CAPÍTULO 6

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E ai, meus amores?
Me desculpem a demora  e espero que estejam gostando.
Se tiver algo que eu tenha deixado passar, me avisem. ;)

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MELINDA

Era uma droga que ele era lindo.

Sério, como eu cai nisso? Na pobretona que se apaixona pelo chefe lindo e rico. Um chefe arrogante ainda por cima.

Eu achei que ele fosse humilde, achei que ele não julgasse classe social ou profissão.

Mas me enganei.

Entretanto, era melhor assim. A ficha cai de uma vez e eu paro de me iludir com um sonho impossível.

O telefone da mesa toca, me tirando do documento que eu estava finalizando.

- Escritório do senhor Heitor Albuquerque, bom dia e em que posso ajudar?

- Alô? Oi, sou eu, a irmã do Heitor, Amanda.

- Senhorita, Amanda? Pois não?

- Desculpa, é que eu não reconheci a voz, você é nova? Heitor não tinha me dito nada.

- Foi de última hora. – Sorri com o tom dela ao telefone. Mais educada do que o irmão.

- Bem, então, o Heitor me disse que eu poderia pegar sua secretária emprestada para me ajudar com alguns detalhes da minha festa de noivado este final de semana. Eu sei que é em cima da hora para você, mas eu estou desesperada já.

Em cima da hora? Hoje era quinta-feira!

Respirei fundo e tentei controlar a vontade de perguntar se ela era louca. Eu trabalhava lá e não podia simplesmente tentar por um bom senso na filha do patrão.

- Claro, no que posso ajudar?

Ouço um suspiro feliz do outro lado do telefone e podia apostar que ela estava sorrindo.

- Ótimo! Eu vou mandar um e-mail para o seu computador com alguns dos detalhes que temos que resolver. Eu realmente não queria jogar tudo isso em alguém, mas eu assumi tudo sozinha e acabei tendo que lidar com tudo isso ao mesmo tempo e... – Cortei ela antes que se divagasse ainda mais.

- Pode deixar, Senhorita Albuquerque. Eu a ajudarei.

- Muito obrigada, viu Mel? - E desligou.

Mel?

Como assim ela sabia o meu nome?



HEITOR

- Você ligou para ela, Amanda? Você é louca? – Suspirei pedindo paciência divina para lidar com a minha irmã mais nova.

- Ué, você estava tão intrigado com a nova secretária que eu fiquei curiosa. Você nunca ligou muito para as antigas, e olha que elas ligavam e muito pra você, mas essa não. Ela é diferente.

- Você está inventando coisas.

- E você está interessado na sua nova secretária, a Mel.

- Mel, hein? Ela deixou você chama-la assim?

Será que ela me deixaria chamar ela assim?

O que eu estava pensando?

Balancei a cabeça.

- Eu chamei ela assim do nada, tadinha, agora deve star se perguntando como eu sei o nome dela. – Riu.

Ah, Amanda.

Você vai me pagar.

*

O resto da tarde passou sem nenhuma perturbação, mas a minha mente andava cheia de pensamentos.

A misteriosa cantora e a minha intrigante secretária nova.

Por que eu não conseguia parar de pensar nas duas? Uma emendava na outra como se fossem uma só. O que era loucura.

Passo a mão no rosto cansado. Isso estava se tornando um hábito já.

Precisava transar urgentemente.

Ou...

Peguei meu telefone e me senti em uma deja vu, a mesma sensação de que posso estar cometendo um erro me varre novamente.

Mas dessa vez não era mera expectativa de pegar alguém. Eu queria uma pessoa em mente, e estava indo para vê-la de novo.

Eu iria consertar a merda toda da outra noite e me redimir com melhor jeito que um Albuquerque. Com o charme.

Será que estava cedo para mandar flores para ela na boate? Será que ela estaria lá para receber?

Chamei Melinda pelo telefone particular.

- Em que posso ajuda-lo, senhor Albuquerque? – Ela perguntou com aquela voz rouca. Céus, só a voz dela me afetava.

- Eu preciso que duas dúzias de rosas sejam enviadas para a boate Beleza Pura.

Ouço um barulho, como se algo tivesse sido derrubado e logo depois um pigarro forte dela.

- Hm, posso saber o motivo? O senhor sabe que lá é uma casa noturna, não é?

Por que ela me questionava?

- A senhorita não pode saber o motivo, pois ele só desrespeita a mim. A senhorita só tem que enviar as flores e esperar pelo cartão que eu mesmo irei escrever.

- M-mas...

- Se atenha apenas as suas funções, senhorita Melinda. – E desliguei.

Eu não gostava de ter que me explicar pra ninguém e muito menos ainda para uma subalterna. Mesmo que ela me intrigasse.

Agora, eu tinha que pensar no que escrever no cartão que fizesse a tal cantorinha me dar uma segunda chance.

Eu era um Albuquerque.

E não desistíamos facilmente.

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HONEY - Uma história de amor sem medidasOnde histórias criam vida. Descubra agora