CAPÍTULO 9

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MELINDA

Eu sabia que ia ficar estressada. Mas não tinha ideia do quanto.

Só quando eu cheguei já havia o problema de alguns garçons a menos, o buffet estava super adiantado e correndo de um lado para o outro para conseguir preservar os docinhos que precisavam estar no refrigerador.

Amanda estava de um lado para o outro de roupão e pantufas. Seria engraçado, se não fosse trágico.

- Mel, graças a Deus que você chegou! Eu estava ficando maluca e.. – Ela começou a divagar mas eu já estava no meu celular tentando resolver pelo menos o problema dos garçons.

Mel: Malu, topa um bico?

Malu mala: de que?

Mel: uns garçons furaram e precisamos de mais gente. Vai ganhar 200 só por uma noite. Vale a pena né?

Malu mala: manda o endereço que tô indo agora! Precisa de mais alguém?

Mel: Só posso lidar com uma adolescente por dia. Vem logo!!!

Mandei o endereço pra ela e voltei a olhar para a Amanda, que continuava falando e com lágrimas nos olhos dessa vez.

- ... e eu não sei mais o que fazer! Tenho que me aprontar e daqui a pouco todo mundo vai chegar e... – A interrompi.

- Calma, Amanda. Sobe e se arruma e deixa que eu assumo tudo.

- Mas você vai conseguir? Você tem experiência com isso? Eu estou exigindo muito de você não é?

Não. Não e SIM.

Mas eu não podia dizer isso né?

Dei um sorriso que eu esperava ser tranquilizador e andei com ela até as escadas da mansão.

Tudo seria no pátio, mas só a cozinha seria ocupada pelo buffet.

- Sobe e termina de se arrumar. Deixa tudo comigo.

Depois de mais uns minutos acalmando ela, eu resolvo inspirar e respirar de olhos fechados para reunir toda a calma que eu vou precisa pra essa noite.

Mas meu momento de concentração não dura muito, porque logo recebo uma mensagem de atraso da banda que vai se apresentar.

Ótimo.

*

Eu sentia que precisava de uma aspirina.

Dava uma dor e cabeça danada ajeitar tudo, mandar em tudo e coordenar o caos.

A festa estava no começo e eu já me sentia pronta pra dar encerrada a noite. Malu tinha chegado a tempo e já estava a postos com os outros garçons para servirem os convidados.

Organização? Ok.

Comida? Ok.

Garçons e cozinheiros? Ok.

Banda? Ok.

Ou melhor, quase ok.

- Como assim a cantora não vem? Como assim ela está passando mal? – Praticamente berrei ao guitarrista e o baterista da banda.

Eles estremeceram.

- Sei lá, ela ligou e disse que comeu alguma coisa estragada e...

Apertei o meu nariz na ponta tentando controlar a minha raiva.

Onde eu iria arranjar uma cantora a essa hora?

Eu queria esganar essas pessoas.

Eu queria...

- Você pode cantar, mana. – Uma voz familiar falou.

- Malu, não inventa e volta ao trabalho vai.

- Mas Mel, você canta super bem e ainda salvaria a festa e o seu emprego, porque eu acho que sem música não vai dar certo...

Por que a Amanda não tinha aceitado um maldito DJ?

- O que houve?

Foi só pensar nela que ela aparece! Azar é o meu nome do meio, só pode!

Olhei para ela e a vi deslumbrante, com um vestido dourado lindíssimo. E aquele penteado no cabelo dela, a fazia parecer uma princesa moderna.

- Uau, você tá muito gata! – Malu soltou o que eu pensava, só que de maneira menos requintada.

Amanda sorri pra ela e se apresenta.

- Obrigada, e você é uma jovem muito bonita. Meu nome é Amanda.

- O meu é Maria Luisa, mas você pode me chamar de Malu.

- Oi Malu. – E ambas sorriem uma para a outra, como se o caos não estivesse reinando na minha mente. Amanda se vira para mim e vê o meu cenho franzido. – Agora, o que houve Mel?

Suspirei.

- A cantora passou mal e não pode vir.

Seu lindo rosto maquiado se contorce em uma cara preocupada. Merda.

Malu também nota e solta logo a bomba.

- A Mel sabe cantar. – E o rosto uma vez preocupado da Amanda, vira um sorriso malicioso.

Ai merda.


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HONEY - Uma história de amor sem medidasOnde histórias criam vida. Descubra agora