estarem na piscina e apenas riu por dentro de toda essa situação.

Todos que estavam na sala começaram a ir em direção a piscina para se juntar aos outros.

_E o jantar? - questionou Jorge no ouvido de Pedro para que só ele podesse escutar.

_Acho que só será servido depois de todos estarem satisfeitos com essa piscina. - Pedro sorriu e deu um beijo na boca de Jorge que tentou protestar, mas foi em vão.

_Certo... - murmurou Jorge aceitando que teria que aguentar um pouco mais tudo isso.

Chegando ao lado de trás da casa, onde se encontra a piscina cheia de parentes que moram longe ou alguns que nunca vira Pedro pessoalmente.

Alguns primos chatos, que em suma companhia de loiras altas e peitudas. Só para machucar a opção sexual de Pedro e intimidar Jorge. Nem era preciso tudo aquilo para colocar incômodo em Jorge, já que o mesmo estava a tempos querendo fugir dali.

_Olá, meu nome é Jorge. - disse baixo. Tentou sorrir, mas o clima está tenso demais para tudo isso. Poucas das pessoas tem a sorte de conhecer a família de alguém ser ter aquele conhecido frio na barriga.

_Meu nome é Jadson Horan, mas pode me chamar de Jadson. - pediu o primo garanhão de Pedro.

Enquanto aquela música chata invadia os ouvidos de Jorge, o Pedro curtia tudo aquilo como um "Mohamed".
Jorge sentiu uma pequena vontade de ir embora de desistir de tudo aquilo, sentiu que não deveria estar junto com Pedro.
Sentiu maldade no olhar da família, sentiu um certo preconceito na família de Pedro. Sentiu falta de seu pai, pensou que fez o errado deixando Grazielly sem o Pedro que fora prometido para a vida da mesma.

_Vamos jantar! - disse Pedro tirando Jorge de seus pensamentos profundos em relação ao que fazer.

_Sim... - disse alto e em bom tom.

_Porque você está estranho? - indagou Pedro a Jorge.

_Ah... Estou indeciso, confuso ao certo, mas vou resistir a essas indecisões até o final! - confessou Jorge jogando tudo aquilo que acha ser o certo

A noite ia caindo cada vez mais, neblinas fazia o cenário daquela noite ficar mais assustadora. Dentro da casa de Pedro todos já estavam jantando, com exceção de Morgana.

_Morgana está no quarto até agora, ela disse que não aprova nada disso! - contou a mãe de Pedro um pouco comovida com a situação.

_Ela sempre foi rebelde... - completou Pedro abaixando a cabeça não contendo duas lágrimas que insistiram em cair. - Mas não tem problema, mesmo assim eu vou continuar amando Jorge! - Pedro desabafou tais palavras para que fosse possível de todos escutar.

_Eu ainda fico meio assim de seu pai não ter vindo, ele ainda não aceita... - disse a avó de Pedro, puramente simpatia disfarçada.

Todos naquela mesa tirando Pedro sabem que Carlos, pai de Pedro apoia mais do que todos esse relacionamento entre os dois. E por obséquio não pôde vir, pois estava para viajar para outro país a negócios.

O sereno já estava grudado no gramado do jardim, a noite só estava começando.

Um navio sem direção, a deriva, era assim que se seguiu aquele jantar.

Até que tudo acabou e veio a conversa mais importante. A aceitação da família, será que ele vai ter essa bendita aceitação? O que vai acontecer depois disso? Como vai viver os dois naquela cidadezinha do interior?

_Pedro... Podemos até tentar aceitar, mas sem demostrações de afeto perto das pessoas! - impôs Lídia mãe de Pedro.

_Me desculpe, mas não aceitarei isto, quero que todos vejam o amor que sinto pelo Jorge. - falou Pedro friamente.

_Não acredito que estão pedindo isto ao seu filho! - Jorge desacreditou em tudo o que escutou sair da boca de Lídia.

_Vocês são quadrados, tentem expandir suas mentes! - pediu Jadson.

_Não iremos fazer o que quer, se eles que são aberrações... - disse a avó de Pedro apontando o dedinho seco na direção dos dois.

O silêncio que pairou entre todos naquela sala era assustadoramente esquisito, ao longo do tempo foi capaz de ouvir um trovão a cruzar o céu com seu barulho irritante.

_Acalme-se todos!! - Pedro disse quando todas as luzes da casa se apagaram.

_Isso só pode ser arte de Morgana! - murmurou Lídia não deixando transparecer o medo que lhe cruzava os sentidos.

_AQUELA PROSTITUTA DE SATÃ! - esbravejou Luzia, vulgo vovó de Pedro.

_E-la nã-o pa-rou co-m is-so? - questionou gaguejando Pedro assustado.

_Não e pelo que ela me disse, ela vai continuar por muito tempo nessa vida... - agora foi a vez de Jadson proliferar algo, que soasse audível. Se não seus uivos de medo.

_Vou lá em cima, ela deve estar com fome... - disse Jorge preparando um prato com comida e deixando todos na mesa para ir até Morgana.

Toc-Toc... Toc-Toc...

Jorge bateu na porta pedindo para entrar.

_Quem é? - questionou Morgana.

_Sou eu, Jorge! - disse Jorge.

_Pode entrar... Você trouxe comida? - indagou Morgana.

_Trouxe, você sentiu o cheiro daí? - perguntou Jorge começando a abrir a porta.

_Sim, agora entre logo que estou "morrendo" de fome!! - falou Morgana.

Jorge entrou no quarto e não se deparou com nada estranho como imaginara. Ao contrário, tudo estava em seu perfeito lugar, nenhum resquício de objeto macabro.

_Você é mesma uma bruxa? - Jorge perguntou para Morgana.

_E EU TENHO CARA DE BRUXA?! - Morgana gritou e correu para trancar a porta. - eles não podem ouvir o que vou te falar... Eu engano eles esse tempo todo! - confessou ela mais tranquila por desabafar aquilo.

_Então quer dizer que você não é bruxa? - perguntou Jorge mais confundido que antes.

_Não, eu fiz o que fiz só para deixá-los com medo... - Morgana disse envergonhada por mentir por tanto tempo.

_E o que você me diz sobre aquela parada das luzes?! - Jorge questionou mais confuso.

_Eu desliguei a rede elétrica da casa toda... Eu sabia que iria ter chuva com tempestade! - completou ela com muita vontade de rir de um Jorge completamente confuso.

_Entendi, então você aceita meu namoro com seu irmão? - perguntou Jorge.

_Claro... A verdade toda é que eu menti para eles, falando que não aceitava isso! - esclareceu Morgana.

_Agora sim que tudo se esclareceu, você gostaria de me ajudar com uma surpresa para seu irmão? - perguntou Jorge.

Jongens (Romance Gay) (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora