CAPÍTULO 18

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MELINDA

Depois das flores e da sua visita surpresa no almoxarifado, eu passei o resto do dia nas nuvens.

Era fácil me deixar levar por um homem como o Heitor. Ainda mais com um beijo daqueles que me fazia querer pular e rasgar todas as suas roupas.

Ele me tirava o ar.

E agora, eu topei ir na casa dela em menos de dois dias de relacionamento. Mesmo que eu já tivesse estado lá antes, dessa vez seria um jantar. Nosso primeiro encontro.

Eu queria ir pra casa para trocar e roupa. Colocar algo mais bonito e mostrar que eu estava me esforçando, mas ele não deixou. Heitor me convenceu – através de mais beijos – que queria aproveitar cada minuto comigo, então eu mandei uma mensagem para a Malu, pedindo que ela preparasse uma bolsa com algumas roupas para mim e passamos lá de carro para pegá-la rapidamente e depois fomos direto para sua casa.

Heitor me mostrou o banheiro enquanto ia para a cozinha, com o telefone no ouvido. Ele estava falando com a sua mãe!

Eu fui para o banheiro morrendo de vergonha.

Será que ela sabia que eu estava ali?

Ai meu Deus, será que ela pensava que eu era apenas uma das mil garotas do filho dela?

Bem, você foi para a casa dele sem nem ter uma semana de namoro, Melinda!

Ai meu Deus.

Eu tinha que parar meus pensamentos errantes e focar nessa noite. A Melinda do futuro lidaria com os problemas futuros.

O banheiro do Heitor tinha uma linda banheira e eu fiz uma anotação mental que um dia teria que experimentá-la – com ele e sem ele – e fui para o chuveiro. A água quente caia em mim, relaxando os meus músculos, e me deixando sonolenta.

Sai me enxugando com a toalha também super macia e fui em direção a sacola de roupas e...

MARIA LUÍSA PEREIRA DA SILVA!

Eu ia matar a minha irmã mais nova!

Na sacola só continha um pijama e uma blusa que parecia mais uma para o dia seguinte.

A pilantrinha me mandou um pijama quando eu claramente pedi short e uma camiseta! O que ela pensava que eu era?

Pior ainda, que ideias ela anda tendo naquela cabecinha?

Me vesti a muito contragosto e enrolei com a toalha indo em direção a sala. Precisava de uma blusa do Heitor para me cobrir e quando fosse embora, eu vestiria a roupa de hoje mesmo.

- Heitor eu... – Esqueci o que ia dizer quando vi Heitor sem camisa tentando com a sua camisa apagar o que quer que fosse aquilo na frigideira que pegava fogo. – Nossa senhora! – Corri em direção a cozinha e abri a torneira da pia e joguei a frigideira la dentro, molhando o que quer que estivesse queimando.

- Aquilo era o nosso jantar, Melinda!

Olho para ele com os olhos arregalados.

- Você queria me envenenar ?

Heitor começa dizer alguma coisa quando seus olhos de repente dessem sobre o que eu estou vestindo, e me dou conta que a toalha antes enrolada em mim, agora estava no chão. Droga.

Seus olhos acendem como duas fogueiras e me queimam por onde seu olhar passa. Eu já me sentia quente com ele me olhando normal, me olhando desse jeito, ele me deixava incendiária.

Antes que eu pudesse pensar, eu estava andando em sua direção – que não era grande, afinal, ambos estávamos na cozinha.

- Eu precisava de uma blusa sua, veja bem, minha irmã me mandou apenas esse pijama curto e eu...

HONEY - Uma história de amor sem medidasOnde histórias criam vida. Descubra agora