viginti et unius

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(Vocês vão ficar meio "que está acontecendo" nesse capítulo, mas a explicação de tudo vem no próximo, eu vou mostrar primeiro as consequências para depois jogar as respostas, não achem que será um clichê, está longe disso, boa leitura e comentem.)



NARRADOR

          

O vento era extremamente frio, o céu era nublado e escuro de um modo que parecesse ser de noite, era manhã e o campus da faculdade se encontrava vazio, apenas árvores e flores balançando com a força do vento. Todos os alunos estavam em toque de recolher por uma tempestade que se aproximava por uma segunda vez.

As gotas de água pingavam da pia mal fechada. O clima era gélido dentro do banheiro. Os olhos castanhos olhavam o próprio reflexo no espelho redondo. Respirava de modo pesado, pois ouvia o barulho do ar em suas narinas. Passou os dedos pelo rosto em cima de cada machucado ali instalado, eles começavam a cicatrizar e o mesmo queria fosse tão fácil assim para a sua mente também se cicatrizar.

Ouvia a conversa baixa vindo do quarto. A porta entreaberta do banheiro lhe dava a perfeita audição daquele momento. As vozes conhecidas que tinham um teor preocupado e as vezes raivoso. "Ele precisa sair daqui!" "Você acha que é fácil depois do que ocorreu? Ele está sofrendo" "Precisamos ajudar ele, mas a situação tem que melhorar".

— Taehyung. — a voz doce de Kihyun adentrou do banheiro fazendo o menino fungar e levar as mãos aos olhos os limpando rapidamente. — não precisa se esconder. — tocou o braço dele que continuava de cabeça baixa.

— Eu não quero mais chorar. — sussurrou e levou a cabeça até o ombro do melhor amigo que o abraçou fortemente.

— Me desculpa, Taeh.

— Não fala 'Taeh', por favor. — pediu levantando o rosto e tinha lágrimas instaladas em seu rosto novamente.

— Vamos, eu trouxe seu café da manhã. — o puxou até o quarto e se sentou em sua cama vendo Kihyun lhe entregar uma bandeja. — coma, por favor! — implorou praticamente.

— Ok. — pegou um pão mordendo, mas era incrível como as coisas haviam perdido o gosto recentemente, tudo tinha um gosto de nada e no fim viraram amargos, os sucos a mesma coisa. — você pode ir, eu vou ficar bem. — disse tentando sorrir, mas esse ato virara a coisa mais difícil do mundo.

— Eu não acredito em você. — Kihyun rebateu se levantando e Taehyung abaixou a cabeça suspirando, comia as coisas sem ao mesmo se dar conta do que eram, voltava a tremer e o coração acelerar. Quando olhou a bandeja estava vazia e Kihyun não se encontrava mais no quarto.

Os lapsos de tempo viraram seus piores amigos, perdia a noção do que passava e do que fazia rapidamente. Encostou-se soltando o ar preso de seus pulmões e olhou o celular revelando uma foto deles dois. Piscou passando o dedo por cima do rosto de Jeongguk. Ficou olhando a foto por vários momentos até o alarme dispara e ele se levantar. Pegou um moletom e calçou seus chinelos saindo do quarto vendo alunos nos corredores conversando.

Colocou um boné e andava de cabeça baixa entre os mesmos. Perdido nos próprios pés esbarrou em alguém que o fez levantar o rosto um pouco sendo pego de surpresa pelo o que virá a sua frente. O encarava por várias segundos até o mesmo franzir o nariz e se virar seguindo seu caminho. Taehyung começou a ir mais rápido e na primeira lata de lixo que viu que não havia ninguém perto vomitou todo o café da manhã.

— Merda. — disse baixo e saiu andando. O campus vazio e frio o fez acender um cigarro e andar mais rápido que o normal. Olhou o prédio a sua frente e entrou. Muitos alunos fora de seus quartos conversando, jogando jogos de cartas, não tinham muito o que fazer já que a internet não funcionava e a luz cai várias vezes.

enigma; taekook [c]Onde histórias criam vida. Descubra agora