E ai, meus amores?
Me desculpem a demora e espero que estejam gostando.
Se tiver algo que eu tenha deixado passar, me avisem. ;)____________________________________________________________________________________________________
MELINDA
Era uma droga que ele era lindo.
Sério, como eu cai nisso? Na pobretona que se apaixona pelo chefe lindo e rico. Um chefe arrogante ainda por cima.
Eu achei que ele fosse humilde, achei que ele não julgasse classe social ou profissão.
Mas me enganei.
Entretanto, era melhor assim. A ficha cai de uma vez e eu paro de me iludir com um sonho impossível.
O telefone da mesa toca, me tirando do documento que eu estava finalizando.
- Escritório do senhor Heitor Albuquerque, bom dia e em que posso ajudar?
- Alô? Oi, sou eu, a irmã do Heitor, Amanda.
- Senhorita, Amanda? Pois não?
- Desculpa, é que eu não reconheci a voz, você é nova? Heitor não tinha me dito nada.
- Foi de última hora. – Sorri com o tom dela ao telefone. Mais educada do que o irmão.
- Bem, então, o Heitor me disse que eu poderia pegar sua secretária emprestada para me ajudar com alguns detalhes da minha festa de noivado este final de semana. Eu sei que é em cima da hora para você, mas eu estou desesperada já.
Em cima da hora? Hoje era quinta-feira!
Respirei fundo e tentei controlar a vontade de perguntar se ela era louca. Eu trabalhava lá e não podia simplesmente tentar por um bom senso na filha do patrão.
- Claro, no que posso ajudar?
Ouço um suspiro feliz do outro lado do telefone e podia apostar que ela estava sorrindo.
- Ótimo! Eu vou mandar um e-mail para o seu computador com alguns dos detalhes que temos que resolver. Eu realmente não queria jogar tudo isso em alguém, mas eu assumi tudo sozinha e acabei tendo que lidar com tudo isso ao mesmo tempo e... – Cortei ela antes que se divagasse ainda mais.
- Pode deixar, Senhorita Albuquerque. Eu a ajudarei.
- Muito obrigada, viu Mel? - E desligou.
Mel?
Como assim ela sabia o meu nome?
HEITOR
- Você ligou para ela, Amanda? Você é louca? – Suspirei pedindo paciência divina para lidar com a minha irmã mais nova.
- Ué, você estava tão intrigado com a nova secretária que eu fiquei curiosa. Você nunca ligou muito para as antigas, e olha que elas ligavam e muito pra você, mas essa não. Ela é diferente.
- Você está inventando coisas.
- E você está interessado na sua nova secretária, a Mel.
- Mel, hein? Ela deixou você chama-la assim?
Será que ela me deixaria chamar ela assim?
O que eu estava pensando?
Balancei a cabeça.
- Eu chamei ela assim do nada, tadinha, agora deve star se perguntando como eu sei o nome dela. – Riu.
Ah, Amanda.
Você vai me pagar.
*
O resto da tarde passou sem nenhuma perturbação, mas a minha mente andava cheia de pensamentos.
A misteriosa cantora e a minha intrigante secretária nova.
Por que eu não conseguia parar de pensar nas duas? Uma emendava na outra como se fossem uma só. O que era loucura.
Passo a mão no rosto cansado. Isso estava se tornando um hábito já.
Precisava transar urgentemente.
Ou...
Peguei meu telefone e me senti em uma deja vu, a mesma sensação de que posso estar cometendo um erro me varre novamente.
Mas dessa vez não era mera expectativa de pegar alguém. Eu queria uma pessoa em mente, e estava indo para vê-la de novo.
Eu iria consertar a merda toda da outra noite e me redimir com melhor jeito que um Albuquerque. Com o charme.
Será que estava cedo para mandar flores para ela na boate? Será que ela estaria lá para receber?
Chamei Melinda pelo telefone particular.
- Em que posso ajuda-lo, senhor Albuquerque? – Ela perguntou com aquela voz rouca. Céus, só a voz dela me afetava.
- Eu preciso que duas dúzias de rosas sejam enviadas para a boate Beleza Pura.
Ouço um barulho, como se algo tivesse sido derrubado e logo depois um pigarro forte dela.
- Hm, posso saber o motivo? O senhor sabe que lá é uma casa noturna, não é?
Por que ela me questionava?
- A senhorita não pode saber o motivo, pois ele só desrespeita a mim. A senhorita só tem que enviar as flores e esperar pelo cartão que eu mesmo irei escrever.
- M-mas...
- Se atenha apenas as suas funções, senhorita Melinda. – E desliguei.
Eu não gostava de ter que me explicar pra ninguém e muito menos ainda para uma subalterna. Mesmo que ela me intrigasse.
Agora, eu tinha que pensar no que escrever no cartão que fizesse a tal cantorinha me dar uma segunda chance.
Eu era um Albuquerque.
E não desistíamos facilmente.
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HONEY - Uma história de amor sem medidas
RomansaSINOPSE: Melinda/Honey, sempre foi apaixonada pelo Heitor, filho do dono da empresa mundialmente famosa, FOCOS. Para ela, Heitor é um príncipe de contos de fadas, mas ela não se acha digna dele., porque trabalha como cantora em uma boate noturna. Se...